domingo, 27 de maio de 2012

FLAGRA (E SEUS ASTROS)



FLAGRA
Rita Lee/ Roberto de Carvalho

No escurinho do cinema
Chupando drops de anis
Longe de qualquer problema
Perto de um final feliz.

Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck
Não vou bancar o santinho
Minha garota é Mae West
Eu sou o Sheik Valentino

Mas de repente o filme pifou
E a turma toda logo vaiou
Acenderam as luzes, cruzes!
Que flagra!
Que flagra!
Que flagra,




Um pouco sobre os atores citados na música de Rita Lee, que foi também abertura da novela Final Feliz (1982):


DEBORAH KERR
Atriz britânica nascida em 1921 e falecida em 2007. Enquanto seu primeiro filme, Contrabando (1940) era editado, ela já fazia sucesso com seu filme seguinte, Major Bárbara (1941). O sucesso que fez na Grã-Bretanha com Narciso Negro (1947), abriu-lhe as portas de Hollywood, onde se especializou em papéis elegantes. Desses, a governanta de O rei e eu (1956) é lembrada com carinho. Mas fez muito sucesso também com A um passo da eternidade (1953), Tarde demais para esquecer para esquecer (1957), Vidas separadas (1958) e Bom dia tristeza (1958), que vi um dia desses. Em 1985 Deborah recebeu um Oscar honorário, depois de ter sido indicada por seis vezes.


GREGORY PECK
Representou homens íntegros e dignos, por isso causou espanto no público quando viveu um bandido em Duelo ao sol (1947). Tornou-se astro com seu primeiro filme, Dias de Glória (1944). O sucesso prosseguiu com As chaves do reino (1945). Recebeu o Oscar por O sol é para todos (1962). Em seguida participou de A Profecia (1976), Os meninos do Brasil (1978) e Cabo do medo, que era refilmagem do filme homônimo que ele fez em 1962.


MAE WEST
Uma deusa do sexo, com corpo sensual e sagacidade na fala. Mal estreou no cinema aos 40 anos em Noite após noite (1932). Foi presa pela obscenidade de seus filmes, mas isso não a impediu de continuar. Participou de Uma loira para três (1933), Não sou um anjo (1933) e Riquezas da sua avó (1940). Atuava esporadicamente e fez apenas 13 filmes em 46 anos de carreira, sendo o último, A grande estrela (1978), baseado em uma peça de sua autoria, porém seu “reinado” aconteceu mesmo na década de 30.


RODOLFO VALENTINO
Trabalhou em clubes noturnos, musicais e espetáculos de dança antes de fazer pontas em Hollywood. Seu primeiro longa foi My official wife (1914), mas trabalhou com freqüência até que Os quatro cavaleiros do apocalipse (1921) e O sheik (1921) o transformaram na fantasia das mulheres do mundo todo. Participou de Sangue e areia (1922), Cobra (1925) e O filho do Sheik (1926). Sua vida pessoal era tão tórrida quanto suas interpretações. Não era um grande ator e talvez ultrapassado se tivesse vivido mais tempo. Morreu de peritonite (inflamação do peritônio, que é uma membrana que reveste a cavidade abdominal) em 1926, aos 29 anos e no auge da popularidade.

7 comentários:

  1. Um shoW esse seu post. As novas novíssimas gerações agora entendem a letra da canção de Rita Lee. É cultura!

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  2. A letra e música de Rita são excelentes. Porém, sua letra "quase" sempre passa despercebida pelo desconhecimento dos artistas.. Ótima explicação e apresentação sobre os mesmos!

    O Cinefilos esta comemorando 1 ano de existencia!!! Apareça para nos dar uma força!!!

    http://cinefilosdeplantaobr.blogspot.com

    Abraços!!

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  3. Oi, Gilberto, nossa, fiz uma viagem com essa música, me lembra muito a infância! Eu adorava essa novela! O que achei mais legal foi a ideia de falar sobre os atores citados, deles eu só conhecia o Gregory Peck. E a Mae West, hein, uma danadinha! Um abraço!

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  4. Outra coisa curiosa em relação ao Rodolfo Valentino é a quantidade de nomes artísticos que ele usou ao longo da carreira, embora todos esses nomes fossem relativamente parecidos uns com os outros.
    Ele foi creditado como Mister De Valentina, Mister Rodolfo de Valentina, Mister Rodolpho de Valentina, R. de Valentina, Rodolfo di Valentina, Rodolfo di Valentini, Rodolfo Valentino, Rodolph Valentine, Rodolph Valentino, Rodolpho di Valentina d’Antonguolla, Rodolpho Guglielmi, Rudi Valentino, Rudolf Valentino, Rudolfo Valentino, Rudolph DeValentino, Rudolph Valentine, Rudolph Volantino, Rudolpho de Valentina, Rudolpho de Valentine, Rudolpho de Valintine e Rudolpho di Valentina.

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  5. M, com certeza as novas gerações devem conhecer os grandes astros do passado.

    Felipe, vou visitar o cinéfilos para parabenizá-lo pelo 1º ano de existência.

    Bia, Não cheguei a assistir a novela Final Feliz, mas me lembro muito bem da abertura. Mae West era com certeza uma danadinha.

    Léo, não sabia que o Rodolfo Valentino tinha usado tantos nomes artísticos. Não entendo porque mudar o nome artístico...

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  6. Otimo postagem. Parabéns pela sacada.

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  7. Que ideia ótima essa de falar dos atores da letra dessa música. Realmente, eles passam despercebidos para gerações que não os conheceram ou que sequer ouviram falar. Gosto muito do ambiente de cinema, pena que perdeu aquela atmosfera de romance, de beijo no escuro... Ir ao cinema com alguém de quem a gente gosta é uma delícia, rs. Agora temos que aguentar meninada de shopping, gente mastigando, fazendo barulho com refrigerantes e papel de doce (deveria ser proibido comer no cinema). Apesar de tudo, ainda dou preferência a ir ao cinema do que ver filmes em casa.
    Adorei os briefings dos atores; nossa, como era bonito esse Rodolfo Valentino!... rs

    Um abração, Gilberto.

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