Uma vez li no
blog do Luiz Carlos Merten um comentário que ele fez sobre suas tias
solteironas, que ele não sabia como elas podiam suportar tanto desejo reprimido
e ontem me deparei com um filme que trata exatamente disso, o desejo reprimido:
HAWAII, um filme argentino de 2013. Claro que o título não ajuda e pode é
afastar os possíveis interessados.
Eugênio (Manuel
Vignau) passa o verão na casa de campo que já foi dele, mas agora pertence aos
tios. Ele busca inspiração para um livro que está escrevendo. Já Martin (Mateo
Chiarino) está desempregado e se candidata a cuidar da casa e consertar tudo o
que estiver estragado. Os dois foram amigos na infância, mas não se veem desde
então. A amizade se estabelece na base da omissão. Martin não revela que está
desempregado e sem lugar pra ficar e Eugênio reprime o interesse pelo amigo.
Entre muitas
conversas sobre o passado e o futuro, rolam flertes furtivos. Os dois se olham com
desejo, mas não tem coragem de exteriorizar o que sentem. Tomam banho num rio e
olham os corpos um do outro a princípio, mas depois olham pro outro lado para
negar ou pelo menos não revelar tudo que está escondido no olhar.
Acho estranho pois
nos filmes com gays masculinos, geralmente não há mulheres, pra afastar
qualquer outra possibilidade de interesse ou conflito;
Na maioria dos
filmes que vi sobre o tema, os finais são infelizes, como pra provar que o amor
entre pessoas do mesmo sexo é impossível, mas não é o caso aqui. Vale a pena conferir.
Olá, Gilberto, como vai? Achei interessante suas conclusões sobre filmes gays, sobre a questão da não inclusão das mulheres e dos finais geralmente infelizes. Os únicos que lembro ter assistido sobre são Filadélfia e O Segredo de Brokeback Mountain, e de fato, não tem os melhores finais. Um abraço!
ResponderExcluirAgora que você mencionou, realmente são raros os filmes sobre homossexualidade masculina em que o casal tenha terminado junto. O Único que eu me lembro é A Camisinha Assassina.
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