domingo, 7 de abril de 2013

BETHANIA BEM DE PERTO: A PROPÓSITO DE UM SHOW



Direção: Júlio Bressane e Eduardo Escorel. Com: Maria Bethânia, Suzana de Morais e Caetano Veloso. Documentário. 34 min.

Maria Bethânia saiu de Berré de Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 1965, para fazer sucesso no Brasil e no mundo com sua voz rouca e grave, sussurrando versos de amor e embalando o romance de muita gente, por isso é considerada a padroeira dos apaixonados.

Esse média-metragem de 1966, dirigido por Júlio Bressane (A família do barulho) e Eduardo Escorel (Lição de amor) acompanha Bethânia, juntamente com amigos e o irmão Caetano Veloso durante os intervalos e a preparação para a turnê de seu primeiro show, "Carcará", do qual ela reclama que está cansada de cantar a música título, que é a mais pedida pelo público.
Bethânia negocia, mesmo sem saber inglês, uma turnê em Londres (Suzana de Morais é sua intérprete) e com a maior naturalidade, abre o coração e faz comentários que talvez depois tenha se arrependido, como quando perguntam sobre Roberto Carlos e ela responde que não conhece, nunca viu nem pela televisão e depois confessa que quer que ele vá pro inferno e acha a música dele uma pobreza total. Comentário estranho já que depois (em 1993) ela gravaria um CD só com músicas dele, "As canções que você fez pra mim", um de seus melhores discos, aliás. Mas as coisas mudam, ou quem sabe as músicas do início da carreira dele, não eram mesmo boas.
Este filme teve a imagem telecinada do interpositivo 16 mm e o som restaurado do negativo ótico 35 mm em agosto de 2006 pela Cinemateca Brasileiro, mas apesar disso, a imagem não é tão boa assim, já o documentário é razoável, mas Bethânia é maravilhosa.

Já tinha assistido no Canal Brasil outro documentário sobre ela: "Música é perfume", este bem mais recente e também muito interessante devido às décadas de sucesso e histórias para contar, ao contrário deste em que tudo era novidade e esperanças. Ela também foi retratada no documentário "Pedrinha de Aruanda".


Adoro as músicas de Bethania e tenho dúvida de qual gosto mais: Não dá mais pra segurar (Explode coração) e Grito de alerta (de Gonzaguinha), Terezinha, Trocando em miúdos, Maninha e Olhos nos olhos (de Chico Buarque), Brincar de viver (de Guilherme Arantes e Jon Lucien), Negue (de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos) Ronda (de Paulo Vanzolini), Sonho meu (de Yvonne Lara e Délcio Carvalho) Esse cara, Tá combinado e Mel (de Caetano Veloso), Sonho impossível e tatuagem (de Chico Buarque e Ruy Guerra), Eu não existo sem você (de Tom Jobim e Vinícius de Morais), Atiraste uma pedra (de Herivelto Martins e David Nasser), Loucura (de Lupicínio Rodrigues), É o amor (de Zezé di Camargo), ou as músicas de Roberto e Erasmo Carlos: Fera ferida, As canções que você fez pra mim, Eu preciso de você, Detalhes e Você.

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3 comentários:

  1. Mais uma figura marcante da música brasileira...um abraço!

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  2. Um nome que precisava ser mais reverenciado na cultura nacional........

    O cinema, a televisão e a arte deveriam valorizar mais MB.

    abs

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  3. Hoje existe a onda de filmes que adaptam a vida dos cantores. Da vida dela seria bem vinda.

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