sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

OS PIORES FILMES QUE VI EM 2010

Um show de verão
Se nada mais der certo
Garoto cósmico
Sweet sweetback baadasssss song
A hora do lobo
O amuleto de Ogum
Emmanuelle Tropical
Oito noites de loucura de Adam Sandler
O magnata
O banheiro do Papa
O colecionador de corpos
Quincas Berro D’água
Os famosos e os duendes da morte
Como cães e gatos 2
Wall Street – O dinheiro nunca dorme
Don’t drink the water
A filha de Calígula
Berlin Affair
Uma chamada perdida

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

OS MELHORES FILMES QUE VI EM 2010

O Cangaceiro (1953)
Através de um espelho
Traídos pelo desejo
Morango e chocolate
Saindo do armário
A fonte da donzela
Coisas que perdemos pelo caminho
Nine
Quanto mais quente melhor

Persona – Quando duas  mulheres pecam
Pecado da carne
Herbert de perto
Pecados íntimos
Alice no país das maravilhas
Sonhos roubados
Sonata de Outono
Da vida das marionetes
Zohan – O agente bom de corte
Em busca de uma nova chance
Eu, meu irmão e nossa namorada
Tabu (EUA, 2007)
Rocky Balboa
Há tanto tempo que te amo
Lembranças
Plano B
A outra (1988)
Toy Story 3
Encontro explosivo
Machete
Sex and the city
Falcões da noite
Maluca paixão
Ata-me
Minhas mães e meu pai
Comer, rezar, amar

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A CANTORA SONIA BRAGA



Sempre disse que sou apresentado às músicas que ainda não conheço e certo dia depois de ouvir a música “Caso você case” de Marília Barbosa na rádio Saudade FM, um amigo me disse que Marília também é atriz e perguntou se eu conhecia a música gravada por Sonia Braga: Eu sou o estopim. Nem sabia que ela um dia cantou, mas no início da carreira, ela participou do musical “Hair” em que aparecia nua. Essa música era tema da personagem de Sonia na novela “Saramandaia”.

Como sou grande fã de Sonia, baixei logo a música que tem a sua cara e ilustra o furacão erótico representado por ela nos anos 70 e 80 em: “Gabriela” (1975), “Dona Flor e seus e seus maridos” (1976), “A dama do lotação” (1978), “Dancin’ days” (1979) e “Eu te amo” (1980).


Quanto à rádio Saudade FM, eu ouço o dia todo e recomendo a quem quer conhecer ou relembrar as músicas do passado.

sábado, 25 de dezembro de 2010

UM NATAL CINEMATOGRÁFICO



O Gilberto Cinema deseja a todos um Feliz Natal, com muitas festas, reuniões familiares, comida, bebida, filmes, felicidade e amor, coisas que ninguém vive sem.

E como não poderia deixar de ser, nessa época do ano sempre estão entre as mais executadas, a música Happy Xmas de John Lennon e sua versão em português, Então é Natal com a Simone. Escolhi a de John Lennon...



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BLAKE EDWARDS (1922 - 2010)



Quando criança eu era fã do desenho animado da “Pantera cor-de-rosa” e da clássica música tema, mas só depois de adulto descobri que aquela música foi composta originalmente para o filme “A pantera cor-de-rosa” (1963) de Blake Edwards e que esse filme não era a história da pantera (como no desenho) e sim do inspetor Jacques Clouseau (Peter Sellers) e do roubo do diamante chamado pantera cor-de-rosa.



Peter Sellers em "A pantera cor-de-rosa"

Blake Edwards que faleceu na semana passada, já tinha dirigido o clássico “Bonequinha de Luxo” (1961) com Audrey Hepburn, mas revelou talento para a comédia a partir de A pantera cor-de-rosa. A série rendeu vários filmes: “A volta da pantera cor-de-rosa” (1975), “A nova transa da pantera cor-de-rosa” (1976), “A vingança da pantera cor-de-rosa” (1978), “A trilha da pantera cor-de-rosa” (1982), “A maldição da pantera cor-de-rosa” (1983) e “O filho da pantera cor-de-rosa” (1993), o último filme dirigido por ele. O personagem do inspetor foi “ressuscitado” por Steve Martin em dois filmes até divertidos (2006 e 2009).

O diretor foi casado com a estrela Julie Andrews que protagonizou vários de seus filmes.


Julie Andrews em "Vitor ou Vitória?"

Apesar do sucesso da série da “pantera”, gosto muito de outros filmes dirigidos por ele, como: “Mulher nota 10” (1979), “Vítor ou Vitória?” (1982), “Meus problemas com as mulheres” (1984), “Encontro às escuras” (1987) e “Assassinato em Hollywood” (1988).

Uma grande perda para o cinema.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O HOMOSSEXUAL NO CINEMA

Jake Gyllenhaal e Heath Ledger em "O segredo de Brokeback Mountain

A homossexualidade sempre foi abordada pelo cinema, mas de forma discreta e velada nas primeiras décadas do século passado, devido à censura que era bem rígida, como se pode notar em:

 Festim diabólico (1948) de Alfred Hitchcock, dois amigos solteiros moram juntos em um apartamento que só conta com um quarto, apesar da relação dos dois não ser mencionada em nenhum momento dos diálogos. Os dois matam um terceiro e convidam um professor para mostrar-lhe como são astutos.

Natalie Wood, James Dean e Sal Mineo em "Juventude Transviada"

Juventude transviada (1955) de Nicholas Ray onde o personagem de Sal Mineo (Platô) nutre um amor platônico pelo amigo Jim (James Dean).



Elizabeth Taylor e Paul Newman em "Gata em teto de zinco quente"

Gata em teto de zinco quente (1958) – Uma mulher entra em depressão por não conseguir mais despertar interesse sexual no marido, um alcoólatra que se afunda ainda mais com a morte de um amigo, pelo qual ele seria apaixonado, mas o roteiro não deixa isso claro, apenas insinuando.



Quanto mais quente melhor (1959) – Tony Curtis e Jack Lemmon se vestem de mulher para fazer parte de uma banda feminina da qual participa Marilyn Monroe. O final inesperado é quando um velhinho se apaixona por um deles e não se importa em saber que ele é homem, dizendo que ninguém é perfeito.



Katharine Hepburn, Montgomery Clift e Elizabeth Taylor em "De repente, no último verão"

De repente, no último verão (1959), baseado na peça de Tenessee Williams: por causa da censura da época, todas as referências à homossexualidade de um dos personagens são apresentadas de forma velada, mas mesmo assim ficam bem claras ao espectador.


Ben-Hur (1959), que mostra a amizade entre dois romanos e a sede de vingança depois que um deles é preso injustamente. Gore Vidal um dos roteiristas insistiu em acrescentar um elemento homossexual e a relação dos dois seria no fundo, de amor.


Spartacus (1960) tem um cena nos banhos que esclarece um pouco sobre o relacionamento entre senhor e escravo e que tinha sido cortada em 1960 por causa de suas referências homossexuais.


Marlon Brando e Elizabeth Taylor em "O pecado de todos nós"


Alguns filmes conseguiram ser mais ousados e tratar o assunto de forma mais aberta, a partir de “O pecado de todos nós”(1967) que mostra um campo de treinamento na Geórgia, em que um oficial do exército se sente atraído pelo soldado que toma conta do cavalo de sua mulher. E também do filme “Os delicados” (1969).


Os protagonistas de "Domingo Maldito"


A década de 70 representou uma evolução para a abordagem do homossexual no cinema, com dezenas de filmes tratando do assunto, a começar por “Domingo Maldito” (1971), que retrata um triângulo amoroso liberal em que a mulher ama um dos homens que tem um caso com um terceiro. Há um ousado beijo entre os dois homens; e continuando com “O conformista”, “Decameron”, “Os contos de Canterbury”, “Saló ou Os 120 dias de Sodoma”, “O desejável Mr. Sloane”, “Amor entre mulheres”, “O expresso da meia-noite”, “Calígula”, “A gaiola das loucas” (que rendeu duas continuações e uma refilmagem americana), "Um dia especial"...


Brad Davis em "Querelle"


A década de 80, prosseguiu com “Querelle” de Fassbinder; Da vida das marionetes; os primeiros filmes de Almodóvar: Maus hábitos, Labirinto de paixões, A lei do desejo, Matador; Silkwood – O retrato de uma coragem, A cor púrpura, Berlin Affair, Crise de consciência, Somos todos católicos, As duas faces do Zorro, onde Zorro tem um irmão gêmeo que é gay; Abrindo o jogo, Essa estranha atração, Fome de viver, Minha adorável lavanderia, Maurice, O amor não tem sexo...


Jennifer Tilly e Gina Gershon em "Ligadas pelo desejo"


A década seguinte foi mais fecunda ainda com centenas de filmes dividindo-se entre o dramalhão e a comédia rasgada: Nossos filhos; Acho que sou; Amigas de colégio; Banquete de casamento; O beijo hollywoodiano de Billy; Carne fresca; Jeffrey – De caso com a vida; Estranho desejo; o australiano Priscilla – A rainha do deserto e sua paródia americana Para Wong Foo: obrigado por tudo, Julie Newmar; Saindo do armário; Morango e chocolate; Delicada atração; Bent; Filadélfia; Fogo e desejo; Ligadas pelo desejo; Garotos de programa; Gosto de cereja; O oposto do sexo; O solteirão; Servindo em silêncio; Três formas de amar; Minha vida em cor de rosa...


Leonardo Sparaglia e Eduardo Noriega em "Plata Quemada"


E a partir do ano 2000, com algumas evoluções em questão de aceitação popular, como a indicação para o Oscar de “O segredo de Brokeback Mountain” e o prêmio de melhor ator para Sean Penn pelo papel principal de “Milk – O preço da liberdade”, além dos filmes: Assunto de meninas; O clube dos corações partidos; Desejo proibido; De repente, Califórnia; Má educação; O fantasma; Plata Quemada; Quando elas... são eles; As regras da atração; Antes do anoitecer; As damas de ferro; Beijando Jéssica Stein; Cidade dos sonhos; Oito mulheres; Gotas d’água em pedras escaldantes; O tempo que resta; O homem da minha vida...

Mas apesar da evolução, ainda é estranho o tratamento que o homossexual recebe na maioria desses filmes, com finais trágicos, envolvendo morte (seja por suicídio ou assassinato de um ou ambos os personagens), separações e infelicidade, como se o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo fosse fadado ao fracasso.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

LOUISE BROOKS X MAYANA MOURA



















A atriz Mayana Moura, que vive a personagem Melina na novela “Passione” foi muito criticada por seu corte de cabelo “retrô”, mas poucos sabem que ele tem origem em um filme alemão mudo de 1929, chamado “A caixa de Pandora”, protagonizado pela atriz Louise Brooks. Nele Louise vive uma inocente sedutora chamada Lulu, cuja escancarada sexualidade acaba arruinando a vida de todos à sua volta.

O diretor G. W. Pabst foi criticado à época pela escolha de uma americana para um papel tipicamente alemão, mas hoje o filme é mais lembrado pela ousada interpretação da atriz. Isso lhe custou caro: seu erotismo atrapalhou a transição para o cinema falado. Já o seu corte de cabelo curtinho de franja reta é conhecido até hoje como Lulu (o nome de sua personagem) e Silvio de Abreu como grande conhecedor da sétima arte, fez mais essa homenagem ao cinema.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

QUANDO O AMOR ACABA

Gilberto Carlos




Só depois que o amor acabou
É que eu percebi tudo com clareza:
O quanto me humilhei e você nem ligou
Pois não teve coragem de assumir o que sentia.

O medo atrapalhou
Mas ele não foi o único
Havia também a sua ignorância
E a falta de jeito para lidar com os sentimentos.

Todos os momentos foram dolorosos
Menos agora que o amor acabou
Estou enfim, livre de você
E isso é muito prazeroso.

Não quero mais te ver
Nem tenho nada pra lembrar
É como se você não existisse
E eu nunca tivesse te amado.

Posso começar de novo:
Amar outra pessoa
Alguém que mereça ser amado
E que retribua na mesma medida.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PORNOCHANCHADA: O EROTISMO MADE IN BRAZIL



Falar sobre pornochanchada é falar sobre um “santo de casa”, ou seja, uma produção tipicamente brasileira que esteve presente no nosso cinema, marcando-o e estigmatizando-o, ao menos no período de sua dominação. Ela surgiu em 1969, tendo como sua primeira obra o filme Os Paqueras de Reginaldo Faria, e depois seguido por Adultério à Brasileira de Pedro Carlos Rovai e Memórias de um Gigolô de Alberto Pieralisi. Apesar de Reginaldo Faria não se considerar um pornochanchadeiro e citar Os Paqueras como um filme quase ingênuo se comparado a outros que tentavam seguir essa linha, pois numa cena do filme, as personagens dele e de Irene Stefânia fazem sexo, vestidos, o que era recorrente nesses primeiros filmes.

O nome “pornochanchada” é uma junção de “chanchada”, o gênero predominante no cinema brasileiro das décadas de 30, 40 e principalmente 50, que tinha grande aceitação popular, acrescido da palavra “pornô”, resultante da força erótica intencionalmente presente nas obras. A chanchada, que em espanhol quer dizer porcaria, era formada por filmes ingênuos e quase sempre maliciosos, enquanto a pornochanchada tentava introduzir intenções explícitas, mesmo que não pornográficas. Os títulos, em sua maioria libidinosos, tentavam atrair o público às salas de cinema em busca de algo que na realidade nem sempre encontravam, pois nos títulos havia mais ousadia que nas próprias obras.

Esses títulos maliciosos e de duplo sentido, com certeza eram um grande atrativo, pois davam a entender que se tratava de um filme de sexo explícito, o que não era verdade. Entre esses títulos estavam A Mulher de Todos, passando por A Cama ao Alcance de Todos e incluindo Audácia – A Fúria dos Desejos, As Escandalosas, O Pornógrafo, Cio – Uma Verdadeira História de Amor, Cada Um Dá o Que Tem, A Ilha do Desejo, Essa Gostosa Brincadeira a Dois, A Ilha dos Prazeres Proibidos, etc. Além dos títulos que continham a palavra “sexo”, como por exemplo: O Doce Esporte do Sexo, O Sexo Mora ao Lado, O Fraco do Sexo Forte, Sexo às Avessas, O Sexo das Bonecas, O Sexo e as Pipas e O Sexo Nosso de Cada Dia, faziam sucesso também, aqueles que traziam a palavra “mulheres” como Sete Mulheres Para um Homem Só, As Mulheres que Fazem Diferente, Quando as Mulheres Paqueram, As Mulheres Sempre Querem Mais, As Mulheres Amam por Conveniência, As Mulheres que Dão Certo e vários outros.

Dentro desse gênero iremos perceber a constante presença de certos personagens com características marcantes, vulgaridades necessárias para o favorecimento do enredo erótico – não muito complexo, e com articulações mais ou menos óbvias. Tais enredos evidentemente encontravam problemas para contornar os cortes promovidos pela censura federal, que muitas vezes riscava o negativo, deixando a imagem sem som, nos momentos em que as palavras usadas eram consideradas inadequadas.
 
Zaira Bueno em "Coisas eróticas"

A pornochanchada teve seu fim com a entrada no mercado dos filmes pornográficos (tanto os nacionais quanto os estrangeiros) a partir do início da década de 80, com a exibição de “Coisas eróticas” (1981) de Rafaelle Rossi que estourou nas bilheterias, fazendo 4.729.484 espectadores. Os produtores e diretores pensavam ter descoberto uma mina de ouro, mas o que não imaginavam era que, com o cinema pornográfico, estavam “matando” a pornochanchada, pois o público não estava mais interessado nas insinuações daqueles filmes e queriam algo mais explícito. Os últimos filmes do gênero datam de 1985.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

INDICADOS AO GLOBO DE OURO 2011


Saiu ontem a lista dos indicados ao Globo de Ouro, a festa mais importante do cinema (antes do Oscar). A premiação acontece no dia 18 de janeiro de 2011 e será transmitida no Brasil pelo canal pago TNT. Muitos dos premiados com o Globo de Ouro acabam ganhando também o Oscar, por isso a festa se tornou tão importante e reconhecida. As fotos referentes a cada categoria, são os meus preferidos e pelos quais estou torcendo.

A Origem
Melhor filme (Drama):
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social


Melhor filme (comédia ou musical):
Alice no País das Maravilhas,
Minhas Mães e Meu Pai,
Red - Aposentados e Perigosos,
O Turista
Ator Drama:

Colin Firth em "O discurso do rei"
Jesse Eisenberg (A Rede Social),
Colin Firth (O Discurso do Rei),
James Franco (127 Hours ),
Ryan Gosling (Blue Valentine ),
Mark Wahlberg (O Vencedor)


Atriz Drama:
Halle Berry (Frankie and Alice),
Nicole Kidman (Rabbit Hole),
Jennifer Lawrence (Inverno da Alma),
Natalie Portman (Cisne Negro),
Michelle Williams (Blue Valentine)


Ator Comédia:
Johnny Depp (O Turista),
Johnny Depp (Alice no País das Maravilhas),
Paul Giamatti (Barney's Version),
Jake Gyllenhaal (O Amor e Outras Drogas),
Kevin Spacey (Casino Jack)


Atriz comédia ou musical:
Annette Bening (Minhas Mães e Meu Pai),
Anne Hathaway (O Amor e Outras Drogas),
Angelina Jolie (O Turista),
Julianne Moore (Minhas Mães e Meu Pai),
Emma Stone (A Mentira)


Ator coadjuvante:
Christian Bale (O Vencedor),
Michael Douglas (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme),
Andrew Garfield (A Rede Social),
Jeremy Renner (Atração Perigosa),
Geoffrey Rush (O Discurso do Rei)


Atriz coadjuvante:
Amy Adams (O Vencedor),
Helena Bonham Carter (O Discurso do Rei),
Mila Kunis (Cisne Negro),
Melissa Leo (O Vencedor),
Jacki Weaver (Animal Kingdom)

David Fincher

Diretor:
Darren Aronofsky, por Cisne Negro,
David Fincher, por A Rede Social,
Tom Hooper, por O Discurso do Rei,
Christopher Nolan, por A Origem,
David O. Russell, por O Vencedor

Roteiro:
Danny Boyle e Simon Beaufoy, por 127 Hours,
Christopher Nolan, por A Origem,
Stuart Blumberg e Lisa Cholodenko, por Minhas Mães e Meu Pai,
David Seidler, por O Discurso do Rei, Aaron Sorkin, por A Rede Social

Canção:
Bound to You (Burlesque), de Samuel Dixon, Christina Aguilera, Sia Furler,
You Haven't Seen The Last of Me (Burlesque), de Diane Warren,
Coming Home (Country Strong), de Bob DiPiero, Tom Douglas, Hillary Lindsey, Troy Verges,
There's A Place For Us (As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada), de Carrie Underwood, David Hodges, Hillary Lindsey,
I See the Light (Enrolados), de Alan Menken, Glenn Slater

Trilha Musical:
A.R. Rahman, por 127 Hours,
Danny Elfman, por Alice no País das Maravilhas,
Hans Zimmer, por A Origem,
Alexandre Desplat, por O Discurso do Rei,
Trent Reznor, Atticus Ross, por A Rede Social


Animação:
Meu Malvado Favorito,
Como Treinar o Seu Dragão,
O Mágico/L'illusionniste,
Enrolados,
Toy Story 3


Filme estrangeiro:
Biutiful (México/Espanha),
O Concerto (França),
Kray (Russia),
Io sono l'amore (Italia),
Hævnen (Dinamarca)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

PRÊMIO SELO DARDOS



Caros amigos leitores e seguidores,

O Gilberto Cinema recebeu de Paulo Nery do blog Filmes Antigos Club Artigos, o prêmio Dardos, um selo de destaque pelo conjunto da obra, originalidade e criatividade. Esse fato me deixou muito feliz pelo trabalho que faço. É muito bom receber comentários e elogios. Quem é que não gosta, não é verdade?

Escolhi três blogs para serem indicados e receber o mesmo selo todos eles muito bons e de grande criatividade. São blogs que visito todos os dias e recomendo:

1. Delírios e Surtos de Roderick Verden
2. Videoteka do Markito
3. Cinebulição

A vocês, os meus parabéns e o meu agradecimento ao Paulo Néry!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O EROTISMO NO CINEMA BRASILEIRO

Gabriele Tinti e Norma Bengell em "Noite vazia"

O erotismo teve início no cinema brasileiro pelas mãos do diretor Luis (Lulu) de Barros, que tem a mais longa carreira do nosso cinema, com 82 filmes em 66 anos de carreira. Em 1919, no filme “Alma sertaneja”, dirigido por Lulu, a protagonista Otília Amorim aparecia nua enquanto banhava-se em uma cascata. Mas antes dela, Miss Ray, já tinha aparecido nua em “Le film du Diable”, que é brasileiro apesar do título.

Lulu de Barros realizou em seguida, “Depravação” (1926), só exibido em 1932 e “Messalina” (1930) que se notabilizou por seus nus artísticos e uma cena de “cama”. Nessa época, a “desculpa” para esses filmes exibirem cenas ousadas e nudez feminina era de serem educativos. Claro que a censura implicava com eles, que eram exibidos com a tarja de “Proibidos rigorosamente para menores e senhoritas”, mesmo assim muitos deles foram sucesso de bilheteria.

Nos anos 30, o erotismo deu um tempo. O mais ousado que se podia ver eram mulheres sensuais interpretando sedutoras e imitando as estrelas americanas.


Cena de "O anjo do lodo"
“Anjo do lodo” (1951) de Lulu de Barros era uma adaptação do livro “Lucíola” de José de Alencar e trazia Virgína Lane em uma cena de nudez sugerida por uma sombra na parede e uma outra em que a mão do galã aparecia a um palmo do seio da atriz. O filme sofreu protestos para que fosse retirado de cartaz, o que não aconteceu e ele acabou se tornando grande sucesso.

Walter Hugo Khouri e Lilian Lemmertz
Com o Cinema Novo, o erotismo retornou com a nudez de Norma Bengell em “Os cafajestes” (1962) de Ruy Guerra e com “Noite Vazia” (1964) de Walter Hugo Khouri (também com Norma Bengell, além de Odete Lara). Khouri se notabilizou por filmes que tratavam do vazio existencial e tramas eróticas, sobre adultério, sedução e insatisfação sexual. É o que se podia ver em vários de seus filmes, como “Corpo ardente” (1966), “As amorosas” (1968), “Palácio dos anjos” (1970), “As deusas” (1972), “O último êxtase” (1973), “O anjo da noite” (1974), “O desejo” (1975), “O prisioneiro do sexo” (1979), “Convite ao prazer” (1980), “Eros, o deus do amor” (1981), e “Amor, estranho amor” (1982).

Lídia Brondi em "O beijo no asfalto
Pode-se destacar também as adaptações das obras de Nelson Rodrigues para o cinema. Ele que era considerado o anjo pornográfico, teve quase todas suas obras adaptadas, começando por “Meu destino é pecar” (1952); passando pela 1ª versão de “Bonitinha, mas ordinária” (1963); “Asfalto selvagem” (1964) e Engraçadinha depois dos 30” (1966), que juntos formavam a saga de Engraçadinha; “Toda nudez será castigada” (1973); “O casamento” (1975); “A dama do lotação” (1978); “Os sete gatinhos” (1980); “O beijo no asfalto” (1980); “Bonitinha, mas ordinária” (1981); “Álbum de família” (1981), “Engraçadinha” (1981) e “Perdoa-me por me traíres” (1983), título que eu nunca consegui entender, pois deveria ser “Perdoa-me por te traíres”...

John Herbert em "Toda donzela tem um pai que é uma fera"
A década de 60 prosseguiu com comédias maliciosas, produzidas no Rio de Janeiro ou em São Paulo, enredos que envolviam histórias de sexo, porém com imagens que não mostravam muito, como em Toda Donzela tem um pai que é uma Fera (1966), As Cariocas, (1966), Todas as Mulheres do Mundo (1967) e A Penúltima Donzela (1969). Até o lançamento de Os Paqueras (Reginaldo Faria, 1969). Este filme trazia no elenco as musas Leila Diniz, Darlene Glória, Adriana Prieto, Irene Stefânia e Irma Alvarez e deu o pontapé inicial (juntamente com Adultério à Brasileira e Memórias de um Gigolô), à pornochanchada.

Continua...

sábado, 11 de dezembro de 2010

O EROTISMO NO CINEMA (OS FILMES PORNÔS)

Cena de Garganta Profunda

Do softcore para o hardcore e do documentário para a ficção, o filme que deflagrou esse processo foi “Garganta Profunda” (1972) de Gerard Damiano, o mais famoso filme pornô já realizado. Custou 24 mil dólares e foi filmado em seis dias. A história todo mundo conhece: uma mulher (Linda Lovelace) tem o clitóris na garganta e só consegue sentir prazer com o sexo oral.

Garganta profunda abriu o caminho e em seguida vieram “O diabo na carne de Miss Jones” (1972), de Gerard Damiano (o mesmo diretor de Garganta..), sobre uma virgem madura que se suicida e é condenada a um período de limbo na Terra, onde é iniciada sexualmente de todas as formas possíveis; e “Atrás da porta verde” (1972), sobre uma mulher que é seqüestrada e levada para um clube sexual (que dá nome ao filme) onde passa pela experiência mais sensual de sua vida.


Como em “Garganta profunda”, nesses dois filmes o desempenho de suas atrizes foi fundamental para o sucesso. “O diabo na carne de Miss Jones” apoiou-se na interpretação de Georgina Spelvin, na época com 39 anos e “Atrás da porta verde” na de Marilyn Chambers, conhecida como a garota propaganda do sabonete Ivory, que causou certo escândalo por sua performance ao lado de cinco homens.

Esses três filmes abriram as portas o ingresso dos filmes pornográficos no circuito comercial de exibição em salas “especiais”.

Depois deles vieram “O império dos sentidos” (1976) de Nagisa Oshima e “Calígula” (1979) de Tinto Brass, que chegaram às telas brasileiras amparados por mandatos judiciais e por suas qualidades artísticas, mas ambos continham cenas de sexo explícito.

São considerados também filmes pornôs de qualidade de acordo com Nuno César Abreu em seu livro "O olhar pornô": Beijos pecaminosos (1986), Desejo ardente (1985), Fantasias eróticas de Diana (1983), Lolita, a insaciável (1986), Rosalie, a depravada (1986), Sexo insaciável I e II (1980 e 1984), Amassos indecentes (1989), Palavras proibidas (1980) e vários outros, já que a indústria pornô sempre foi uma das mais fecundas do cinema.

Essa indústria criou vários astros e estrelas, como Rocco Siffredi, Ron Jeremy, John Holmes, Christopher Clark, Ginger Lynn, Amber Lynn, Traci Lords, Vanessa Del Rio, Nina Hartley, Seka, Annette Haven, Silvia Saint e Cicciolina, além das já citadas: Linda Lovelace, Marilyn Chambers e Georgina Spelvin.

Rocco Siffredi

Ron Jeremy


John Holmes

Cicciolina


Nina Hartley


Ginger Lynn


Traci Lords

Silvia Saint
Linda Lovelace
Marilyn Chambers

Georgina Spelvin
No final dos anos 80, o cinema pornô começou a dar sinais de cansaço e as salas de cinema não lotavam mais como antes, influenciado pelo lançamento desses filmes em fitas de vídeo VHS, o que tornava mais cômodo assistir a esses filmes em casa. A partir da década de 90, a maioria dos filmes pornôs deixou de ser produzida em película e passou a ser gravada em vídeo.

Com a mudança do suporte de filmagem, piorou também a qualidade técnica dos filmes que em sua maioria não contavam mais com um enredo definido e o clima de sensualidade e erotismo era quase nulo. Como se fosse uma colagem de várias cenas de sexo sem muito nexo, tal como fazem as produtoras atuais, inclusive a nacional “Brasileirinhas”, com seus filmes intermináveis e quase insuportáveis. A sensualidade ainda existe, mas é cada vez mais difícil de ser encontrada nos filmes atuais do gênero.