sexta-feira, 25 de maio de 2012

O MARTÍRIO DO STRESS


Michael Douglas em Um dia de fúria


Muitos falam de saúde e o que deve ser feito para se alcançar este estágio tão desejado. Mas para falar de saúde é preciso falar antes da doença e do sofrimento, de como se desenvolvem e de ações que podem ser tomadas para evitá-los ou curá-los.

O mundo em que vivemos atualmente é bem propício ao desenvolvimento do estresse: a correria do dia-a-dia, preocupações constantes com trabalho, estudos, família e a falta de tempo para a realização de atividades de lazer que possam renovar as energias para a continuação da batalha no dia seguinte.

O termo estresse foi introduzido no meio científico pelo endocrinologista Hans Selye, a partir de pesquisas com ratazanas no início da década de 30. Originalmente tinha o significado de fricção, ou desgaste provocado por fricção de um corpo em relação aos demais. Ultimamente está mais relacionado à fadiga, cansaço e tensão.

O estresse tem a função de preservar a integridade do organismo, uma vez que avisa o cérebro sobre uma situação de perigo e a necessidade de uma tomada de decisão de forma rápida. Mas não são só as ameaças que ativam o estresse em nós. Os desafios e as conquistas diárias são feitos às suas custas. Ele não é desencadeado apenas por pressões externas.

Quando o estresse começa, a homeostase* é perturbada. Ocorrem respostas do organismo que visam recuperar o equilíbrio e fornecer meios de defesa para enfrentamento das causas que provocam esse desajuste. Essa é a primeira fase do processo de estresse: Reação de Alarme. Quando o perigo persiste, passa-se para a fase seguinte que é o Estágio de Resistência, em que o organismo se adapta ao agente estressor, pois manter a fase de alarme poderia levá-lo à exaustão. Caso a pessoa não obtenha sucesso na retirada ou eliminação do estressor entra em jogo a terceira fase: Estágio de Esgotamento, que surge quando o agente estressor permanece por um longo período e esgota a energia de adaptação, causando danos ao organismo.

O estresse nem sempre é nocivo ao indivíduo. Selye acreditava que ele se dividia em eustresse, quando sua intensidade era breve ou positiva e em distresse quando ele estava relacionado a sentimentos negativos como derrota, medo, angústia e insegurança. Essa foi a definição mais disseminada, já que as pessoas sempre ligam erroneamente o estresse a algo negativo e ruim em suas vidas.

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 * Homeostase é o estado de equilíbrio do organismo.


Robert DeNiro e Billy Cristal em Máfia no divã


Bruce Willis e Matthew Perry em Meu vizinho mafioso

Seth Rogen em O segurança fora de controle

Lázaro Ramos em Amanhã nunca mais


6 comentários:

  1. Oi, Gilberto. Eu vi uma vez uma reportagem sobre o assunto, estou procurando a acupuntura e desenvolver o autocontrole para não chegar à última fase! Dos filmes que citou o que eu mais gosto, sem dúvida, é um Dia de Fúria, hahaha. quem nunca teve a vontade sair quebrando tudo como Michael Douglas, que se manifeste! Tudo bem que eu não faço isso, mas que eu lavo a alma quando assisto o filme, a isso lá é verdade! Um abraço!

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  2. Sabe de uma coisa? Eu acho o estresse psicológico muito mais danoso do que o estresse físico. Porque no caso desse último, mesmo que você chegue no final do dia esgotado e chorando de exaustão porque teve que andar muito, subir e descer várias vezes uma escada e/ou ladeira, carregar muito peso... Não faz mal. Você deita, dorme e quando acorda geralmente já tá renovado.
    Mas quando você tem que conviver com uma pessoa que passa o dia inteiro reclamando de tudo, se mostrando insatisfeita com tudo o que você faz, cobrando a mesma coisa 50 vezes de você, querendo dar palpite em tudo o que você faz e deixa de fazer, querendo sempre que você dê mais atenção a ela mesmo que você já tenha passado o dia inteiro dando atenção a ela... Conviver com alguém assim é um estresse psicológico que traumatiza qualquer um!
    Eu prefiro passar o dia carregando pedras do que convivendo com uma pessoa assim!

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  3. A foto de Michael Douglas em "Um Dia de Fúria", expressa bem a vida atual numa cidade grande como SP.

    Fugindo um pouco das explicações médicas, muito bem descritas por você, grande parte da pessoas que vivem em cidades grandes sofrem do estresse psicológico diário, por causa das mais diversas e as vezes até inesperados situações.

    Abraço

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  4. Moro em são Paulo, e aqui, como todo mundo sabe, é uma selva, tem que ser muito ninja pra sair ileso de tudo o que acontece aqui. Mas isso é uma característica das grandes metrópoles. Começou cm a Revolução Industrial, quando as pessoas se viram reféns da violência contra o psicológico e o emocional. Quem vivia na tranquilidade do campo, se viu obrigado a mudar para a cidade, e muitos não suportaram, sucumbiram às pressões da época. Hoje o que vejo é gente se mudando da cidade para os campos, para o interior, como uma fuga desse stress todo. Muitas vezes já é tarde demais...
    Quanto aos filmes, vi alguns deles, mas Um dia de Fúria é o retrato mais que digno desse mal que assola as grandes cidades.
    Esse foi um dos seus melhores posts, Gilberto. Numa palavra: Excelente!

    um abraço pra você.

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  5. Bia, com certeza as vezes dá vontade de sair quebrando tudo como o Michael Douglas em Um dia de fúria.

    Léo, você tem razão quando se refere que o estresse psicológico é mais complicado de ser controlado, pois ele não alivia quando o corpo descansa.

    Antonio, obrigado pelo elogio.

    Hugo, as pessoas que vivem em grandes cidades estão muito mais sujeitas ao estresse.

    Ligeia, obrigado pelo gentileza. Ainda bem que moro em uma cidade pequena. Isso faz com que o estresse seja menor, mas também menores as opções de diversão ou cultura.

    Abraços a todos.

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