No dia 1º de maio de 1994, um domingo, estava eu em uma festa de Folia de Reis na zonal rural, quando uma notícia estarrecedora acaba com o clima da festa: Ayrton Senna havia morrido enquanto disputava o grande prêmio de San Marino, na Itália, na 7ª volta passou direto pela curva Tamburello, a 310 km por hora e chocou-se contra o muro de concreto. Eu chorei na mesma hora e tenho certeza que o Brasil inteiro também chorou. Não havia nada mais gratificante nos domingos do que ver Senna vencer os GPs pelo mundo afora.
Somente em 2007, a justiça italiana concluiu que o responsável pela morte do piloto era o diretor de engenharia da Williams, Patrick Head. Na tentativa de esclarecer as causas do acidente, o carro de Senna foi submetido a uma perícia. Os técnicos constataram que a coluna de direção do veículo havia sofrido um reparo malfeito e rompera-se quando o piloto corria. Por isso ele não conseguiu fazer a curva. O crime, ficou sem castigo porque havia prescrito três anos antes.
Nascido em São Paulo, em 21
de março de 1960, Senna começou sua carreira na F-1 em 1984, pela Toleman, uma
equipe inexpressiva. No ano seguinte, já na Lotus, ele conquistaria sua
primeira vitória em um Grande Prêmio. Em 1988, transferiu-se para a McLaren, equipe
com a qual foi campeão naquele mesmo ano. Combinando técnica e audácia, o piloto acelerou na chuva e chegou ao seu
primeiro título. Com apenas cinco anos de F-1, Senna mostrou ao
mundo que em situações adversas e arriscadas seu talento transbordava.
Conforme colecionava vitórias
nas pistas, a vida pessoal de Senna começava a chamar atenção. Apesar da
curiosidade, Senna sempre cuidou de revestir a vida e a carreira de muita
publicidade, mas sempre uma publicidade que ele mantinha sob estrito controle. O temperamento difícil também passava ser conhecido. Ao longo
dos anos, acumulou desafetos, como o rival Nelson Piquet – acusado de espalhar
o boato de que Senna era homossexual. Nas pistas, obsessão. “Ele trabalha 24
horas por dia. Alain Prost só perde para ele porque trabalha 17 e dorme outras
7″, resumiu um jornalista português.
Além do primeiro campeonato,
outros dois vieram - em 1990 e 1991. Senna queria mais, sempre mais. Não apenas
vitórias – conquistou 41 – mas algo muito maior: a incessante superação do
próprio limite.
Fonte de consulta:
http://veja.abril.com.br/
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