Jake Gyllenhaal em Príncipe da Pérsia |
Só nos créditos finais de Príncipe da Pérsia – As areias do tempo é que descobri que o longa protagonizado por Jake Gyllenhaal era baseado num videogame criado ainda nos anos 90 por Jordan Michner. O filme é empolgante e bem-humorado, contando a história de um príncipe e uma princesa de reinos diferentes que precisam unir forças para resguardar uma adaga, cuja areia é capaz de fazer o tempo voltar. Quem não queria uma adaga dessas, né?
Príncipe da Pérsia foi o maior sucesso do gênero, rendendo mais de US$ 300 milhões nas bilheterias mundiais, mas geralmente os filmes baseados em videogames são muito discutíveis e tem cara de produções B, C ou até Z.
Tudo começou em 1993 com a adaptação de um dos games mais famosos de todos os tempos, Super Mario Bross, estrelado por Bob Hoskins e John Leguizamo. Hoskins que viveu Mario, não esconde de ninguém que esse é o pior filme de sua carreira. Até o criador do game Shigeru Miyamoto apontou que o defeito do filme foi tentar ser muito fiel ao original, querendo ser mais um videogame que um filme de verdade.
Ainda nos anos 90, vieram Double Dragon (1994) com Robert Patrick; Street Fighter – A última batalha (1994) com Jean-Claude Van Damme, Raul Julia (em seu último papel no cinema) e a cantora Kylie Minogue; Mortal Kombat (1995) com Christopher Lambert e sua continuação Mortal Kombat: A aniquilação (1997).
A década seguinte foi revigorada com Lara Croft: Tomb Raider (2001) que trazia Angelina Jolie dando uma de Indiana Jones de short. O filme ganhou a continuação Lara Croft: Tomb Raider – A origem da vida. Era o maior sucesso do gênero até Príncipe da Pérsia. Em 2001 também estreou Final Fantasy que foi massacrado, mas tinha efeitos especiais inovadores que acabaram servindo de base para a técnica de motion picture que hoje domina o cinemão americano.
No ano seguinte estreou uma das franquias mais duradoras do genro, digida por Paul W. S. Anderson e estrelada por sua esposa Milla Jovovich: Resident Evil, formada por Resident Evil – O hóspede maldito (2002), Resident Evil 2 – Apocalise (2004), Resident Evil – A extinção (2007), Resident Evil 4 – Recomeço (2010) e antes desse a animação Resident Evil – Degeneração (2008) que não tinha participação da dupla.
O diretor alemão Uwe Boll realizou os obscuros (e horrorosos) House of the dead (2003), Alone in the dark (2005), Bloodrayne (2005), Portal (2007) e Far Cry (2008) que estranhamente nem ganharam título em português, talvez para serem reconhecidos mais facilmente pelo público, o que é claro, não fez muita diferença, mas mesmo assim Boll ainda conseguiu atrair nomes famosos como Ben Kingsley e Christian Slater.
O game Enter the Matrix foi lançado simultaneamente a Matrix Reloaded em 2003. Dois personagens desse filme somem e o público só descobre o que aconteceu com eles, se jogar o game.
Mas a maioria desses filmes é fracasso, pois não é fácil fazer um longa original que passe para a tela o clima dos jogos e mesmo assim pareça um filme e não um videogame onde você não pode interagir, ou quem sabe esses jogos são ruins mesmo, então como poderiam render bons filmes.
Atualmente o jogo virou e os filmes é que passaram a dar origem aos games, como The godfather (baseado em O poderoso chefão), Scarface, The chronicles of Riddick (baseado em Eclipse Mortal e A batalha de Riddick), Tron: O legado, Carga explosiva, Scott Pilgrin contra o mundo e tantos outros. O contrato dos atores já tem uma cláusula prevendo a dublagem do game inspirado nos filmes.
Ótimas informações. Não sabia nada disso.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Também não sabia nada disso. E não sabia que Príncipe da Pérsia era personagem de videogame. Fiquei sabendo agora. Eu comecei a ver esse filme, mas alguma coisa que não me lembro me fez parar de assistir, logo no começo. Acho que foi porque era muito sangrento. Não tenho certeza se foi por isso. Desses outros, só vi Matrix e Lara Croft. Resident Evil tem passado direto na Net, no Universal Channel. Passa todos os dias, não tenho vontade nenhuma de ver.
ResponderExcluirMuito inteligente Gilberto, a ideia desse post! Muito original!
Parabéns!
Um abraço.
Adorei mesmo! Muito interessante este post. Nem sempre fica bom, mas é sempre interessante de assistir!
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