quinta-feira, 25 de abril de 2013

À DERIVA



Direção: Heitor Dhalia. Com: Vincent Cassel, Déborah Bloch, Laura Neiva, Camille Belle, Cauã Reymond. Drama, 101 min.

O filme mais convencional do diretor pernambucano Heitor Dhalia de Nina (2004) e O cheiro do ralo (2006), que falavam de personagens mais obscuros e revoltados com a situação vigente e feito antes dele se render ao cinema americano com 12 horas (2012)

À deriva é a expressão ideal para descrever a situação desses personagens perdidos em seus sentimentos. A menina Filipa (Laura Neiva descoberta por um perfil do Orkut) tem sentimentos incestuosos por seu pai, Mathias (o francês Vincent Cassel de “Irreversível”) e consequentemente uma certa raiva da mãe que é alcoólatra (Déborah Bloch de “A ostra e o vento”). No meio disso tudo, tem que lidar com suas descobertas amorosas e sexuais e a revelação que seu pai está tendo um caso com uma americana (Camille Belle) e com a decisão de seus pais de se separar.


É um filme bastante sensível e intimista que foi aplaudido na mostra “Um certo olhar” do Festival de Cannes e fala de um tema universal, a família e dos problemas pelos quais todas passam; fala da dor causada quando o amor do casal acaba e do sofrimento dos filhos com a separação.

Vincent Cassel fala bem o português. Ele foi escolhido por Heitor durante o carnaval em que esteve no Brasil com Mônica Belluci. Apesar dele e da americana Camille Belle, este é um filme totalmente brasileiro e não uma co-produção como aparenta. Cauã Reymond faz apenas uma participação especial como um barman, enquanto Déborah Bloch dá um show de interpretação como a dúbia e sofrida esposa.

Apesar do sucesso em Cannes e das vendas internacionais, não alcançou a bilheteria esperada no Brasil, chegando a 68.477 espectadores. Descubra em DVD ou na TV por assinatura, onde ele passa constantemente.





3 comentários:

  1. Me perdoe amigo, particularmente não gostei do filme.

    Achei lento, sem ritmo e cansativo.

    Mas, o que seria do Azul se existisse só o Amarelo.

    Abraços

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  2. É um filme que tem menos a cara do cineasta, mas recomendo.

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  3. O ponto principal são os ótimos diálogos cheios de rancor entre Débora Bloch e Vincent Cassel.

    Abraço

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