O filme ideal para os otimistas de plantão: “Tudo pode dar certo”. E com certeza, o filme mais otimista de Woody Allen. Claro que seu alter-ego está lá, agora não mais interpretado por ele: o velho ranzinza, pessimista e ateu que se separa da mulher, tenta o suicídio, mas como não consegue morrer, fica manco com a queda. Ele mora sozinho e é assim que gostaria de ficar se não aparecesse em seu caminho uma jovem (Evan Rachel Wood) que fugiu de casa e precisa de abrigo. Depois de muita resistência, é aceita, vai ficando e acaba se interessando pelo velho. Mas as coisas se complicam quando sua mãe e depois seu pai vão morar com eles e um jovem se interessa por ela.
Pela sinopse, não parece ser uma história muito otimista, pois há grandes chances de dar tudo errado, mas não é o que acontece e no final acaba tudo bem. Até o pessimista incorrigível Boris, assume que somos vitoriosos por termos vencido tantos espermatozóides durante a fecundação do óvulo.
Os créditos iniciais são parecidos com os dos filmes de Woody Allen da década de 80, apresentando o elenco em ordem alfabética e não por ordem de importância na trama, como é o costume. Na trilha sonora há duas músicas brasileiras em versão instrumental, entre elas, “Desafinado” de Antonio Carlos Jobim.
Este foi o último penúltimo filme do diretor lançado no Brasil (sexta-feira passada estreou “Você vai conhecer o homem de seus sonhos”) onde ele ainda é querido, ao contrário de alguns países e até dos Estados Unidos, porém ele começou a recuperar o prestígio depois do sucesso de crítica e dos Oscar de “Vicky Cristina Barcelona”.
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar nos sonhos que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
[...]
Quem acredita sempre alcança...
Renato Russo
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