quinta-feira, 12 de agosto de 2010

400 CONTRA 1 - A HISTÓRIA DO COMANDO VERMELHO (Em cartaz)


Brasil, 2010. Direção: Caco Souza. Com: Daniel de Oliveira, Daniela Escobar, Branca Messina, Fabrício Boliveira, Lui Mendes, Jefferson Brasil, Jonathan Azevedo, Rodrigo Brassoloto, Felipe Kannenberg, Negra Li. 95 minutos.

Quem nunca se perguntou como surgiu o Comando Vermelho, a organização criminosa criada no Rio de Janeiro em 1979, que praticou inúmeros roubos a bancos e joalherias e é identificada pela sigla CV, pichada em vários locais, principalmente nas favelas cariocas? Esse filme baseado no livro homônimo de Willian da Silva Lima, um dos líderes do movimento responde a essa pergunta. Ou pelo menos tenta.

O personagem principal é interpretado por Daniel de Oliveira, vivendo o professor Willian, que articulou as bases do que viria a ser o Comando Vermelho, durante sua reclusão na Prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, junto com outros presos normais. Estes entravam em conflito com os presos políticos, já que a história se passa durante a ditadura militar, que já rendeu dezenas de filmes e talvez não tenha mais nenhuma novidade a ser dita sobre aquele período. Já assisti vários filmes sobre a ditadura e confesso que não me interesso muito mais por eles.

Essa história é contada com várias idas e vindas no tempo, de tal forma que às vezes fica difícil compreender, pois o espectador fica em dúvida em que época está, se antes ou depois da formação do Comando Vermelho. Isso acontece com freqüência na primeira metade, que chega a ser irritante, mas na segunda dá uma abrandada e passa a ser mais linear. Nada contra os filmes que não são narrados de forma convencional, mas isso não pode atrapalhar a compreensão ou a apreciação do filme.

O filme está sendo muito criticada pela glamourização dos bandidos, que parecem os mocinhos e pela produção pobre nas cenas de ação. O sangue jorrado na parede em uma morte se parece com suco. Além de insinuar que os foragidos teriam posto em prática os ensinamentos aprendidos com os presos políticos, mas o público (ainda bem) parece não estar muito preocupado com isso e está comparecendo às salas para conferir o resultado. Claro que as cenas violentas ajudaram.

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