Brigitte Bardot em "E Deus criou a mulher" |
O cinema erótico teve início nos anos 20, quando tímidos filmes de striptease eram exibidos apenas nos campos das universidades dos Estados Unidos, mas antes disso, em 1913, “Traffic in Souls”, um filme que tratava do tráfico de escravas brancas faturou 250 mil dólares. Surgia então os stags films – literalmente filmes para homens, com produção fundo de quintal e exibidos integralmente em ambientes fechados, fora dos circuitos comerciais. Os stags films são os ancestrais dos filmes de sexo explícito de hoje, pois mostravam cenas de penetração genital, mesmo que fora de continuidade temporal. Eram filmes de sete minutos ou menos, mudos e em preto e branco.
Nos anos 40, já havia o mercado dos exploitation, nome que os amercianos davam aos filmes apelativos com inspiração erótica, exibidos legalmente em cinemas pouco recomendados. Mostravam mais peitos e bundas que o cinema convencional, mas a nudez era velada e o sexo com uma porta fechada entre a câmera e o casal.
Durante os anos 50, mais liberais, a câmera conseguiu filmar a nudez. Foi a onda dos nudies-camp, filmes-documentários sobre a saudável vida nos campos de nudismo, onde homens, mulheres e crianças praticavam jogos como peteca e vôlei, com o corpo ao sol, mas nada de nudez frontal, nem masculina, nem feminina. O filme mais conhecido desse período foi “Garden of Éden” (1955).
Nos anos 60, o nome de Russ Meyer ficaria famoso com o filme “The immortal Mr. Tears (1959). Foi ele quem introduziu um novo gênero: os nudes-cuties, filmes que tinham como marca registrada a nudez filmada de diversos ângulos e com cenas de sexo simulado. Iniciou-se a fase dos soft-cores, fitas com enredo definido e algumas cenas eróticas, sem a exibição dos órgãos genitais. Roger Vadim foi um dos que mais se destacou nessa fase com “E Deus criou a mulher” (1957), que trazia no elenco a diva Brigitte Bardot, que também protagonizou “Os amantes” de Louis Malle. Era a nouvelle vague dando uma forcinha ao erotismo no cinema.
Em 1966, aparecia o primeiro nu frontal americano em “The Raw Ones”. Quatro anos depois do nu frontal de Norma Bengell (em "Os cafajestes") na praia iluminada por faróis e que provocou grande escândalo, além de problemas com a censura da época
Ainda nos anos 60, alguns filmes foram importados da Suécia e começaram a circular nas peephouses de Nova York e no circuito exibidor dos exploitation. Um exemplo foi “I am curious-yellow” (1968) exibido sem cortes. O sexo ainda era simulado, mas parecia ser real. Foi um novo padrão a ser seguido.
A legalização da pornografia visual de produção massiva na Escandinávia, provocou o aparecimento de documentários sobre a permissividade dinamarquesa, com entrevistas com atrizes pornôs nuas, cenas de lesbianismo em clubes noturnos e de pênis eretos. Daí foi um passo para os filmes de sexo explícito, chamados hardcores.
Continua...
Parabéns pelo post contextualizado, destacou belas e representativas produções sexuais! e eu acho que todo cinéfilo deve conhecer, são filmes com temáticas e sensos perfeitos.
ResponderExcluirabraço!