terça-feira, 24 de abril de 2012

CHICO XAVIER



O Brasil é o maior país católico do mundo, mas apesar disso, sempre demonstrou ter um povo de várias crenças e adepto a acreditar e absorver um pouco de cada uma delas. E o espiritismo sempre ocupou um lugar de destaque, o que foi provado pelo sucesso de várias novelas que tratavam do tema, como “A Viagem” (1973 – 1994), “Sétimo sentido” (1982), “Escrito nas estrelas”, "Amor, eterno amor" e a mini-série “A cura”.

O cinema também retratou muito bem o espiritismo. Ghost – Do outro lado da vida teve uma de suas maiores bilheterias no Brasil; Joelma – 23º andar tinha participação do próprio Chico Xavier; o sucesso inesperado do filme de baixo orçamento “Bezerra de Menezes – O diário de um espírito” este “Chico Xavier” que é a biografia do famoso médium e levou aos cinemas mais de 3 milhões de pessoas. Depois deste foram lançados também "As mães de Chico Xavier" e "O filme dos espíritos" que também tinham a participação de Nelson Xavier.

O filme começa quando Chico Xavier se prepara para participar do programa “Pinga-fogo” (TV Tupi – 1971) e nos seus depoimentos relembra toda a sua trajetória desde a infância, quando perdeu cedo a mãe (Letícia Sabatella) que o ajudou mesmo depois de desencarnada; o sofrimento com a madrinha cruel (Giulia Gam); o acolhimento com a madrasta (Giovanna Antonelli); a relação com o pai (Luis Melo); a amizade com o padre (Pedro Paulo Rangel); o início de sua vida espiritual como médium e o desprendimento das coisas materiais, pois apesar de ter psicografado 412 livros, nunca recebeu direitos autorais. O dinheiro ia para instituições beneficentes. Intercalado às suas lembranças há a história do diretor do programa Pinga-fogo (Tony Ramos) e de sua esposa (Christiane Torloni) que sofrem com a perda recente do filho.

Chico é interpretado por três atores, todos muito bem: Matheus Costa (na infância), Ângelo Antonio (na fase adulta) e Nelson Xavier (na velhice) que parece ter encarnado a figura do medium.

O filme traz uma paz imensa a quem o assiste, independente de sua religião e de acreditar ou não na mediunidade e no que Chico Xavier fazia, mas a história é contada de uma forma tão sincera que é impossível não parar para refletir e mesmo sem acreditar totalmente, também não se chega a duvidar da veracidade da história.


É produzido pela Globo Filmes e conta com um elenco “all star”, muitos em papéis pequenos. Além dos já citados, há ainda Carla Daniel (filha do diretor Daniel Filho), Cássio Gabus Mendes (exagerado como sempre), Nildo Parente, Paulo Vespúcio (que é goiano), Paulo Goulart, Cássia Kiss, Cynthia Falabella, Rosi Campos e Ana Rosa. 

9 comentários:

  1. Saudações, Gilberto. Não sou fã desse tipo de filme. Quando a coisa começa a dar dinheiro é um atrás do outro. É uma seqüência de filmes do gênero que beira ao infinito. Assistiria mais para prestigiar o nosso cinema. No mais um abraço...

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  2. Irregular, porém interessante filme: dos três, por incrível que pareça, achei melhor na tela o Ângelo Antonio! Abração!

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  3. Bom, apesar do Brasil usar o título de ´´Maior País Católico do Mundo``, na prática não é bem isso, né? Até porque o perfil do católico brasileiro não é o de um católico muito fervoroso. A gente quase conta nos dedos os católicos que vão à missa sempre, se confessam sempre, comem hóstia sempre... E acho que por isso mesmo, os católicos brasileiros acabam sendo mais ´abertos` a outras religiões (embora nem sempre).
    Mas no caso específico do Kardecismo, ele é quase igual ao Catolicismo. A diferença básica é que um acredita em reencarnação e o outro, não. Tirando isso, só tem diferenças muitos simples entre os 2. Então, se um católico brasileiro já não costuma ter grandes problemas com uma pessoa de outra religião, com um kardecista então ele vai ter menos ainda, né?rs
    Sobre o filme, eu vi quando passou agora na Globo, mas já peguei no meio. Achei bom!

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  4. Oi, Gilberto, embora não seja espírita, achei interessante conhecer a história de Chico Xavier. Independente do seu dom ou não, me pareceu ser uma boa pessoa e ajudar muita gente. Um abraço!

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  5. Apesar de muitos amigos dizerem q é um bom filme, ainda não conferi esse. Não posso dizer q a historia em si me estimula, mas me disseram q é de uma visão distanciada. Só por isso me agrada. Vejo qq dia desses.

    Abração!

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  6. Achei interessante esse filme, Chico Xavier foi um homem muito iluminado e merecia realmente ter sua história filmada e levada as pessoas, diferentemente de algumas "coisas" como Bruna Surfistinha que NÃO sei porque ganham filme, mas sobre essa e esse filme, prefiro nem gastar meus dedos digitando alguma coisa...

    Abraço

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  7. Oi Gilberto,
    também achei bastante interessante e pertinente a proposta deste filme, pois diz do que é intrínseco a uma cultura muito peculiar do país. Abraços

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  8. O filme é uma merecida homenagem ao personagem que pregava a bondade e a solidariedade acima de qualquer religião.

    Abraço

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  9. Maxwell, é verdade o que você disse, quando algo começa a dar dinheiro todos passam a produzir coisas parecidas. Por isso hoje é muito mais comum encontrar filmes espíritas que antes...

    Dilberto, o Angelo Antonio está muito bem, mas o Nelson Xavier parece que encarnou o medium.

    Léo, na verdade muitos se dizem católicos, mas nunca vão à igreja, então não praticam a sua religião. Eu vou a missa todos os domingos.

    Bia, o espiritismo prega mesmo a bondade acima de qualquer coisa e isso é uma das coisas que eu mais admiro na religião.

    Celo, veja logo Chico Xavier, ele é bem melhor que os posteriores do gênero.

    Renato, toda a cultura brasileira deve ser divulgada e propagada.

    Hugo, bondade e solidariedade acima de tudo, apesar de não ser tão simples praticar essas coisas.

    Abraços a todos.

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