segunda-feira, 30 de abril de 2012

GREASE 2 - OS TEMPOS DA BRILHANTINA VOLTARAM


Um dos primeiros musicais que assisti foi Grease – Nos tempos da brilhantina, exibido dezenas de vezes na Sessão da Tarde da Globo. Gosto de todas as músicas interpretadas por John Travolta e Olívia Newton-John e sempre tive curiosidade de ver a continuação, Grease 2, estrelada por Michelle Pfeiffer e Maxwell Caufield (quem?) e feita quatro anos depois (em 1982). Só os coadjuvantes retornaram (Eve Arden, Didi Conn, Sid Caeser e Dody Goodman, mas nenhum deles reconhecível). 

 Michelle Pfeiffer começou a chamar a atenção só depois de Scarface (1983), mas eu só comecei a nota-la, a partir de Ladyhawke – O feitiço de Áquila (1985). Aqui ela já era belíssima e demonstra talento, até cantando. Pena que as músicas são quase todas fracas, com exceção de uma que fala de reprodução humana, mas isso é muito pouco. Além de tudo, o filme se arrasta por intermináveis duas horas. 

 A questão do sucesso (ou do fracasso) é estranha. O par romântico de Michelle, Maxwell Caufield é bonito e carismático, mas mesmo assim, não conseguiu seguir os passos de sua colega de elenco. Ele não fez mais nada significativo, só Amores eletrônicos - 1984 (um clássico  da Sessão da Tarde e a série Dinastia (1985 - 1986). Vai entender.





sábado, 28 de abril de 2012

O PREÇO DO AMANHÃ



As pessoas costumam dizer que tempo é dinheiro, mas ninguém parou para pensar que dinheiro também pode ser tempo e é isso que O preço do amanhã aborda. No mundo imaginado pelo diretor Andrew Nicoll, as pessoas vivem até os 25 anos e depois disso não envelhecem mais, mas para continuarem vivas tem que trabalhar para receber tempo como pagamento ou pedem, negociam ou até roubam.

Justin Timberlake vive um rapaz pobre que recebe um dia de cada vez e tem que lutar para continuar vivo, até que ganha 100 anos de presente de alguém que cansou de viver e resolve se suicidar. Isso o leva a conhecer a filha de um milionário (Amanda Seyfried). Ela também é revoltada com o pai e juntos os dois passam a saquear bancos para roubar tempo e distribuir aos pobres. Só tem que enfrentar o quase sempre vilão, Cillian Murphy que é um guardião do tempo, como o era também Jean Claude Van Damme no filme Timecop.


Como o filme se passa num futuro não especificado, todas as pessoas tem um relógio no braço, que é claro que é digital, pois além de ser moderno, ainda facilita a visualização pelo espectador. Quando esse relógio zera, a pessoa morre.

Nunca paramos para pensar que nosso maior bem também é o tempo e que na verdade só temos um dia de cada vez, já que por mais pessimista que possa parecer, nunca sabemos qual será o último. 

Além de toda essa filosofia, há bastante correria e suspense. O ritmo é sempre acelerado, bem ao gosto do público jovem que no fundo é o alvo de O preço do amanhã, mas ele é bem mais profundo que isso.



quinta-feira, 26 de abril de 2012

OS TELEFILMES


Quando se fala em filmes, logo se pensa em cinema, mas nem sempre é assim. Há também aqueles feitos especialmente para a televisão. O que infelizmente não é muito comum no Brasil. A Rede Globo exibiu no final do ano passado o telefilme Homens de bem, estrelado por Rodrigo Santoro e Débora Falabela e tem-se a probabilidade de que outros sejam produzidos no decorrer deste ano. Vamos aguardar.


Petrônio Gontijo e Bianca Rinaldi em O madeireiro

A Rede Record também produziu dois telefilmes, O madeireiro, estrelado por Petrônio Gontijo e O menino Grapiúna, que homenageia Jorge Amado. Estes dois filmes também foram exibidos no final do ano passado, mas infelizmente não assisti.



A televisão sempre produziu histórias curtas que eram exibidas em forma de especial, como Caso especial e Terça nobre, que trazia adaptações de clássicos de nossa literatura, como O alienista, Memórias de um sargento de milícias e O besouro e a rosa com Carla Marins, que vi diversas vezes e lembro com saudade. Mas apesar desses especiais serem produzidos especialmente para a Tv, nunca foram chamados de telefilmes, já que tinham em média 40 minutos e nem poderiam ser considerados longas-metragens. Além de tudo, eram filmados em videotape.

A TV Cultura lança com freqüência editais para a produção de telefilmes documentais que são exibidos em sua programação, mas estes não conseguem visibilidade entre o público, que em sua maioria prefere as ficções.


Robert Stack, Gene Barry e Tony Franciosa em Os audaciosos

Os Estados Unidos já fazem isso há bastante tempo. See how they run de 1964 é considerado o primeiro telefilme Americano. Era uma adaptação de uma peça de teatro, estrelada por John Forsythe e Jane Wyatt. A audiência foi baixa, o que levou a NBC a demorar dois anos para voltar a produzir nessa área. Em 1966, a emissora criou o Saturday Night at the movies, sessão de televisão produzidos quase que exclusivamente, pela Universal. O primeiro foi Os audaciosos (The name of the game), estrelado por Tony Franciosa. A boa receptividade fez com que o canal o transformasse em série, estrelado também por Robert Stack e Gene Barry.

A produção de telefilmes se estabeleceu depois de The domsday flight de Rod Serling que misturava melodrama, mistério e tensão, além de ter orçamento de cinema.

Os telefilmes substituíram os teleteatros, trazendo diversas histórias sem personagens fixos, exibindo situações polêmicas, inclusive dramalhões sobre doenças, sejam elas curáveis ou não. Isso criou até uma brincadeira com a “doença da semana”, se referindo à doença retratada no telefilme exibido naquela semana.



Muitos telefilmes foram produzidos com a intenção de gerar novas séries, os famosos pilotos com 90 minutos de duração que eram exibidos como telefilmes, mas viravam séries, dependendo da audiência. Foi o caso de Havaí 5-0, McCloud e Columbia.

Depois passaram a ser utilizados para finalizar a trama de séries cancelas ou para reunir o elenco de determinada série algum tempo depois.

O SBT exibiu durante algum tempo, nas madrugadas, a sessão Made for TV, que mostrava apenas telefilmes. Cheguei a assistir vários deles.

Atualmente a HBO exibe vários desses filmes, produzidos pela matriz americana e que geralmente contam com elenco famoso e chegam a concorrer ao Globo de Ouro e ao Emmy.



Alguns telefilmes famosos:
• O preço de uma escolha (sobre o aborto)
• Desejo proibido (sobre o lesbianismo)
• Orações para Bobby (sobre o homossexualismo e estrelado por Susan Sarandon)
• Amazônia em chamas (sobre Chico Mendes e co-estrelado por Sonia Braga)
• Gia – Fama e detruição (estrelado por Angelina Jolie)
• A vida e a morte de Peter Sellers.
• Cinema Verité
• Mildred Pierce (estrelado por Kate Winslet)
• Game Change (com Julianne Moore).

A HBO brasileira produz atualmente dois telefilmes sobre Mandrake, estrelados por Marcos Palmeira que já estrelou duas temporadas da série em anos anteriores.



terça-feira, 24 de abril de 2012

CHICO XAVIER



O Brasil é o maior país católico do mundo, mas apesar disso, sempre demonstrou ter um povo de várias crenças e adepto a acreditar e absorver um pouco de cada uma delas. E o espiritismo sempre ocupou um lugar de destaque, o que foi provado pelo sucesso de várias novelas que tratavam do tema, como “A Viagem” (1973 – 1994), “Sétimo sentido” (1982), “Escrito nas estrelas”, "Amor, eterno amor" e a mini-série “A cura”.

O cinema também retratou muito bem o espiritismo. Ghost – Do outro lado da vida teve uma de suas maiores bilheterias no Brasil; Joelma – 23º andar tinha participação do próprio Chico Xavier; o sucesso inesperado do filme de baixo orçamento “Bezerra de Menezes – O diário de um espírito” este “Chico Xavier” que é a biografia do famoso médium e levou aos cinemas mais de 3 milhões de pessoas. Depois deste foram lançados também "As mães de Chico Xavier" e "O filme dos espíritos" que também tinham a participação de Nelson Xavier.

O filme começa quando Chico Xavier se prepara para participar do programa “Pinga-fogo” (TV Tupi – 1971) e nos seus depoimentos relembra toda a sua trajetória desde a infância, quando perdeu cedo a mãe (Letícia Sabatella) que o ajudou mesmo depois de desencarnada; o sofrimento com a madrinha cruel (Giulia Gam); o acolhimento com a madrasta (Giovanna Antonelli); a relação com o pai (Luis Melo); a amizade com o padre (Pedro Paulo Rangel); o início de sua vida espiritual como médium e o desprendimento das coisas materiais, pois apesar de ter psicografado 412 livros, nunca recebeu direitos autorais. O dinheiro ia para instituições beneficentes. Intercalado às suas lembranças há a história do diretor do programa Pinga-fogo (Tony Ramos) e de sua esposa (Christiane Torloni) que sofrem com a perda recente do filho.

Chico é interpretado por três atores, todos muito bem: Matheus Costa (na infância), Ângelo Antonio (na fase adulta) e Nelson Xavier (na velhice) que parece ter encarnado a figura do medium.

O filme traz uma paz imensa a quem o assiste, independente de sua religião e de acreditar ou não na mediunidade e no que Chico Xavier fazia, mas a história é contada de uma forma tão sincera que é impossível não parar para refletir e mesmo sem acreditar totalmente, também não se chega a duvidar da veracidade da história.


É produzido pela Globo Filmes e conta com um elenco “all star”, muitos em papéis pequenos. Além dos já citados, há ainda Carla Daniel (filha do diretor Daniel Filho), Cássio Gabus Mendes (exagerado como sempre), Nildo Parente, Paulo Vespúcio (que é goiano), Paulo Goulart, Cássia Kiss, Cynthia Falabella, Rosi Campos e Ana Rosa. 

domingo, 22 de abril de 2012

BONEQUINHA DE LUXO


Sou um apaixonado por comédias românticas e confesso que foi um prazer assistir Audrey Hepburn vivendo a “Bonequinha de luxo”. O título original, Breakfast at Tiffany, refere-se ao fato de Holly (Hepburn) pegar um taxi quando está estressada, para tomar o café da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany, que fica na 5ª avenida em Manhattan, mas confesso que gosto mais do título nacional.

O filme é baseado no livro homônimo de Truman Capote, que também escreveu A Sangue Frio e foi biografado em Capote, onde foi vivido por Phillip Seymour Hoffman. Mas há algumas sutilezas na adaptação cinematográfica. No livro, Holly era uma garota de programa, mas como a censura era ferrenha em 1961, ela acabou virando uma garota que gosta muito de festas e vive dos presentes que ganha de seus admiradores. O romance se forma quando o aspirante a escritor, Paul (George Peppard) vai morar em seu prédio e os dois tornam-se bem próximos. Ele também se sustenta com o dinheiro que recebe de uma amante mais velha (Patrícia Neal).

São vários os momentos inesquecíveis, como ela cantando “Moon River” ao violão; procurando seu amado gatinho debaixo da chuva, já no desfecho do filme ou planejando ser a primeira-dama do Brasil.

Nosso país é citado várias vezes durante o enredo. Um de seus amantes é o brasileiro José da Silva Pereira (pelo menos é um nome brasileiro), vivido pelo espanhol José Luis de Villlalonga que a pede em casamento e lhe dá uma passagem para o Rio de Janeiro. Para aprender português, ela ouve discos de conversação (com um estranho sotaque) e até chega a pronunciar uma frase em nosso idioma.



Não conhecia o galã George Peppard que também participou dos filmes Herança da carne (1960) e A conquista do Oeste (1962) e da série Esquadrão Classe A (1983 – 1987).

Foi muito criticado o fato de Mickey Rooney viver um oriental, mas isso é só um detalhe.

Um filme delicioso!



UM POUCO SOBRE AUDREY HEPBURN

Uma das mulheres mais bonitas do cinema. Recebeu o Oscar de melhor atriz por A princesa e o plebeu (1953) onde contracenou com Gregory Peck. No ano seguinte contracenou com William Holden e Humphrey Bogart em Sabrina (1954). Mas Audrey virou uma unanimidade entre o público na década seguinte e a partir dos filmes Bonequinha de luxo (1961), Charada (1963) e Minha bela dama (1964).

sábado, 21 de abril de 2012

NOVO FILME DE WALTER SALLES CONCORRERÁ À PALMA DE OURO EM CANNES


Walter Salles é um dos meus cineastas preferidos. Central do Brasil é um dos filmes que mais gosto, mas aprecio também os outros, desde o primeiro, ainda falado em inglês (apesar de ser brasileiro), A grande arte, que tinha alguns atores americanos como Peter Coyote atuando com o elenco brasileiro; o belíssimo Terra Estrangeira, com Fernanda Torres e Fernando Alves Pinto; o já citado Central do Brasil que venceu diversos prêmios pelo mundo afora e foi até indicado ao Oscar; O primeiro dia, co-dirigido por Daniela Thomas e também estrelado por Fernanda Torres; Abril despedaçado, que junto com Bicho de sete cabeças acabou revelando Rodigo Santoro ao mundo; a co-produção Diários de motocicleta sobre a mocidade de Che Guevara; o malfadado terror Água negra e Linha de Passe que também levou vários prêmios, inclusive o de melhor atriz para Sandra Corvelone no próprio Festival de Cannes.

Agora seu novo filme On the Road (Na estrada), disputará a Palma de Ouro no 65º Festival de Cinema de Cannes, que começa em 16 de maio.



On the Road tem em seu elenco, Sam Riley, Garret Hedlun, Kristen Stewart, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen e Alice Braga. O livro que lhe deu origem chama-se Pé na estrada de Jack Kerouac, conta a história de um escritor que vai com a família e os amigos de Nova York até Los Angeles.



Tomara que leve o prêmio, pois apesar de ser uma co-produção entre França, Estados Unidos e Reino Unido, acaba elevando o nome do cineasta Walter Salles e consequentemente de nosso país.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

O INFORTÚNIO DE GUILHERME KARAN


Não gosto de falar de coisas tristes, apesar de saber que a tristeza está presença na vida de todos nós, em maior ou menor grau e que todos estamos sujeitos ao infortúnio, já que ele acomete não só os maus, mas também os bons.

O ator Guilherme Karan, famoso por dezenas de novelas e mini-séries, como Meu bem, meu mal (1990), Perigosas Peruas (1992) e principalmente as novelas de Glória Perez: Explode Coração (1995), Pecado Capital (1998), América (2000), O clone (2002) e América (2005), sofre de uma doença neurológica degenerativa rara, a Síndrome de Machado-Joseph, que é hereditária. Ele teria herdado da mãe e já perdeu um irmão com a mesma doença.


Seu pai revelou que ele fica isolado em seu apartamento em uma cadeira de rodas. Às vezes está lúcido, outras vezes, não.

A síndrome de Machado-Joseph foi batizada assim em homenagem ao médico que a classificou junto às doenças neurológicas. Ela é caracterizada pela perda progressiva dos movimentos até o ponto de o paciente necessitar da cadeira de rodas, além da perda do equilíbrio e da dificuldade de permanecer de pé. Os sintomas aparecem lentamente, por isso é adequado a partir do diagnóstico, a prática de exercícios físicos, fisioterapia e hidroterapia para evitar que se chegue a necessitar de cadeira de rodas. O agravante é que não há medicação específica e o paciente pode morrer de complicações.
Com Débora Bloch

Guilherme recebe o atendimento de dois enfermeiros e um fisioterapeuta e devido à depressão que sente, se recusa a falar sobre o problema, só recebendo o auxílio do pai.

No cinema participou de diversos filmes
(Os que estão marcados com * são os que assisti):
• Pequenas taras (1978);
• Tudo bem (1978); *
• Luz del Fuego (1982); *
• O rei do rio (1984); *
• Rock Estrela (1986); *
• Leila Diniz (1987); *
• O homem da capa preta (1987); *
• Super Xuxa contra o baixo astral (1988); *
• Assim na tela como no céu (1990);
• Stelinha (1990); *
• Iremos a Beirute (1998); *
• Bella Donna (1998); *
• Vida e obra de Ramiro Miguez (2000);
• Xuxa e os duendes (2001); *
• Xuxa e os duendes 2 (2002); *
• As alegres comadres (2003); *

quarta-feira, 18 de abril de 2012

MORRE PAULO CÉSAR SARACENI


Só quando li sobre a morte de Paulo César Saraceni, acontecida no sábado passado (14/04/2012) depois de uma longa doença, é que me dei conta de que assisti a todos os seus longas de ficção já lançados:
• Porto das Caixas (1963)
• O desafio (1965)
• Capitu (1968)
• A casa assassinada (1970)
• Amor, carnaval e sonhos (1971)
• Anchieta, José do Brasil (1976)
• Ao sul do meu corpo (1981)
• Natal da Portela (1988)
• O viajante (1998)

Agora só falta ver O gerente (2010) que ainda não foi lançado comercialmente.

Mas ele dirigiu também os documentários:
• Copa 78, o poder do futebol (1978) (Co-d. Maurice Capovilla)
• Bahia de todos os sambas (1984/ 1996) Co-d. Leon Hirzman)
• Banda de Ipanema – Folia do Albino (2003), além de vários médias e curta-metragens, sendo o mais famoso deles, Arraial do Cabo (1959).

Paulo foi um dos ícones do cinema novo, tendo estudado no Centro Sperimental di Cinematrographia de Roma, junto com Bertolucci e Belocchio.


Porto das Caixas é considerado seu melhor filme, mas os meus preferidos são Ao sul do meu corpo (foto) e O viajante, onde ele consegue se afastar um pouco do estilo underground e quase incompreensível do cinema novo, que confesso, não é um gênero que me agrada muito, apesar de ter visto os principais filmes do movimento.

Foi casado com a atriz Isabella (Cerqueira Campos) que estrelou alguns de seus filmes e, posteriormente com a também atriz Ana Maria Nascimento e Silva. Tinha 78 anos.

Jairo Mattos e Marília Pera em O viajante

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A NOITE AMERICANA


Tacilda Aquino, uma amiga da pós-graduação é apaixonada pelo filme A noite americana, tanto que fez o Trabalho de Conclusão de Curso sobre ele, mas mesmo ela falando tanto sobre ele, só consegui assistí-lo agora, baixando...

Sempre soube que “noite americana” é um filtro especial da câmera que faz as cenas filmadas durante o dia, parecerem noturnas, mas nunca entendi porque não esperar a noite para fazer essas cenas e deixar tudo mais natural. Mas aí está a mágica do cinema: contar uma mentira tão bem contada que parece até verdadeira. E é essa também a explicação para o título do filme.

Uma verdadeira declaração de amor ao cinema. Bem maior que a nossa, que somos apenas espectadores, falando de gente que trabalha com cinema e faz disso sua vida. tudo é meio autobiográfico. François Truffaut que é o diretor, também faz o diretor do filme “A chegada de Pamela” ou “Eu vos apresento Pamela” como preferem alguns tradutores; Jacqueline Bisset interpreta uma personagem inspirada em Julie Christie, que fez Farenheit 451 com Trauffaut e cita a catapora que era a doença que tinha a personagem do filme que a revelou (Um caminho para dois); a morte do ator principal durante as filmagens foi uma lembrança de Françoise Dorléac que fez com ele, “Um só pecado” e tantas outras referências.
 

O diretor tem que lida com os egos exaltados de sua estrela, que teve anteriormente um colapso nervoso (Bisset), seu astro apaixonado por uma assistente (Jean Pierre Aumont), uma atriz que não consegue decorar as falas (Valentina Cortese, que venceu o Oscar de atriz coadjuvante); o galã veterano que assume ser gay... Mas sempre fazendo relação entre o cinema e a vida real. O próprio diretor assume que a vida é muito mais importante que o cinema, ao passo que a aplicada assistente de direção diz que jamais abandonaria um filme por um homem, como fez uma outra assistente. E depois quando o contra-regra diz a um repórter que não houve nenhum problema durante as filmagens e que tomara que o público goste tanto de assistir ao filme quanto eles gostaram de fazê-lo.

O cinema é isso: às vezes filmagens atribuladas ou brigas entre o elenco geram verdadeiras bombas, outras vezes geram filmes primorosos, mas não há como prever isso e é aqui que entramos nós, os espectadores (e também os críticos) que determinam o sucesso ou o fracasso ou se o filme é bom ou ruim.


sábado, 14 de abril de 2012

O CENTENÁRIO DE MAZZAROPI


Se estivesse vivo, o eterno Jeca Tatu, Amácio Mazzaropi, ou simplesmente Mazzaropi como todos o conheciam, teria completado 100 anos na segunda-feira passada (09/04/2012). Tenho dúvidas sobre qual dos seus filmes, eu mais gosto, porque afinal de contas eles são muito parecidos, principalmente os do final de sua carreira, que tem filmes mais fracos.

Mazzaropi morreu em 13 de junho de 1981, aos 69 anos, de câncer.

FILMOGRAFIA
(Os filmes que estão marcados com * são os que eu assisti)
1. O Jeca e a Égua Milagrosa (1980) .... Raimundo
2. A Banda das Velhas Virgens (1979) .... Gostoso *
3. O Jeca e Seu Filho Preto (1978) .... Zé
4. Jecão... Um Fofoqueiro no Céu (1977) .... Jecão * 
5. O Jeca Contra o Capeta (1976) .... Poluído *
6. O Jeca Macumbeiro (1975) .... Pirola *
7. Portugal... Minha Saudade (1974) .... Sabino
8. Um Caipira em Bariloche (1973) .... Polidoro
9. O Grande Xerife (1972) .... Inácio Pororoca * 
10. Betão Ronca Ferro (1970) *
11. No Paraíso das Solteironas (1969)
12. Uma Pistola para Djeca (1969) .... Gumercindo *
13. O Jeca e a Freira (1968) * 
14. O Corintiano (1967) *
15. Meu Japão Brasileiro (1965) .... Fofuca *
16. O Puritano da Rua Augusta (1965) .... Punduroso * 
17. O Lamparina (1964) .... Bernardino Jabá * 
18. Casinha Pequenina (1963) .... Chico * 
19. O Vendedor de Lingüiças (1962)
20. Tristeza do Jeca (1961) *
21. As Aventuras de Pedro Malazartes (1960) .... Pedro Malazartes *
22. Jeca Tatu (1960) *
23. Zé do Periquito (1960) *
24. Chofer de Praça (1959) .... Zacarias *
25. O Noivo da Girafa (1958) .... Aparício *
26. O Gato de Madame (1957) *
27. Fuzileiro do Amor (1956) .... José Ambrósio/Ambrósio José *
28. Chico Fumaça (1956) .... Chico Fumaça
29. A Carrocinha (1955) .... Jacinto
30. Candinho (1954) .... Candinho *
31. Nadando em Dinheiro (1952) .... Isidoro Colepícula *
32. Sai da Frente (1952) .... Isidoro Colepicola *

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MORRE MARLY BUENO


Morreu nesta madrugada, aos 78 anos, a atriz Marly Bueno, que estava internada no Hospital Copa D’Or para fazer uma cirurgia no intestino, mas acabou tendo uma infecção hospitalar.

Marly era bastante conhecida entre o público televisivo, já tendo participado de diversas novelas, como Quatro por quatro (1994) e quase todas as novelas de Manoel Carlos: Felicidade (1991), História de amor (1995), Por amor (1997), Laços de família (2000), Mulheres apaixonadas (2003) e Páginas da vida (2007). Atualmente estava no ar pela Tv Record, com a mini-série Rei David.

Mas ela também atuou no cinema, principalmente no início da carreira, com os filmes:
• A família Lero-lero (1953)
• Na senda do crime (1954)
• Dorinha na Soçaite (1957)
• Chão bruto (1958)
• Entre mulheres e milhões (1961)
• As sete Evas (1962)
• Sombras de Julho (1995)
• Oriundi (2000)
• Fica comigo esta noite (2006)
• Inesquecível (2007)
• A mulher invisível (2009)




Não sei por qual motivo, ficou afastada da vida artística desde 1962, quando participou do filme As sete Evas, até 1991, quando retornou à televisão para participar da mini-série O portador.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

JEAN CHARLES


Baseado na história real do brasileiro Jean Charles de Menezes, que foi morto pela polícia britânica, confundido com um terrorista em 22 de julho de 2005. A história deixou o Brasil e o mundo chocados com a imprudência das autoridades.

É estranho assistir a um filme quando já se sabe de antemão o final, já que a história de Jean Charles foi amplamente divulgada pela mídia e é do conhecimento de todos. Mas é interessante conhecer a vida desse homem e sua luta para vencer no exterior. A produção não poupa os pontos fracos dele. Mostra que às vezes ele dava pequenos golpes nos outros, como prometer o visto de permanência para dois brasileiros por US$ 5.000, sem nunca cumprir o prometido, mas no fundo tem bom coração e acaba se arrependendo de tudo e decidindo voltar para o Brasil. Pena que não teve tempo de fazer isso.

Selton Mello compõe um personagem muito carismático e simpático,  é impossível não gostar dele, como vários outros de outros personagens interpretados por ele, já que é um dos atores mais atuantes do cinema nacional atual e um dos mais queridos também.

Além de Selton Mello, Vanessa Giácomo, Daniel de Oliveira (que faz uma pontinha na parte final como o namorado de Vanessa) e Sidney Magal (que faz um show em Londres onde canta "O meu sangue ferve por você"), os outros atores são todos desconhecidos, com a participação do pai, da mãe e da prima verdadeiros de Jean Charles.

Essa co-produção Brasil/Inglaterra foi dirigida por Henrique Goldman, em seu segundo filme e produzida por Stephen Frears (O amor não tem sexo).

Um filme para ser descoberto.

Direção: Henrique Goldman. Com: Selton Mello, Vanessa Giácomo, Luis Miranda, Patrícia Armani, Daniel de Oliveira e Sidney Magal. Drama, 91 min.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O TREM DA ALEGRIA NÃO PARA MAIS AQUI


Para relembrar um ano da morte de Elizabeth Taylor, tentei assistir A árvore da vida, que ela fez com Montgomery Clift em 1958, mas como não consegui encontrar, acabei vendo O homem que veio de longe (1968), baseado numa peça teatral quase desconhecida e das menos prestigiadas de Tennessee Williams. Só foi produzido pelo prestígio que o casal Elizabeth Taylor/ Richard Burton tinha à época.

O título original é muito estranho, Boom! Referindo-se ao barulho que as ondas fazem quando batem nas rochas, o filme então nem se fala. Liz vive uma mulher doente que mora em uma ilha cercada por empregados e ditando sua autobiografia para uma secretária (Joanna Shimkus, que depois abandonaria a carreira para se casar com Sidney Poitier). Não se deixa claro exatamente o que ela tem, falam que ela quebrou a “bacia”, que tem artrite, neurite e tudo o mais que termine em “ite”, só não se dá conta que também tem “mortite”, como diz a secretária, mas nada disso é mortal. Ela grita de dor, recebe transfusão de sangue e toma analgésicos para dormir.

Até que aparece o homem do título (Richard Burton), que tem o costume de visitar senhoras que estão à beira da morte para ajudá-las a fazer a passagem, como se fosse o anjo da morte. No início temos a impressão que ela não passa de um interesseiro ou de alguém que as ajuda a morrerem mais rápido, mas não é bem assim. Sally (Liz) é arrogante e prepotente e o trata com desdém, mesmo dizendo que um homem seria melhor para ela que todos os remédios que toma. Quando ela “baixa a guarda” e tenta se aproximar, já é tarde demais.


Num momento em que sua esperança acaba, ela diz: “O trem da alegria não para mais aqui!” Uma frase belíssima, mais de um pessimismo insuportável e que no final das contas acaba sendo a única que fica gravada em nossa mente, depois que o filme acaba.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

JESUS CRISTO EU ESTOU AQUI


Hoje, Sexta-Feira da Paixão, fiquei em dúvida sobre o que falar aqui, mas como já tinha comentado sobre os filmes, sobre a figura de Jesus no cinema e os atores que o interpretaram, achei melhor postar "apenas" a bela música Jesus Cristo de Roberto Carlos, que conheci inicialmente na voz de Mara Maravilha  e que aliás é a minha versão preferida.

JESUS CRISTO
Roberto Carlos

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Olho pro céu e vejo
Uma nuvem branca que vai passando
Olho na terra e vejo
Uma multidão que vai caminhando
Como essa nuvem branca
Essa gente não sabe aonde vai
Quem poderá dizer o caminho certo
É Você meu Pai

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Toda essa multidão
Tem no peito amor e procura a paz
E apesar de tudo
A esperança não se desfaz
Olhando a flor que nasce
No chão daquele que tem amor
Olho pro céu e sinto
Crescer a fé no meu Salvador

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Em cada esquina eu vejo
O olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem
Nessa direção caminhando vem
É meu desejo ver
Aumentando sempre essa procissão
Para que todos cantem
Na mesma voz essa oração

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui

Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui
Jesus Cristo, Jesus Cristo
Jesus Cristo, eu estou aqui




quarta-feira, 4 de abril de 2012

SONHO DE PEIXE

Gilberto Carlos

Sonhei que era um peixe
Só que não sabia nadar
Ficava o tempo inteiro na água
E tinha certeza que ali era o meu lugar
Mas nunca me afastava da margem
Nem ia para os lugares mais profundos
Pois tinha medo de me afogar.

E esse medo era terrível e me consumia
Não adiantava nada me dizerem
[que eu havia nascido pr’aquilo
Eu tentava e não conseguia aprender
Todos pareciam ter tanta facilidade
E faziam acrobacias impressionantes
Enquanto eu sempre passeava pelos mesmos lugares
Sentindo-me incompleto e perdido.

Devido a isso parei de tentar
Mesmo sabendo que as maiores alegrias me aguardavam
Eu não conseguia sentí-las
Morria um pouco por dia sem esperanças
Achava-me o pior de todos os peixes
E culpava os outros pelo que eu poderia ter sido
Sem saber que a culpa maior era minha
De ter medo do desconhecido.

Quando perdi esse medo, aprendi a nadar,
Conheci todos os lugares que eu antes temia
E pude experimentar uma alegria quase insuportável
De saber-me capaz de tudo o que eu quisesse.
(Mas tudo foi só um sonho... Ou será que não?)



segunda-feira, 2 de abril de 2012

FILMES ASSISTIDOS EM MARÇO


01. Não me abandone jamais ****
Sensível filme sobre três amigos/enamorados que depois de adultos descobrem que estão vivos apenas para que seus órgãos sejam transplantados para outras pessoas. Os protagonistas são Carey Mulligan, Keira Knightley e Andrew Garfield que será o novo Homem Aranha.

02. A ressaca ***
John Cusack relembra a sua fase de astro dos filmes dos anos 80, neste revival, onde ele e alguns amigos viajam àquela época depois que entram em uma banheira. O enredo é bem esdrúxulo, mas não deixa de ter alguma graça, já que os filmes adolescentes daquela época eram bem melhores do que os atuais.


03. Alfie, o sedutor ****
Jude Law usa toda a sua persona de galã nesse filme, onde conquista Marisa Tomei, Susan Sarandon, Sienna Miller, Nia Long e tantas outras, até descobrir que não é tão insubstituível quanto pensava, depois que engravida a mulher de seu melhor amigo.


04. O melhor amigo da noiva ***
Patrick Dempsey vive o melhor amigo da noiva que só descobre que é apaixonado por ela depois que ela resolve se casar com outro. O tema é uma versão masculina de O casamento do meu melhor amigo, mas mesmo assim é muito interessante.

05. Planeta dos Macacos – A Origem ***
Tem uma premissa interessante: um cientista que descobre uma possível cura para o mal de Alzheimer e a testa em seu pai, depois conhece um macaco diferente dos outros. Refilmagem de um dos filmes da antiga série, estrelado por James Franco que acabou queimando 'seu filme' depois que apresentou o Oscar do ano passado.
06. Ladrões de bicicletas ****
Um clássico do neo-realismo italiano dirigido por Vittorio De Sica. Um homem precisa ter uma bicicleta para conseguir um trabalho, mas por um descuido tem a bicicleta roubada e precisa perseguir o ladrão pelas ruas da Itália. Repare no título que dá uma dica sobre o final do filme.

Joan Fontaine e Judith Anderson em Rebecca - A mulher inesquecível
07. Rebecca – A mulher inesquecível *****
O primeiro filme americano de Hitchcock, estrelado por Laurence Olivier e Joan Fontaine. Uma obra prima que deixa o espectador enganado até o último momento sobre o porquê Rebecca é uma mulher inesquecível.


08. Coração de tinta ** ½
O cinema incentivando a leitura. Brendan Fraser vive um homem que restaura livros antigos e é capaz de tornar realidade as histórias que ele lê em voz alta. O elenco de apoio é invejável: Hellen Mirren, Paul Betamy e Andy Serkis, mas o filme é mediano.

09. A dama oculta *** ½
Um dos filmes mais famosos da fase inglesa de Hitchcock. Interessante mistura de comédia e suspense. Uma velhinha desaparece durante uma viagem de trem e ninguém acredita na sua existência.

10. O primeiro que disse ****
Um rapaz decide contar à família que é gay, mas o irmão mais velho faz o mesmo, deixando ele em situação complicada, já que o pai tem um enfarte e ele é obrigado a cuidar dos negócios da família e a tentar disfarçar quando seus amigos vão visitá-lo e uma colega de trabalho se apaixona por ele.
11. A rede social ***
A história real do criador do Facebook que acabou roubando a ideia de outras pessoas e depois traiu seu melhor amigo, um brasileiro, que depois o processou, pois não tinha muito jeito nas relações interpessoais e só se dava bem nas redes sociais. O filme tem uma linguagem bem inovadora e ritmo acelerado. Foi indicado ao Oscar de melhor filme no ano passado, mas perdeu para O Discurso do Rei. Pensei que fosse melhor do que realmente é.


12. Sempre ao seu lado ***
Baseado numa história real, o filme mostra a lealdade de um cachorro a seu dono depois de um acontecimento inesperado. Richard Gere faz o dono que conquista o amor do cachorro de origem japonesa. Joan Allen é sua esposa. Passou até na Sessão da Tarde, mas é bem triste...


13. 50% ***
Um rapaz descobre que está com câncer na coluna e só tem 50% de chance de sobreviver. O tema é bem pesadinho, mas o comediante Seth Rogen dá um alívio cômico, tentando se aproveitar da situação para conseguir garotas. Angélica Huston faz a mãe do protagonista Joseph Gordon Levitt. Delicado.


14. Aconteceu naquela noite (1934) ****
Uma das primeiras comédias românticas e também o primeiro filme a vencer os 5 principais Oscar: ator (Clark Gable), atriz (Claudete Colbert), diretor (Frank Capra), filme e roteiro. Uma moça rebelde foge de casa e é perseguida por um jornalista que está interessado em fazer uma matéria sobre ela, mas os dois acabam se apaixonando. Delicioso.



15. Kiriku – Os animais selvagens ** ½
Desnecessária continuação de Kiriku e a feiticeira. Agora virou um filme de episódios em que Kiriku continua mostrando sua valentia ao enfrentar animais selvagens como um búfalo e uma girafa, além da bruxa Karabá, mas pelo menos é curtinho e não há como negar que Kiriku é um personagem muito fofinho.


16. Soberba *** ½
O segundo filme de Orson Wells, feito logo depois de seu clássico Cidadão Kane. Na época o filme estava quase pronto e Wells foi convidado para dirigir o malfadado documentário It’s all true no Brasil. Os produzidos editaram o filme a sua revelia e o resultado foi um fracasso. Ele nunca mais conseguiu se recuperar. Mas quanto ao filme, é uma bela história de amor, mostrando um filho prepotente que não aceita o romance da mãe e por causa disso ela adoece.

17. A princesa e o sapo **
A Disney volta a produzir animações tradicionais, inclusive com algumas canções chatinhas. As únicas novidades são que é a primeira vez que a Disney coloca uma princesa negra como protagonista e que o galã sapo é dublado pelo brasileiro Bruno Campos (Nip/Tuck).



18. O homem dos músculos de aço *
Parece título de filme pornô, mas não é. Trata-se de um documentário de 1977, época em que Arnold Schwarzenegger e Lou Ferrigno eram fisiculturistas profissionais e disputavam pelo título de Mr. Olímpia. Arnold se mostra convencido e arrogante sobre sua superioridade em relação aos concorrentes e até assume uma certa vilania quando diz que dá maus conselhos a eles. O filme não tem nenhum interesse a quem não gosta de fazer musculação ou queira ser halterofilista. Me lembrou o filme gay Carne Fresca, com todos aqueles homens exibindo seus corpos, mas é muito chato. Pelo menos nem chega a 90 minutos.





19. Acorrentados ***
Tony Curtis e Sidney Poitier vivem dois prisioneiros que conseguem fugir de um camburão policial, mas tem o inconveniente de estarem acorrentados, o que dificulta a fuga, mas facilita a amizade. No início há o preconceito por Poitier ser negro, mas isso logo é superado e os dois mostram ser capazes de abandonar tudo por essa amizade. Dirigido por Stanley Kramer.