Michael Douglas em Um dia de fúria |
Muitos falam de saúde e o que deve ser feito para se
alcançar este estágio tão desejado. Mas para falar de saúde é preciso falar
antes da doença e do sofrimento, de como se desenvolvem e de ações que podem
ser tomadas para evitá-los ou curá-los.
O mundo em que vivemos atualmente é bem propício ao
desenvolvimento do estresse: a correria do dia-a-dia, preocupações constantes
com trabalho, estudos, família e a falta de tempo para a realização de
atividades de lazer que possam renovar as energias para a continuação da
batalha no dia seguinte.
O termo estresse foi introduzido no meio científico
pelo endocrinologista Hans Selye, a partir de pesquisas com ratazanas no início
da década de 30. Originalmente tinha o significado de fricção, ou desgaste provocado
por fricção de um corpo em relação aos demais. Ultimamente está mais
relacionado à fadiga, cansaço e tensão.
O estresse tem a função de preservar a integridade do
organismo, uma vez que avisa o cérebro sobre uma situação de perigo e a
necessidade de uma tomada de decisão de forma rápida. Mas não são só as ameaças
que ativam o estresse em
nós. Os desafios
e as conquistas diárias são feitos às suas custas. Ele não é desencadeado
apenas por pressões externas.
Quando o estresse começa, a homeostase* é
perturbada. Ocorrem respostas do organismo que visam recuperar o equilíbrio e
fornecer meios de defesa para enfrentamento das causas que provocam esse
desajuste. Essa é a primeira fase do processo de estresse: Reação de Alarme. Quando o
perigo persiste, passa-se para a fase seguinte que é o Estágio de Resistência, em que
o organismo se adapta ao agente estressor, pois manter a fase de alarme poderia
levá-lo à exaustão. Caso a pessoa não obtenha sucesso na retirada ou eliminação
do estressor entra em jogo a terceira fase: Estágio
de Esgotamento, que surge quando o agente estressor permanece por um longo
período e esgota a energia de adaptação, causando danos ao organismo.
O estresse nem sempre é nocivo ao indivíduo. Selye
acreditava que ele se dividia em eustresse, quando sua intensidade era breve ou
positiva e em distresse quando ele estava relacionado a sentimentos negativos
como derrota, medo, angústia e insegurança. Essa foi a definição mais
disseminada, já que as pessoas sempre ligam erroneamente o estresse a algo
negativo e ruim em suas vidas.
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* Homeostase é o estado de equilíbrio do organismo.
Oi, Gilberto. Eu vi uma vez uma reportagem sobre o assunto, estou procurando a acupuntura e desenvolver o autocontrole para não chegar à última fase! Dos filmes que citou o que eu mais gosto, sem dúvida, é um Dia de Fúria, hahaha. quem nunca teve a vontade sair quebrando tudo como Michael Douglas, que se manifeste! Tudo bem que eu não faço isso, mas que eu lavo a alma quando assisto o filme, a isso lá é verdade! Um abraço!
ResponderExcluirSabe de uma coisa? Eu acho o estresse psicológico muito mais danoso do que o estresse físico. Porque no caso desse último, mesmo que você chegue no final do dia esgotado e chorando de exaustão porque teve que andar muito, subir e descer várias vezes uma escada e/ou ladeira, carregar muito peso... Não faz mal. Você deita, dorme e quando acorda geralmente já tá renovado.
ResponderExcluirMas quando você tem que conviver com uma pessoa que passa o dia inteiro reclamando de tudo, se mostrando insatisfeita com tudo o que você faz, cobrando a mesma coisa 50 vezes de você, querendo dar palpite em tudo o que você faz e deixa de fazer, querendo sempre que você dê mais atenção a ela mesmo que você já tenha passado o dia inteiro dando atenção a ela... Conviver com alguém assim é um estresse psicológico que traumatiza qualquer um!
Eu prefiro passar o dia carregando pedras do que convivendo com uma pessoa assim!
Outro belo texto, Gilberto. Parabéns.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
A foto de Michael Douglas em "Um Dia de Fúria", expressa bem a vida atual numa cidade grande como SP.
ResponderExcluirFugindo um pouco das explicações médicas, muito bem descritas por você, grande parte da pessoas que vivem em cidades grandes sofrem do estresse psicológico diário, por causa das mais diversas e as vezes até inesperados situações.
Abraço
Moro em são Paulo, e aqui, como todo mundo sabe, é uma selva, tem que ser muito ninja pra sair ileso de tudo o que acontece aqui. Mas isso é uma característica das grandes metrópoles. Começou cm a Revolução Industrial, quando as pessoas se viram reféns da violência contra o psicológico e o emocional. Quem vivia na tranquilidade do campo, se viu obrigado a mudar para a cidade, e muitos não suportaram, sucumbiram às pressões da época. Hoje o que vejo é gente se mudando da cidade para os campos, para o interior, como uma fuga desse stress todo. Muitas vezes já é tarde demais...
ResponderExcluirQuanto aos filmes, vi alguns deles, mas Um dia de Fúria é o retrato mais que digno desse mal que assola as grandes cidades.
Esse foi um dos seus melhores posts, Gilberto. Numa palavra: Excelente!
um abraço pra você.
Bia, com certeza as vezes dá vontade de sair quebrando tudo como o Michael Douglas em Um dia de fúria.
ResponderExcluirLéo, você tem razão quando se refere que o estresse psicológico é mais complicado de ser controlado, pois ele não alivia quando o corpo descansa.
Antonio, obrigado pelo elogio.
Hugo, as pessoas que vivem em grandes cidades estão muito mais sujeitas ao estresse.
Ligeia, obrigado pelo gentileza. Ainda bem que moro em uma cidade pequena. Isso faz com que o estresse seja menor, mas também menores as opções de diversão ou cultura.
Abraços a todos.