segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A IGNORÂNCIA

Gilberto Carlos



A ignorância é uma benção
Benditos são aqueles que desconhecem
A complexidade de todas as coisas
Pensam que tudo é simples
E são felizes
Enquanto podem...

Não ignore isso:

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ARY FERNANDES



Ary Fernandes, criador das telesséries “O vigilante rodoviário” e “Águias de fogo” que tiveram seus episódios restaurados e exibidos pelo Canal Brasil. Mas quem foi Ary Fernandes?

Ary nasceu em São Paulo em 1931, foi locutor, radioator e estreou no cinema em 1952, trabalhando nos estúdios da Maristela como assistente de produção em “O canto do mar” e “Mulher de verdade”, depois gerente de produção em “Mãos sangrentas” e “Leonora dos sete mares” (ambos de Carlos Hugo Christensen) e “Rosa dos ventos” (de Alex Viany).


Estreou na direção com a primeira série de filmes da TV Tupi, “O vigilante rodoviário”, dirigindo 23 episódios em 1961 e outros 14 episódios em 1962. Em 1967 cria nova série de filmes para a televisão, “Águias de fogo”, sobre os aviões da FAB, com 10 episódios em 1967 e 16 em 1968 e atuando como ator nos episódios. Com a junção/adaptação dos episódios da série “O vigilante rodoviário” realiza seus oito primeiros longas, exibidos de 1962 a 1969. Em seguida adapta para o cinema a série “Águias de fogo” sob os títulos de “Águias em patrulha” e “Sentinelas do espaço”.

Em 1969, convidado por Mazzaropi dirige fitas caipiras (Uma pistola para Djeca, Mágoas de boiadeiro, O jeca e o bode).

Vanessa Alves em As vigaristas do sexo

Em 1972 entra no “mundo” das pornochanchadas, produzindo “O anjo loiro” de Alfredo Sternheim e como produtor executivo de “O leito da mulher amada” (Egydio Eccio), “Sedução ou qualquer coisa a respeito do amor” (Fauzi Mansur) e “Curral de mulheres” (Osvaldo de Oliveira) e dirigindo “O supermanso” (1974), “Quando as mulheres querem... e eles não” (1975), “Guerra é guerra” (1º episódio: Núpcias com futebol), “Sexo selvagem (1978), “Essas deliciosas mulheres” (1979), também exibido pelo Canal do Brasil, “Orgia das libertinas” (1980), “Cassino dos bacanais” (1981), “A fábrica de camisinhas” (1981), “As vigaristas do sexo” (1982), “Elas só transam no disco” (1983) e “Taras eróticas” (1983), seu último filme.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

A RETOMADA DO CINEMA BRASILEIRO

Marieta Severo em Carlota Joaquina - Princesa do Brasil

Já comentei esse assunto na crítica do livro “Cinema de novo” de Luiz Zanin Oricchio, mas achei injusto deixá-lo de fora dessa breve história do cinema brasileiro que estou levantando aqui no blog.

A atriz Carla Camurati depois de vários anos trabalhando como atriz de cinema e televisão, resolveu se tornar diretora de longas metragens. Em 1995 lançou “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil” protagonizado por Marieta Severo que conseguiu atrair mais de 1,2 milhão de pessoas aos cinemas, tudo controlado por Carla que era também a produtora e acompanhava de perto o lançamento e a bilheteria do filme em cada sala em que era exibido.

Depois da promulgação da Lei do Audiovisual, que criou mecanismos de captação de recursos pela renúncia fiscal, o número de lançamentos aumentou substancialmente com uma média de 30 títulos anuais. De 1995 a 2002, o Brasil produziu aproximadamente 200 longas metragens e esse período é conhecido como a retomada do cinema brasileiro depois da crise.


São desse período também as indicações brasileiras ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O que é isso, companheiro?” (1997), Central do Brasil (1998), que também deu indicação de melhor atriz à Fernanda Montenegro e depois “Cidade de Deus” (2002) que foi indicado como melhor filme e diretor, além de dois outros prêmios, mas infelizmente nenhum deles venceu.

Cidade de Deus é considerado por alguns autores como o filme que fechou esse período da retomada, pois era impossível que se continuasse recomeçando por muito tempo.

Gosto muito dos filmes desse fase, por isso escolhi os que mais gosto:

1995 – Carmen Miranda – Bananas is my business, Terra estrangeira, As meninas.

1996 – Um céu de estrelas, Como nascem os anjos, 16060, O monge e o filha do carrasco, Tieta do agreste.

1997 – Anahy de las Missiones, For all – O trampolim da vitória, O que é isso, companheiro?

1998 – Ação entre amigos, Alô?!, Central do Brasil (meu filme preferido)

1999 – Um copo de cólera, Dois córregos, Hans Staden, O primeiro dia, O viajante.

2000 – Minha vida em suas mãos, A negação do Brasil, Eu tu eles, Cronicamente inviável.

2001 – Abril despedaçado, Caramuru – A invenção do Brasil, Domésticas – O filme, Mater dei.


2002 – Cidade de Deus, Deus é brasileiro, Rua 6, sem número, As três Marias.


sábado, 21 de setembro de 2013

ORAÇÕES PARA BOBBY


O suicídio, ainda hoje, ocorre com grande freqüência entre os homossexuais do mundo inteiro que não conseguem se aceitar ou ser aceitos por suas famílias e pela sociedade. Orações para Bobby é sobre isso: a história real de um rapaz que se descobre homossexual no início dos anos 80 e tenta esconder da família, até quando a situação se torna insustentável e o irmão que já sabe, conta para os pais (Sigourney Weaver e Henry Czerny). A notícia cai como uma bomba na até então aparente calmaria familiar. A mais abalada é a mãe que é fanática religiosa e tenta de todas as formas fazer com que o filho seja “curado”, como ela mesma diz. Bobby não agüenta a pressão e sai de casa, mas mesmo assim se sente infeliz e acha que o suicídio é a única solução.

“Orações para Bobby” não é um filme fácil, é daqueles que dão um nó na garganta e aquela vontade quase insuportável de chorar, pois mesmo sem fazer apologia ao suicídio, mostra que ele parecia ser a saída para um garoto que não podia ser quem ele era e sentia como se não coubesse nesse mundo. Mas nem tudo são espinhos. Depois da morte de Bobby, sua mãe, Mary (Sigourney Weaver dando mais um show de interpretação) sentindo-se culpada por sua morte, mostra todo o amor que sentia por ele e não foi capaz de demonstrar enquanto ele ainda vivia.




A direção é de Russel Mulcahy (Highlander, o guerreiro imortal – 1986; Highlander, a ressureição – 1990 e O sombra – 1994) que agora demonstra sensibilidade nesse drama indicado para toda a família e principalmente às pessoas preconceituosas que precisam entender como e porque as coisas são como são.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CANAL BRASIL: O DEBUTANTE DO DIA


O Canal Brasil completa hoje 15 anos. Ao longo desse tempo já foram exibidos mais de 1500 longas metragens, 200 médias, 1100 curtas e 200 shows, além de séries e programas, todos refletindo a pluralidade cultural brasileira.

Entrou no ar às 20 horas do dia 18 de setembro de 1998 como fruto de uma parceria entre a Globosat e o Grupo Consórcio Brasil, que reúne os cineastas Aníbal Massaini, Luiz Carlos Barreto, Marcos Altberg, Zelito Vianna e Roberto Farias.

O primeiro filme exibido foi “Sonho sem fim” (1986) de Lauro Escorel Filho que conta a história do diretor gaúcho Eduardo Abelim, um dos pioneiros do cinema nacional. Inicialmente o acervo do canal contava com 300 longas e 70 curtas-metragens e um investimento de R$ 4 milhões.

Carlo Mossy e Adriana Prieto em A penúltima donzela

Uma das sessões de maior audiência (apesar do horário em que é exibida) e que existe desde a estreia é o “Como era gostoso o nosso cinema” que exibe apenas pornochanchadas. O primeiro filme exibido nessa sessão foi “A penúltima donzela” com a saudosa Adriana Prieto.

Além de exibir os filmes nacionais, o Canal Brasil ainda os recupera. Desde a estreia já foram recuperados mais de 400 filmes que não possuíam fita para exibição em TV, como era o caso de “Rio Fantasia” (1957) de Watson Macedo (que estava fora de circulação há mais de duas décadas) e “São Paulo S/A” (1965) de Luís Sérgio Person, que foram recuperados em 2001 e posteriormente “A dama da zona”, A reencarnação do sexo” e “O clube das infiéis”, recuperados em 2006. O processo de recuperação utilizado é o de telecinagem que consiste na transferência das imagens da película cinematográfica para o sistema beta de vídeo, depois de rastrearem os acervos em busca da película em melhores condições.

Cena de Dzi Croquettes
Em 2006 passou a investir também na produção cinematográfica. Desde então foram mais de 70 projetos apoiados, como os filmes Loki – Arnaldo Baptista (2009), Canções do exílio – A labareda que lambeu tudo (2011), Waldick – Sempre no meu coração (2008), Dzi Croquettes (2010), Rock Brasília – A era de ouro (2011), todos eles exibidos em comemoração ao aniversário do canal.



domingo, 15 de setembro de 2013

OS ANOS DE CRISE NO CINEMA BRASILEIRO

Carolina Ferraz e Bertrand Duarte em Alma Corsária

Assim que tomou posse em janeiro de 1990, o presidente Fernando Collor de Mello extinguiu os órgãos ligados ao cinema: Embrafilme, Concine e Fundação do cinema brasileiro, o que estagnou a produção nacional. Em 1990 ainda foram lançados 59 filmes que já estavam produção ou prontos para lançamento, quando Collor tentou acabar com o cinema brasileiro. Alguns alcançaram grande sucesso, como “Lua de Cristal”, “Uma escola atrapalhada” e “Sonho de verão”, impulsionados pelo sucesso na televisão de Xuxa, as Paquitas e Os trapalhões, além de um grande número de filmes pornôs.

Já em 1991, o número de filmes lançados caiu para 38, sem nenhum grande sucesso, além de Os trapalhões e a árvore da juventude (o último de Mussum) e a refilmagem de Matou a família e foi ao cinema de Neville D’Almeida.

Em 1992, foram lançados apenas 15 filmes, nenhum significativo, um número baixo que seria superado no ano seguinte com apenas 09 filmes, que apesar do número pequeno, tem entre eles o ótimo “Alma Corsária” de Carlos Reichenbach, citado como referência dessa fase.

Fernanda Montenegro e Fernando Torres em Veja esta canção

No ano seguinte, a crise ainda persistia. Dos 12 filmes produzidos, pode-se destacar apenas “Beijo 2348/72”, “Lamarca”, “Sábado” e “Veja esta canção”.

Em 1995, a crise parecia ter chegado ao fim do lançamento de “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil, o primeiro filme dirigido por Carla Camurati que conseguiu 1.286.000 espectadores, um número impensável desde 1990.

Além da melhora da qualidade das produções, esse ressurgimento foi alavancado por Itamar Franco, que era vice de Collor e assumiu depois do impeachment. Em seu governo, foi sancionada a Lei do Audiovisual que financiaria de novo a produção de filmes por meio de incentivos fiscais.

Além da pequena produção de filmes e da precariedade das produções, o público não se mostrava muito interessado em assistir. Os raros filmes que conseguiam ser lançados nos cinemas, não passavam de um semana em cartaz.

Luciene Adami em Deus ex-machina

Nesse período foram produzidos vários curtas-metragens de diretores iniciantes que depois fariam carreira de sucesso como “Deus ex-machina” de Carlos Gerbase, Amor de José Roberto Toreto, Enigma de um dia de Joel Pizzini, O amor eterno de Fernando Bonasse, Caligrama de Eliane Caffé e Cartão vermelho de Laís Bodanski. Estes tinham a vantagem de custar menos, mas apesar de serem bons, a grande maioria deles não é conhecida do público. Só conheço “Deus ex-machina” que passa no CinebrasilTv.


Mas depois desses anos de crise, onde o cinema brasileiro quase desapareceu, ficam as perguntas: Será que só conseguimos manter nossa produção cinematográficas ativa com o apoio estatal? ou Quando conseguiremos produzir novos filmes apenas com a bilheteria arrecadada nos filmes anteriores? A resposta não é simples. Se é que ela existe.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ADAM SANDLER: 47 ANOS


Com a estréia de Gente Grande 2, Adam Sandler voltou a ser notícia novamente, inclusive por ter completado 46 anos na segunda-feira passada. Vamos relembrar sua trajetória.

Adam (Richard) Sandler nasceu em 09 de setembro de 1966 no Brooklin, Nova York. É ator, comediante, produtor e músico de origem judaica. Graduou-se em 1988 pela Universidade de Nova York e ganhou fama ao atuar no programa Saturday Night Live da rede NBC que estava em crise. Hoje muitos críticos indicam que a presença de Sandler foi o principal elemento de renovação do programa, que é exibido desde 1975.

Mas sua paixão pelo humor data de bem antes do show. Aos 17 anos Sandler subiu no palco de um bar que permite apresentações ao vivo de comediantes e fez todo mundo rir.

Logo fez a transição para o cinema, inicialmente em pequenos papéis em “Os cabeças de vento”, no qual formava uma banda de rock de desmiolados e em outros filmes que nem foram lançados por aqui.


Em 1996 tentou o gênero ação com “À Prova de balas”, que não fez muito sucesso de bilheteria, nem virou cult. A grande virada só ocorreria em 1998, quando lançou dois sucessos quase simultaneamente, “Afinado no amor” e “O rei da água”.

Em seguida vieram os sucessos “Billy Madison – O herdeiro bobalhão” e “Um maluco no golfe”. O nome original desses dois filmes serviu de inspiração para a produtora do ator, a Happy Madison.

 Depois disso Sandler não parou mais. Lançou seu maior sucesso até hoje, “O paizão” em 1999. No ano seguinte derrapou com “Little Nick – Um diabo diferente”, mas em 2002 participou de quatro filmes: “Embriagado de amor”, “A herança de Mr. Deeds”, “Garota veneno” e o decepcionante desenho animado, “Oito noites de loucura de Adam Sandler”.


Em seguida participou de “Tratamento de choque” (2003), “Como se fosse a primeira vez” (2004), “Golpe baixo” (2005), “Click” (2006), “Reine sobre mim” (2007), “Eu os declaro marido... e Larry” (2007), “Zohan – O agente bom de corte” (2008), “Um faz de conta que acontece” (2008), “Funny people” (2009) e nesse ano “Gente grande”, lançado recentemente nos cinemas.

Como já comentei aqui, gosto muito dos filmes de Adam Sandler e da forma como ele fala das minorias. Tenho dúvidas sobre o filme dele que eu mais gosto, talvez “Como se fosse a primeira vez”, “Billy Madison -  O herdeiro bobalhão, “Afinado no amor” ou “Embriagado de amor”.

Confira a filmografia completa (Os filmes sublinhados são os assistidos por mim):


2013The familymoon




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

LANTERNAS VERMELHAS



Direção: Zhan Yimou. Com: Gong Li, He Calfei, Cao Guifen, Ma Zingwu, Zhao Qi. 125 min.

A China é um país bem tradicionalista e é isso o que aborda o filme Lanternas vermelhas de Zhang Yimou (Herói, O clã das adagas voadoras).

Depois que o pai de Songlian (Gong Li) morre, ela tem que abandonar a universidade e se casar com um homem mais velho, que é rico e tem outras três esposas. As lanternas vermelhas acesas na casa de uma delas serem para anunciar que o seu senhor vai dormir ali naquela noite. A escolhida tem direito a massagem nos pés, pois eles acreditam que se a mulher está com os pés descansados, pode agradar melhor ao seu marido. Então as quatro mulheres usam de artimanhas para passar a noite com ele. A primeira senhora é mais velha que as demais e a que menos aparece na história. A segunda parece mais conformada com a situação, enquanto a terceira é revoltada e finge estar doente para receber atenção do marido. Enquanto Songlian de início não se importa com isso, depois de um tempo percebe que tem privilégios quando as lanternas estão acesas à sua porta, como poder escolher o cardápio do jantar e usa também de artimanhas para mantê-lo por perto. Mas como na vida real, as aparências enganam e ninguém é tão bom ou mal quanto parece e a felicidade não é tão simples de ser alcançada. Uma bebedeira no dia do seu aniversário, faz Songlian botar tudo a perder.

Lanternas vermelhas é um filme lento e contemplativo,mas em nenhum momento, chato. Mostra o amor de quatro mulheres (ou melhor, cinco, já que a criada de Songlian também é apaixonada por ele) pelo mesmo homem e a dor que sentem em ter que dividi-lo com as demais e aceitar tradições ultrapassadas, mas que são mantidas, mesmo que isso custe a felicidade de todos. Para ver, rever e refletir. (8,5)


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES


Pra que não digam que nunca falei das flores, resolvi postar aqui as fotos que tirei pelo caminho...

















terça-feira, 3 de setembro de 2013

A OUTRA


Woody Allen homenageia com este filme o diretor Ingmar Bergman e seu estilo psicológico de conduzir os personagens (repetindo a experiência de “Interiores” (1978) e “Setembro” (1987)). A outra é a história de uma mulher (Gena Rowlands) que aluga uma sala para escrever seu novo livro em paz e pela passagem de ar ouve as sessões de uma mulher grávida (Mia Farrow) com seu terapeuta e através dos questionamentos dessa outra mulher, passa a questionar sua própria vida, seu casamento e sua relação com os amigos e o próprio irmão.

O fotógrafo (Sven Nykvist) é o mesmo dos filmes de Bergman. O diretor não interpreta nenhum papel aqui, como faz habitualmente (apesar de que antes com maior frequência), deixando o brilho todo para a veterana Gena Rowlands, viúva do cineasta independente John Cassavetes e para Mia Farrow, que aparece pouco em cena, mas tem sua voz ouvida a maior parte do tempo e é o estopim que deflagra toda a história. Mia estava mesmo grávida de um filho de Woody Allen durante as filmagens.

É um filme curto (84 min.) e muito sensível, destinado aos fãs de Allen, de Bergman e de quem quer se questionar. Assista também “Interiores” e “Setembro”, que são menos conhecidos do que este, mas também são muito bons.

Não confundir com o filme homônimo estrelado por Natalie Portman em 2008.

Direção: Woody Allen. Com: Gena Rowlands,  Mia Farrow, Ian Holm, Blyte Danner, Gene Hackman, Martha Plimpton e Sandy Dennis.