quarta-feira, 30 de outubro de 2013

1600 FILMES BRASILEIROS

Othon Bastos e Isabel Ribeiro em São Bernardo

Quando eu comecei a pós graduação em Cinema e Educação (em 2009) e contei para uma amiga que já tinha visto 1000 filmes nacionais, ela riu e disse que apostava que eu só tinha visto filmes ruins e não conhecia os grandes clássicos do nosso cinema, como Deus e o diabo na terra do sol, São Bernardo, Vidas Secas. Respondi que com certeza já tinha visto sim, os filmes que ela citou, mas também filmes de todas as épocas da nossa cinematografia, como...

·        As chanchadas da Atlântida: “Pintando o sete”, “Entrei de gaiato”, “Dona Violante Miranda”, os filmes do Mazzaropi: “Jeca Tatu”, “Sai da frente”, “Jecão – Um fofoqueiro no céu”, etc.

Ana Maria Magalhães e Tarcísio Meira em A Idade da Terra
·        Os filmes do Cinema Novo, difíceis mais indispensáveis: “Terra em transe”, “Deus e o diabo na terra do sol”, “Menino de engenho”, “O pagador de promessas”, “Assalto ao trem pagador”, “Vidas secas”, etc.
·    O cinema marginal (underground ou udigrudi): “O bandido da luz vermelha”, “A margem”, “O anjo nasceu”, “Bang bang”, “O pornógrafo”, “Os monstros de Babaloo,...
·        Os filmes de cangaço: “A ilha das cangaceiras virgens”, “Corisco – O diabo loiro”, “O dragão da maldade contra o santo guerreiro”, etc.
·        A era Embrafilme: “Toda nudez será castigada”, Iracema – Uma transa amazônica”, “Lição de amor”, “Dona Flor e seus dois maridos”, “Bye, bye Brasil”, “Pixote – A lei do mais fraco”, etc.

David Cardoso, o rei da pornochanchada
·        As pornochanchadas: “Essa gostosa brincadeira a dois”, “Quando as mulheres querem provas”, “Dezenove mulheres e um homem”, “A noite das taras”, “As seis mulheres de Adão”, “Giselle”, “Mulher objeto”, “Convite ao prazer”, “O bem dotado – O homem de Itu”, “Bordel – Noites proibidas, etc.
·        Os filmes de sexo explícito da boca do lixo: “Coisas eróticas”, “Sexo proibido”, “As ninfetas do sexo ardente”, “Colegiais em sexo coletivo”, “Sexo de todas as formas”, “O ônibus da suruba”, etc.
·        Os anos da crise (Era Collor): “Césio 137 – O pesadelo de Goiânia”, “Inspetor Faustão e o Mallandro”, “Sua excelência – O candidato”, “A maldição de Sampaku”, “Alma corsária”, “Capitalismo selvagem”, “A tv que virou estrela”, “Beijo 2348/72”, “Sábado”, “Veja esta canção”...

Vinícius Oliveira e Fernanda Montenegro em Central do Brasil
·        A Retomada: “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil”, “O quatrilho”, “Terra estrangeira”, “Como nascem os anjos”, “O que é isso companheiro?”, “Um céu de estrelas”, “Os matadores”, “Central do Brasil”, “Hans Stadden”, “Paixão Perdida”, ...
·        Os anos 2000: “Villa Lobos – Uma vida de paixão”, “Amélia”, “Cronicamente inviável”, “Tolerância”, “Abril despedaçado”, “Copacabana”, “Durval Discos”, “Deus é brasileiro”, “Viva voz”, “Olga”, “Tapete vermelho”, “Carreiras”, “Achados e perdidos”, “Brasília 18%”, etc.
·        Os filmes da Globo Filmes: “Orfeu”, “A dona da história”, “Sexo, amor e traição”, Trair e coçar é só começar”, “Sexo com amor”, “O coronel e o lobisomem”, “Se eu fosse você” 1 e 2, “Os normais” 1 e 2, “Cazuza – O tempo não para”, “Verônica”, etc.

Mazzaropi

   Confesso que no início tinha um pouco de preconceito e não gostava das chanchadas da Atlântida, nem dos filmes de Mazzaroppi, mas uma amiga me disse: - "Que amante do cinema brasileiro é você, se não gosta desses filmes tão importantes?". Cheguei à conclusão que ela estava certa e vi todos os filmes de Mazzaropi, além de dezenas de chanchadas.

   Também não gostava de documentários, os achava muito chatos e dava prioridade às ficções, mas hoje vejo todos os que encontro.

   Estou em mais uma maratona de filmes nacionais. Da última vez vi 53 filmes consecutivos e só não ultrapassei esse número, porque os que eu tinha à minha disposição acabaram, mas agora  quero completar no mínimo 60. Já estou no 47º.

    O que diria a minha amiga agora, se soubesse que eu completei 1600 filmes brasileiros assistidos?




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

DIA DO SERVIDOR PÚBLICO


Hoje é o meu dia: é o dia do servidor público. Sei que somos mal vistos por parte da população, que pensa que somos preguiçosos, que não trabalhamos e que quando precisam de nós, fazemos “corpo mole”. Sei que alguns servidores públicos são assim mesmo, mas tenho a minha consciência tranquila, cumpro o meu dever como se espera e às vezes até faço mais do que seria minha obrigação.

A data foi instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, através da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937.

Os serviços públicos estão divididos em classes hierárquicas, de acordo com os órgãos dos governos, que podem ser municipais, estaduais ou federais. Os serviços prestados podem ser de várias áreas de atuação, como da justiça, saúde, segurança, etc.
Para ser servidor público é preciso participar de concursos e ser aprovado no mesmo, garantindo assim a vaga enquanto profissional. O bom desse tipo de trabalho é que o servidor tem estabilidade, não pode ser dispensado de suas funções. Somente em casos extremos, em que se comprove a falta de idoneidade de um funcionário público, é que o mesmo é afastado de seu cargo.


Os salários dos funcionários públicos são pagos pelos cofres públicos, dependendo da localidade. Se for municipal, são pagos pelas prefeituras; se estadual, pelos governos estaduais; e se federal, pagos pelos cofres da União.

Os servidores públicos devem ser prestativos e educados, pois trabalham para atender a população civil de uma localidade. É comum vermos pessoas reclamarem dos serviços públicos, da falta de recursos dos mesmos, falta de profissionais para prestar os devidos atendimentos ou até mesmo por estes serem mal educados e ríspidos com a população. É bom enfatizar que esses profissionais lidam com o que é público, ou seja, aquilo que é de todas as pessoas. Portanto, ganham para prestar serviços a toda comunidade. Eu concordo!!!

Fonte de pesquisa:

Doe Medula Óssea...


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

NÃO ME ESQUEÇA E O MAL DE ALZHEIMER


Filme exibido na mostra de cinema alemão 2013.

SINOPSE
Em NÃO ME ESQUEÇA (Forget me not), David Sieveking retrata os cuidados domésticos prestados à sua mãe que, como muitas pessoas, é acometida pelo mal de Alzheimer.

Os pais de David foram manifestantes ativos nos movimentos estudantis dos anos 60 e tiveram um casamento aberto, o qual encontra-se agora sendo posto à prova de um modo dramático em função da doença de sua mãe.

As alterações sofridas por ela obriga a família a lidar com seus próprios conflitos e inclusive ensina-os a lidar com estes atritos de maneira mais terna, fazendo com que eles se unam.

Com humor e sinceridade, a crônica familiar de David Sieveking é caracterizada por um envolvimento constante entre os personagens e por uma afeição sensível, colocando o ser humano, e não a doença, no centro da trama.

O diretor David Sieveking nasceu em 1977 em Friedberg e estudou direção de filmes na Academia Alemã de Cinema e Televisão em Berlim (DFFB) de 2000 a 2007, época na qual ele trabalhou como montador, primeiro assistente de direção e ator para filmes e para a televisão. Em 2003, ele participou da Berlinale Talent Campus. Uma seleção de seus filmes inclui: NACHDREH (curta, 2000), A PROPOS DENNIS (documentário, 2001), GANGA GUEST HOUSE (curta, 2002), DIE AMERIKANISCHE BOTSCHAFT (curta, 2003), MR. SINGH (2004, episódio do longa ASYL), WILD MAN (curta, 2006), SENEGALLEMAND (documentário, 2007), DAVID WANTS TO FLY (documentário, 2010), e FORGET ME NOT (documentário, 2012).


FICHA TÉCNICA
Gênero: Melodrama, História de amor
Categoria: Documentário
Ano: 2012
Diretor:
David Sieveking
Diretor de fotografia:
Adrian Stähli
Elenco:
Gretel Sieveking, Malte Sieveking
Produtores:
Martin Heisler, Carl-Ludwig Rettinger
Produção: Lichtblick Media/Berlin, Lichtblick Film- & Fernsehproduktion/Cologne, em cooperação com
BR/Munich, HR/Frankfurt, ARTE/Strasbourg

Duração: 88 min







Um filme muito apropriado. Dez (10) de outubro foi o dia mundial da saúde mental. 

O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que atinge, principalmente, idosos e provoca de forma gradual a perda de funções cognitivas como a memória, orientação, atenção e linguagem. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) 6% dos idosos desenvolveram a doença que não tem cura. A tendência é que este número cresça. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com a doença, que hoje no mundo é de 15 milhões, irá triplicar até 2050.
Ainda não se sabe quais são as causas do Alzheimer, sabe-se apenas que há um componente genético e que nestes casos a doença tende a se manifestar antes dos 60 anos. Fatores como a prática de atividade física, atividade intelectual são limitadores da doença. Nota-se que quanto maior o nível de escolaridade, mais tardiamente a doença se manifesta.
A descoberta da primeira substância química capaz de prevenir a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios foi aclamada como um momento histórico e empolgante para o esforço científico.
É necessário maior investigação para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas dizem que um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como Alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, entre outras.
Em testes feitos com camundongos, a Universidade de Leicester, no Reino Unido, mostrou que a substância pode prevenir a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas, que podem atingir o sistema nervoso tanto de humanos como de animais.
Os pesquisadores usaram um composto que impediu os mecanismos de defesa de se manifestarem, e por sua vez interrompeu o processo de degeneração dos neurônios.
O estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, mostrou que camundongos com doença de príon desenvolveram problemas graves de memória e de movimento. Eles morreram em um período de 12 semanas.
No entanto, aqueles que receberam o composto não mostraram qualquer sinal de tecido cerebral sendo destruído.
A coordenadora da pesquisa, Giovanna Mallucci, disse à BBC: "Eles estavam muito bem, foi extraordinário." 
Fonte de pesquisa: www.ig.com.br 
Seria a cura para o mal de Alzheimer e de outras doenças degenerativas? Deus queira!!! 
"Para todo mal, a cura." (Lulu Santos)





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

HOUSTON


Houston foi exibido no Festival do Rio e também será exibido na mostra de cinema alemão 2013.

SINOPSE
A vida de Clemens Trunschka não vai muito bem. Sem emprego fixo e vivendo um casamento em crise, ele também não pode proclamar-se como um "alcoólatra funcional". A definição mais precisa provavelmente seria "bêbado desprezível ". Eis que surge a oportunidade de ajudar uma empresa alemã a recrutar um candidato americano como presidente e Trunschka aproveita esta ocasião para reerguer-se – tanto no aspecto financeiro quanto familiar.

Mostrando habilidade ao lidar com esta matéria-prima emocional, o roteirista e diretor Bastian Günther transforma o processo de recrutamento feito por Trunschka em uma análise sutil e cativante sobre o fracasso. Ele é ajudado pelo ator principal, Ulrich Tukur, que nos oferece um destemido retrato de um homem em busca de novos caminhos para chegar ao fundo do poço ao lançar-se ladeira abaixo rumo à autodestruição com o mesmo entusiasmo do coiote dos desenhos animados. HOUSTON mergulha fundo no coração do Texas para retornar à superfície com algo tão surpreendente quanto precioso: esperança.

O diretor Bastian Günther nasceu em 1974 em Hachenburg e estudou inglês, ciências sociais e esportes na Universidade de Colônia. Ele trabalhou então como estagiário em vários filmes e como freelancer no canal público WDR/Phoenix em Colônia. Em seguida, ele trabalhou como assistente de direção para Marin Martschewski e Christian Petzold, e matriculou-se na academia alemã de cinema e televisão (DFFB). Seu filme de formatura END OF A TRIP (ENDE EINER STRECKE, 2005) venceu o prêmio Primeiros Passos em 2006. Sua filmografia inclui: KUSCHELN IN VINGST (documentário, 2000), CORINNA, CORINNA (curta, 2001), PUNKT NULL (vídeo, 2002), ACAPULCO (curta, 2002), SUMMER AT HOME (BLEIB ZUHAUSE IM SOMMER, documentário, 2004), AUTOPILOTS (AUTOPILOTEN, 2007) e HOUSTON (2013).

FICHA TÉCNICA

Gênero: Drama
Categoria: Longa
Ano: 2013
Diretor:
Bastian Günther
Roteiro:
Bastian Günther
Diretor de fotografia:
Michael Kotschi
Elenco:
Ulrich Tukur, Garret Dillahunt, Wolfram Koch, Jenny Schily, Jens Münchow, Jason Douglas
Produtores:
Martin Heisler, Joachim Ortmanns
Coprodutora:
Anne Walker-McBay
Produção:
Lichtblick Media/Berlin, em coprodução com Texas Avenue Films/Austin

Duração: 107 min

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

DUAS VIDAS


A partir de hoje, vou postar a sinopse dos filmes exibidos na Mostra de Cinema Alemão 2013 e o primeiro deles é Duas Vidas.

TWO LIVES (ZWEI LEBEN)
SINOPSE
Europa 1990, o muro de Berlim acabou de cair. Katrine, criada na Alemanha Oriental, mas vivendo na Noruega há mais de 20 anos, é uma “criança da guerra”: o resultado de uma relação entre uma norueguesa e um soldado alemão durante a ocupação ocorrida na Segunda Guerra Mundial. Ela desfruta de uma satisfatória vida em família juntamente com sua mãe, seu marido, sua filha e neta. Porém, quando um advogado solicita a ela e à mãe que testemunhem em um processo contra o Estado norueguês em prol das crianças da guerra, ela opõe-se. Gradualmente, uma teia de dissimulações e segredos é desvendada, a ponto que Katrine encontra-se destituída de tudo, e sua família é forçada a posicionar-se: o que pesa mais, a vida que eles compartilharam ou a mentira sobre a qual ela foi construída?

O diretor do filme, Georg Maas nasceu em 1960 em Aachen. Estudou na Academia Alemã de Cinema e Televisão (DFFB), em Berlim, frequentou workshops com István Szabó, Tilda Swinton, Krzysztof Kieslowski, e Wojciech Marczewski. Seus filmes incluem: a trilogia de curtas LEAD A NORMAL LIFE, 10 ¾ INCH e HERE COMES THE SUN (1986-1988), os documentários THE OTHER UNIVERSE OF KLAUS BEYER (1994), ESCAPED (1995), PATHFINDERS (1998), THE REAL WORLD OF PETER GABRIEL (2009), THE BUDDHA WALLA (2010), assim como os longas BREATHLESSNESS (1991), NEWFOUNDLAND (2003), e TWO LIVES (2012).


O filme tem no elenco a diva Liv Ullman, ex-mulher de Ingmar Bergman e protagonista de vários de seus filmes. Ela já é uma grande razão para não perder o longa.

FICHA TÉCNICA


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

MOSTRA DE CINEMA ALEMÃO 2013


Reconhecido mundialmente por produções que ganharam o mundo com prêmios em importantes festivais, como “Corra, Lola, Corra” / Lola Rennt (1998), “Adeus, Lenin!” / Good Bye Lenin (2003), Edukators” / Die fetten Jahre sind vorbei (2004), “A Vida dos Outros” / Das Leben der Anderen (2006) e “A Fita Branca” / Das Weisse Band (2009), o cinema germânico desembarca em breve em quatro capitais brasileiras. Brasília, Salvador, Fortaleza e Porto Alegre vão receber a mostra Panorama Alemão, uma cuidadosa seleção de produções recentes daquele país. Em Salvador, a iniciativa integra o programa Panorama Internacional Coisa de Cinema.

O evento, produzido pela German Films, centro de promoção de filmes alemães em todo o mundo, contará com a presença de cineastas e atores cujas películas compõem a programação. A mostra Panorama Alemão faz parte do cronograma de atividades oficial do Ano Alemanha + Brasil e começa por Salvador, onde os filmes serão exibidos de 31 de outubro a 7 de novembro. Em seguida, será a vez de Brasília receber o festival, de 8 a 15 de novembro. Fortaleza será a próxima cidade contemplada, de 14 a 21 de novembro. Por fim, Porto Alegre encerrará a programação, com exibição dos filmes de 21 a 28 de novembro.



Ao todo, serão dez longas-metragens e seis curtas-metragens que ganharam vários prêmios e foram exibidos em importantes festivais internacionais de cinema. "Duas Vidas" / Zwei Leben (Georg Maas), "Saída Marrakech" / Exit Marrakech (Caroline Link)  -que integrou o Festival Internacional de Cinema de Toronto, em setembro, "Houston" (Bastian Günther) e "A Garota das Nove Perucas" / Heute Bin Ich Blond (Marc Rothemund) vão abrir o festival, respectivamente, em Salvador, Brasília, Fortaleza e Porto Alegre. "Duas Vidas", que aborda os dilemas de uma mulher fruto de um relacionamento durante a II Guerra Mundial, é o indicado oficial da Alemanha para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2014. O diretor do filme, Georg Maas, estará em Salvador e Brasília. Além disso, Bastian Günther, diretor de "Houston" - filme exibido no prestigiado Sundance Film Festival - viajará a Salvador, Brasília e Fortaleza. Já Ulrich Tukur, principal ator dos filmes "Saída Marrakech" e "Houston", conhecido por integrar o elenco do vencedor do Oscar “A Vida dos Outros” e “Solaris”, de Steven Soderbergh, tem presença confirmada em Brasília.


O documentário “Não Me Esqueça” / Vergiss Mein Nicht (David Sieveking) retrata os cuidados domésticos prestados à sua mãe que, como muitas pessoas, é acometida pelo mal de Alzheimer. Ganhou vários prêmios, entre eles o SRG SSR Critics' Week Award Locarno 2012. O filme “A Garota das Nove Perucas” traz a história de Sophie, que logo após entrar na faculdade é diagnosticada com um câncer. Nove perucas tornam-se, então, o seu elixir de vida.  Arrebatou o prêmio Presidency of the Camera dei Deputati Award Giffoni 2013. Já “Nada De Mau Pode Acontecer” / Tore Tanzt (Katrin Gebbe), foi exibido no Festival de Cannes este ano. Completam a seleção de longas “Mar Silencioso” / Meeres Stille (Juliane Fezer), “Finsterworld” (Frauke Finsterwalder), “Verão Lá Fora” / Draussen ist Sommer (Friederike Jehn) e “Queda Livre” / Freier Fall (Stephan Lacant).

Por sua vez, seleção de curtas é composta por A Princesa, O Príncipe e O Dragão de Olhos Verdes”/ Die Prinzessin, der Prinz und der Drache mit den grünen Augen (Jakob Schuh, Bin-Han To),  O Balanço do Fabricante de Caixões”/ Die Schaukel des Sargmachers (Elmár Imánov), “Olgastraße N° 18” (Liv Scharbatke, Jörg Rambaum), “A Central Nuclear Mais Segura Do Mundo/ Erntefaktor Null (Helena Hufnagel), “Em Casa”/ Zu Hause (Nenad Mikalački) e “O Projeto da Centrífuga de Cérebros”/ The Centrifuge Brain Project (Till Nowak).

Com essa iniciativa, a German Films busca aumentar a visibilidade do cinema recente alemão no Brasil. Além disso, estamos apresentando talentos alemães ao público brasileiro”, afirma Barbie Heusinger, organizadora do evento. Segundo ela, Panorama Alemão, em toda a sua extensão, compreende diferentes gêneros, estilos e maneiras de contar histórias.


A mostra, cuja primeira edição ocorreu em 2012, teve sucesso de público. “Foi perceptível o grande interesse dos brasileiros pelo cinema alemão. Tivemos uma grande participação dos espectadores, que aproveitaram sessões de perguntas e respostas após as exibições para entrar em contato com os diretores, mostrando o interesse e o desejo de continuar vendo mais filmes alemães durante todo o ano”, comemora a organizadora.

Sobre a German Films - Centro nacional de informação e aconselhamento para promoção de filmes alemães pelo mundo, a German Films Service + Marketing GMBH foi criado em 1954 com o nome “Export-Union of German Cinema”. Por meio do trabalho de relações públicas e das ações de marketing desenvolvidas pelo escritório,  a German Films busca difundir o cinema alemão e aumentar o interesse por filmes germânicos no exterior.

Os parceiros da German Films na Mostra Panorama Alemão 2013  são: Instituto Goethe de Salvador e Porto Alegre, Goethe-Zentrum Brasília, Embaixada da Alemanha, Mostra Internacional de Cinema São Paulo, Festival do Rio, Espaço Itaú de Cinemas Salvador, Porto Alegre e Brasília e Cinema Dragão do Mar - Fundação Joaquim Nabuco de Fortaleza.


Programação:

SALVADOR
31 de outubro a 7 de novembro
Filme de abertura: Two Lives (Zwei Leben), de Georg Maas
Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha
Pç Castro Alves - Centro

BRASÍLIA
8 a 15 de novembro
Filme de abertura: Saída Marrakech, de Caroline Link
Espaço Itaú de Cinema - Brasília  Shopping Casa Park (2º Piso)
SGCV Sul Lote 22 - Guará
Brasília - DF, 71215-900

FORTALEZA
14 a 21 de novembro
Filme de abertura: Houston, de Bastian Günther
Cinema do Dragão -  Fundação Joaquim Nabuco
Rua Dragão do Mar 81, Praia de Iracema
CEP: 60060-390 – Fortaleza/CE

PORTO ALEGRE
21 a 28 de novembro
Filme de abertura: A Garota das Nove Perucas (Heute Bin Ich Blond), de Marc Rothemund
Espaço Itaú de Cinema - Porto Alegre Bourbon Shopping Country (2º piso)
Av. Túlio de Rose, 80 - Passo da Areia
Porto Alegre - RS, 91340-110




terça-feira, 15 de outubro de 2013

O DIA DOS PROFESSORES

Sidney Poitier em Ao mestre com carinho

Todos os trabalhos são importantes, mas o ofício do professor é especial, pois ele tem em suas mãos o poder de ensinar pessoas, continuar a educação iniciada pelos pais em casa e formar gerações com seus ensinamentos. Há sempre coisas novas a serem aprendidas pelo ser humano.

A educação envolve o ato em que uma pessoa ensina, a outra aprende e esta que aprendeu já está pronta a ensinar a uma terceira pessoa e assim sucessivamente. Divide-se em educação informal e educação formal. A Informal começa com os pais desde quando a criança nasce e passa a aprender o que é certo e errado, o que pode ou não ser feito e continua na igreja, nas ruas com os amigos e colegas até o momento em que esta chega à idade escolar, quando passa a ter acesso à educação formal. Então a criança, agora como aluno, começa a aprender novos valores e princípios com seus professores, além da teoria que posteriormente será aplicada em sua vida.

Para que a educação formal aconteça com sucesso, é necessário que o professor goste do que faz e queira ensinar e que o aluno queira aprender e se esforce para isso, tirando suas dúvidas em sala de aula e estudando em casa. É necessário um vínculo entre as duas partes para que o ensino e a aprendizagem aconteçam com sucesso: o professor precisa da atenção do aluno que também necessita da atenção do professor.

Michelle Pfeiffer em Mentes perigosas

Quase toda criança tem o sonho de ser professora quando crescer e brinca de dar aula para seus colegas, pois sente uma grande satisfação em fazer isso, já que seus professores exercem uma grande influência sobre elas. Eles são sua segunda família, com quem a criança passa grande parte de seu dia e com certeza vão deixar nelas doces lembranças.

Há um tempo atrás, a profissão era cercada por grandes méritos. Só as famílias mais abastadas tinham condições de formar suas filhas no magistério e era um orgulho ter uma professora na família. Hoje em dia, apesar das crianças ainda continuarem brincando de ser professora, quando crescem a maioria delas procura por outras profissões que deem mais prestígio ou que paguem melhor.

O trabalho ocupa a maior parte do tempo dos professores. As jornadas de trabalho são longas, começam bem cedo e se estendem até a noite. Depois que saem da escola, ainda têm que preparar as aulas do dia seguinte. Para aqueles que dão aulas nos três turnos a situação é ainda pior, pois têm que abrir mão de seus intervalos, diminuir o horário de almoço e jantar ou lanchar na escola mesmo para poupar tempo. Nos intervalos entre as aulas ou na hora do recreio, ainda tem que tirar as dúvidas de alguns alunos ou atender aos pais que querem saber por que seu filho está se saindo mal nas provas e tirando notas baixas. Durante os fins de semana ainda precisam corrigir provas e trabalhos feitos pelos alunos. Ser professor realmente não é uma tarefa fácil. Nem todos nascem com esse dom, mas aqueles que nascem fazem com grande prazer apesar de todas as dificuldades.

FELIZ DIA DO PROFESSOR!




sábado, 12 de outubro de 2013

OS FILMES INFANTIS


“Como é bom ser criança/ ficar na barriga e depois nascer/ que pena a gente tem que crescer/ criança sempre eu quero ser.” Este trecho da música Hino à criança tem tudo a ver com a data comemorada hoje, o dia das crianças. Essa música era tema da novela Carrossel, exibida pelo SBT em 1991 e que foi grande sucesso entre o público infantil, inclusive com um remake exibido há pouco tempo.

Como se sabe, o público infantil é o mais fiel de todos os públicos, quando ele gosta de algo, é pra valer e isso inclui rever o filme dezenas de vezes até decorar as falas e levar os pais para acompanhá-los, mesmo que a produção seja quase insuportável para os adultos.


Não há como negar a importância de Walt Disney para o público infantil, já que ele praticamente inventou o desenhou animado, inicialmente com curtas metragens protagonizados por Mickey Mouse e depois com longas queridos por todos até hoje: Branca de neve e os sete anões (1937), Pinóquio (1939), Fantasia (1940), Dumbo (1941), Bambi (1942), Cinderela (1950), Alice no país das maravilhas (1951), Peter Pan (1953), A dama e o vagabundo (1955), A bela adormecida (1958) e 101 Dálmatas (1961). Disney morreu em 1966, mas seu império continua até hoje e os filmes também.
 
Xuxa e Mussum em Os trapalhões e o mágico de Oroz
No Brasil, o sucesso na televisão geralmente é transportado para o cinema, como Os Trapalhões que protagonizaram mais de 40 filmes exibidos à exaustão pela Rede Globo durante as férias escolares. Outro exemplo é Xuxa Meneghel, a proclamada rainha dos baixinhos que é muito criticada por seus filmes, mas isso não impede o sucesso dos mesmos.

Os animais também são muito queridos pelas crianças. Quem não se lembra de Lassie (1963), Benji (1973), Rin-tin-tin, Os Muppets, A menina e o porquinho (1973), Beethoven – O magnífico (1991), Caninos brancos (1991), Babe, o porquinho atrapalhado (1995), Em busca do vale encantado, O pequeno Stuart Little (1999), A era do gelo (2002) e a turma do Ursinho Pooh que são os personagens mais famosos da Disney, mais até do que o próprio Mickey.


Não quero fazer uma lista, já que nenhuma lista é definitiva (e elas sempre geram controvérsias), mas adoro O mágico de Oz (1939), Dumbo (1941),  Meu pé de laranja lima (1970), A fantástica fábrica de chocolates (1971), A menina e o porquinho (1973), E.T. – O extraterrestre (1982), Os trapalhões e o mágico de Orós (1984), Esqueceram de mim (1992), O rei leão (1994).

Não poderia deixar essa data passar em branco, já que as crianças são o publico mais fiel desse blog e as postagens mais acessadas são as de conteúdo infantil.

Confesso que tinha medo de crescer, mas como isso é inevitável, acabei me acostumando, mas guardei todas as lembranças (pelo menos as boas) dessa fase tão rica, que é a infância. 

E feliz dia das crianças, aos que já cresceram e aos que não cresceram ainda.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

PERDEMOS NORMA BENGELL


A atriz e cineasta Norma Bengell morreu na madrugada de hoje. Ela estava internada desde o último sábado no Hospital Rio Laranjeiras no Rio, por problemas respiratórios causados por um câncer no pulmão direito diagnosticado há seis meses.

Durante a internação, Norma estava lúcida, mas não reconhecia alguns pessoas. Passava por problemas de saúde desde 2010, quando sofreu duas quedas no banheiro e estava em uma cadeira de rodas. Como estava desempregada, não tinha dinheiro para pagar a empregada, as sessões de fisioterapia ou mesmo o aluguel da cadeira, que é de R$ 150,00. Seu último trabalho foi como a Daisy Coturno do seriado Toma lá, dá cá da Rede Globo e como o último episódio foi ao ar no final de 2009, imaginei que ela ainda estivesse contratada pela Rede Globo.


Nasceu Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D’Áurea Bengell (ufa!) em 21 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro (RJ). Começou a carreira artística como vedete dos shows de Carlos Machado e no cinema em O homem do Sputinik (1959), onde satirizava Brigitte Bardot. O sucesso aconteceu quando ela participou de O pagador de promessas (1962) de Anselmo Duarte que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e depois em Os cafajestes (1962) em que protagonizou o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, numa cena bastante longa e que deu o que falar.

Toda essa visibilidade a levou para o cinema italiano, onde protagonizou diversos filmes e se casou com Gabriele Tinti, com quem tinha atuado em Noite Vazia (1964). Lá trabalhou com cineastas como Latuada (O mafioso) e Mario Bava (O planeta dos vampiros). Quando voltou ao Brasil foi perseguida pelo Governo Militar, de quem aguarda receber uma indenização hoje em dia, bem como a sua aposentadoria.


Essa perseguição não fez com que ela parasse de atuar, muito pelo contrário. Participou de Edu coração de ouro (1968), Palácio dos Anjos (1970), Paixão na praia (1971), A casa assassinada (1971), Mar de rosas (1978), Eros, o deus do amor (1981), A idade da Terra (1981), Rio Babilônia (1983) e Tensão no Rio (1984).

Em 1988 estreou como diretora em Eternamente Pagu estrelado por Carla Camurati e em 1996 dirigiu O Guarani com Márcio Garcia. O filme foi um fracasso e no ano 2000, ela teve problemas com o Ministério da Cultura, que questionou o uso das verbas que ela recebeu para produzir O Guarani. Hoje está proibida de atuar como produtora devido a esse processo.

Seus últimos filmes como atriz foram (por enquanto) o longa Vagas para moças de fino trato (1992) de Paulo Thiago e o curta Banquete (2002) de Marcelo Lafitte.

Norma planeja dirigir um média-metragem sobre o cartunista J. Carlos, que seria produzido Silvio Tendler.

O cinema brasileiro ficou muito mais pobre hoje.