Cena de Carnaval Atlântida |
Há registros fílmicos do carnaval desde 1908 e a partir de 1919 são produzidas as series “cantantes” intituladas “O Carnaval cantado”. Até Carmen Miranda participou de um desses: “Carnaval cantado de 1932 no Rio".
Carmen Miranda em Alô, Alô, Carnaval |
O Carnaval acabou definindo, estruturando e nomeando as chanchadas a partir de “Alô, alô, carnaval” (1935) já que as marchinhas de carnaval eram lançadas primeiramente nesses filmes, além de todo o resto, como figurinos, cenários e os trejeitos exagerados dos atores em poses burlescas, como se no Brasil fosse carnaval o ano inteiro. Fizeram sucesso: “Carnaval no fogo” (1949), “Carnaval Atlântida” (1952), “Carnaval em Caxias” (1953), “Carnaval em lá maior” (1954), “Carnaval em Marte” (1955) e “Carnaval barra limpa” (1967). Mas mesmo as centenas de outros filmes que não tinham a palavra carnaval no título também falavam desse assunto ou faziam o público rememorar sobre ele.
O cinema marginal também falou sobre carnaval pelas mãos de Rogério Sganzerla no debochado “Carnaval na lama” (1970). E o Cinema Novo em “Quando o Carnaval chegar” (1972) de Cacá Diegues e depois com Paulo César Saraceni em “Amor, carnaval e sonhos” (1972), um dos últimos filmes da musa Leila Diniz. Saraceni prosseguiu com “Natal da Portela” (1988) sobre um bicheiro (Milton Gonçalves) que sustenta uma escola de samba e o documentário “Banda de Ipanema” (2002) sobre os 35 anos da banda mais famosa do Rio de Janeiro.
Leiila Diniz em Amor, Carnaval e sonhos |
O diretor Marco Altberg (Fonte da Saudade) produziu para a TV a cabo, uma trilogia de filmes protagonizados pelo casal Alexandre Borges e Julia Lemmertz e exibidos com freqüência pelo Canal Brasil: "Mangueira – Amor á primeira vista”, “Amor quase perfeito” e “Amor que fica”.
Cena de Carnaval, bexiga, funk e sombrinha |
O gênero documental também falou muito sobre o tema, como por exemplo em “Carnaval, bexiga, funk e sombrinha” (2006) sobre mais de 70 grupos de carnaval de rua e “As filhas da Chiquita” (2008), sobre um grupo de homossexuais que desfilam durante uma festa religiosa de uma cidade nordestina.
Até o cinema pornográfico dos anos 80 se “esbaldou” durante as festas de carnaval: “Carnaval do sexo” (1986), “Carnaval erótico no ano 2000” (1987) com Silvio Jr. e “Carnaval 87 – Só deu bumbum” (1987 com o casal Walter e Eliana Gabarron. Sem contar os filmes produzidos para lançamento direto em vídeo como “Carnaval no salão” e coisas afins produzidas anualmente durante os anos 90.
Gilberto, magnifica a sua ideia de listar algumas obras brasileiras sobre o carnaval.
ResponderExcluirEu sou suspeito em falar pois adoro as chanchadas dos anos 40 e 50, principalmente as que trazem em seu elenco Dercy Gonçalves e Oscarito. O Cinema antigo nacional poderia ser bem mais lembrado, principalmente entre as produtoras que poderiam lançar mais títulos para nós colecionadores.
Parabens pelo ótimo Post, Abração
Ainda falta um grande filme sobre o nosso carnaval...
ResponderExcluirCumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
Os filmes antigos brasileiros sobre o nosso carnaval ainda são para mim o registro mais nostálgico e belo de uma época. Abraço, bom domingo e bom Carnaval!
ResponderExcluirExcelente ideia, Gilberto. Muito bom o post. Não sabia quase nada sobre os filmes de carnaval. Minha referência sempre foram as chanchadas com o Oscarito.
ResponderExcluirUm abração.
Gilberto, sem querer ser chata... Você bem que poderia eliminar essas palavrinhas de verificação, né?... rs
ResponderExcluirPior que agora são duas palavrinhas pra digitar... rs.
Desculpa. Espero que não fique bravo comigo.
Um abraço.
Obrigado por me avisar sobre esse detalhe desagradável, Ligeia. Também morro de preguiça quando vou comentar em algum blog e tenho que digitar aquelas palavrinhas chatas, que a gente digita e o blog fala que estão erradas. E dá-lhe paciência. Mas eu não sabia que isso acontecia, já que quando vou comentar é normal. Qualquer coisa me avise, por favor.
ResponderExcluirParabéns, Gilberto. Muito bom o seu resumo.
ExcluirCuidado com esse anônimo que vem ao seu post apenas para anunciar o dele, sem sequer se identificar. Talvez fosse interessante filtrar as postagens, antes de publica-las. Abraço. Afonso
Obrigado Afonso, já apaguei os comentários desse anônimo que parecem ser spans.
ExcluirAbraços.
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