quarta-feira, 11 de abril de 2012

JEAN CHARLES


Baseado na história real do brasileiro Jean Charles de Menezes, que foi morto pela polícia britânica, confundido com um terrorista em 22 de julho de 2005. A história deixou o Brasil e o mundo chocados com a imprudência das autoridades.

É estranho assistir a um filme quando já se sabe de antemão o final, já que a história de Jean Charles foi amplamente divulgada pela mídia e é do conhecimento de todos. Mas é interessante conhecer a vida desse homem e sua luta para vencer no exterior. A produção não poupa os pontos fracos dele. Mostra que às vezes ele dava pequenos golpes nos outros, como prometer o visto de permanência para dois brasileiros por US$ 5.000, sem nunca cumprir o prometido, mas no fundo tem bom coração e acaba se arrependendo de tudo e decidindo voltar para o Brasil. Pena que não teve tempo de fazer isso.

Selton Mello compõe um personagem muito carismático e simpático,  é impossível não gostar dele, como vários outros de outros personagens interpretados por ele, já que é um dos atores mais atuantes do cinema nacional atual e um dos mais queridos também.

Além de Selton Mello, Vanessa Giácomo, Daniel de Oliveira (que faz uma pontinha na parte final como o namorado de Vanessa) e Sidney Magal (que faz um show em Londres onde canta "O meu sangue ferve por você"), os outros atores são todos desconhecidos, com a participação do pai, da mãe e da prima verdadeiros de Jean Charles.

Essa co-produção Brasil/Inglaterra foi dirigida por Henrique Goldman, em seu segundo filme e produzida por Stephen Frears (O amor não tem sexo).

Um filme para ser descoberto.

Direção: Henrique Goldman. Com: Selton Mello, Vanessa Giácomo, Luis Miranda, Patrícia Armani, Daniel de Oliveira e Sidney Magal. Drama, 91 min.

8 comentários:

  1. Ola Gilberto,sabes que acabei não vendo este filme,pois como mesmo dizes,já se conhecia o fim triste desta historia,e também por ter ficado bastante chocada com o ocorrido na época,não quis repetir minhas lágrimas e sentimentos de revolta novamente.Mas sem dúvida devo ter perdido esta muito boa interpretação de Selton Mello que considero um ótimo ator.Gostei muito de tua visitinha.Grande abraço.

    ResponderExcluir
  2. O que é mais revoltante nessa história (na vida real) é a indiferença das autoridades inglesas diante do erro que cometeram: se comportaram como se não tivessem feito nada demais por terem matado ele e até hoje ainda parecem manter essa ideia.

    ResponderExcluir
  3. Oi, Gilberto. Assisti boa parte do filme no sábado à noite, e confesso que realmente achei interessante conhecer a pessoa Jean Charles, como bem disse, com seus pequenos trambiques num bom coração. De qualquer forma, uma pena morrer da maneira trágica como foi. Achei o filme bem feito. Um abraço!

    ResponderExcluir
  4. Gilberto, também me surpreendi vendo que o caráter de Jean Charles não era dos mais honestos. Agora sua morte foi um de absurdo gigantesco.

    O filme é interessante ao mostrar também um pouco da vida dos brasileiros em Londres.

    Abraço

    ResponderExcluir
  5. Um filme bem feito. Bom de vê-lo. No entanto, não é um filme para tê-lo. Como sempre seu texto torna este filme mais agradável de se vê-lo. Um abraço...

    ResponderExcluir
  6. Gosto demais do Selton Mello, mas ainda não vi esse filme. Aliás, estou bem atrasada nas minhas atualizações cinematográficas... Estou com um monte de filmes aqui e ainda não vi nenhum... Tempo...

    Abraço, Gilberto.

    ResponderExcluir
  7. A xenofobia é lamentável, mas não é só isso, há um descaso imenso com estrangeiros, sobretudo latinos na Europa e América do norte.

    O filme não chega a ser tão bom e sinceramente o Luis Miranda chega a me irritar pelo exagero de sua interpretação.

    Selton esta bem, mas assim como em "Meu Nome Não É Johnny", foram filmes fraquinhos baseados em eventos reais. Prefiro os trabalhos mais ousados e pessoais dele, sobretudo como diretor.

    Abraço Gilberto!

    ResponderExcluir
  8. Vou falar pouco para não ser malcriado ou indelicado com o agradável Mello; acho que ele deveria dar um descanso na sua imagem ou ela se perderá no cansaço mental de seus fãs.

    Selton Mello não para! É um filme atrás do outro, não conseguindo, muitas vezes, separar tantos personagens e dando lugar a repetições tipicas do trabalho, em muitos dos seus papéis.

    Não desejando ser indiscreto ou inconveniente para com seus fãs, que seja feito uma ligeira conta de quantos filmes ele fez de 2010 para cá. É um absurdo, um exagero que sei, ele não precisa se embrenhar.
    jurandir_lima@bol.com.br

    ResponderExcluir