domingo, 7 de julho de 2013

GUERRA CONJUGAL



Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Com: Lima Duarte, Jofre Soares, Carmen Silva, Elza Gomes, Ítala Nandi, Cristina Aché, Maria Lúcia Dahl, Carlos Gregório, Osvaldo Louzada, Carlos Kroeber, Wilza Carla e Dirce Migliaccio. 88 min.

Depois de clássicos como o episódio Couro de gato do longa "Cinco vezes favela (62), Garrincha - Alegria do povo (63), O padre e a moça (65), Macunaíma (69) e Os inconfidentes (71), Joaquim Pedro de Andrade dirigiu esta divertida e séria pornochanchada. Sim, ele dirigiu uma pornochanchada com temas picantes, cenas de nudez (de sexo não) e algumas atrizes costumazes do gênero, como Maria Lúcia Dahl, Wilza Carla e Cristina Aché.



O filme é baseado em 16 contos do escritor Dalton Trevisan, que também assina o roteiro junto com o diretor. São várias histórias paralelas que falam da dificuldade de se conviver bem, mesmo depois de tantos anos de casamento (Jofre Soares e Carmen Silva que brigam o tempo todo, inclusive fisicamente e não conseguem se entender, guerra essa que dá título ao filme); um advogado mulherengo (Lima Duarte) que corre atrás de várias mulheres, algumas até casadas (Ítala Nandi), mas depois de tudo descobre outras possibilidades; e o tímido Nelsinho (Carlos Gregório) que após se envolver sem muito sucesso com algumas mulheres, só se sente apto a se entregar verdadeiramente à esposa, depois de transar com uma velha prostituta.

Este como quase todos os filmes de Joaquim Pedro de Andrade foi restaurado digitalmente e apresenta uma imagem perfeita de um colorido impressionante, dando a impressão de ter sido produzido há pouco tempo e não há 37 anos atrás. A fotografia também é bem moderna, com a câmera nervosa perseguindo os atores e não parada por longos minutos como em vários filmes daquela época do Cinema Novo.



Outros diretores atuam aqui em funções diversas: Marco Altberg (Fonte da saudade) é assistente de direção; Carlos Alberto Prates Correia (Noites do sertão) é diretor de produção; Eduardo Escorel (Lição de amor) é o montador e Luis Carlos Barreto (Isto é Pelé) é o produtor.

Guerra Conjugal é o filme mais acessível do diretor e ideal para as novas gerações que querem conhecer sua carreira, pois trata de uma forma descontraída de assuntos sérios como solidão, velhice, desejo e traição no casamento. Não perca de maneira alguma!








Doe Medula Óssea!

2 comentários:

  1. Oi, Gilberto, como vai? Gosto muito do estilo surpreendente de Dalton Trevisan e o filme me pareceu ter um enredo bem interessante, com tramas paralelas, gosto disso.
    E você, como sempre, perfeito quando fala sobre cinema nacional. Um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Ola caro amigo,a caricatura esta fantástica.meu grande e saudoso abraço..SU

    ResponderExcluir