Direção: Heitor Dhalia. Com:
Vincent Cassel, Déborah Bloch, Laura Neiva, Camille Belle, Cauã Reymond. Drama,
101 min.
O filme mais convencional do diretor
pernambucano Heitor Dhalia de Nina (2004) e O cheiro do ralo (2006), que
falavam de personagens mais obscuros e revoltados com a situação vigente e
feito antes dele se render ao cinema americano com 12 horas (2012)
À deriva é a expressão ideal para
descrever a situação desses personagens perdidos em seus sentimentos. A menina
Filipa (Laura Neiva descoberta por um perfil do Orkut) tem sentimentos
incestuosos por seu pai, Mathias (o francês Vincent Cassel de “Irreversível”) e
consequentemente uma certa raiva da mãe que é alcoólatra (Déborah Bloch de “A
ostra e o vento”). No meio disso tudo, tem que lidar com suas descobertas
amorosas e sexuais e a revelação que seu pai está tendo um caso com uma
americana (Camille Belle) e com a decisão de seus pais de se separar.
É um filme bastante sensível e
intimista que foi aplaudido na mostra “Um certo olhar” do Festival de Cannes e
fala de um tema universal, a família e dos problemas pelos quais todas passam;
fala da dor causada quando o amor do casal acaba e do sofrimento dos filhos com
a separação.
Vincent Cassel fala bem o português.
Ele foi escolhido por Heitor durante o carnaval em que esteve no Brasil com
Mônica Belluci. Apesar dele e da americana Camille Belle, este é um filme
totalmente brasileiro e não uma co-produção como aparenta. Cauã Reymond faz
apenas uma participação especial como um barman, enquanto Déborah Bloch dá um
show de interpretação como a dúbia e sofrida esposa.
Apesar do sucesso em Cannes e das
vendas internacionais, não alcançou a bilheteria esperada no Brasil, chegando a
68.477 espectadores. Descubra em DVD ou na TV por assinatura, onde ele passa
constantemente.
Me perdoe amigo, particularmente não gostei do filme.
ResponderExcluirAchei lento, sem ritmo e cansativo.
Mas, o que seria do Azul se existisse só o Amarelo.
Abraços
É um filme que tem menos a cara do cineasta, mas recomendo.
ResponderExcluirO ponto principal são os ótimos diálogos cheios de rancor entre Débora Bloch e Vincent Cassel.
ResponderExcluirAbraço