quinta-feira, 2 de julho de 2009

TUDO SOBRE MINHA MÃE (Espanha, 1999)

Direção: Pedro Almodóvar. Com: Cecília Roth, Marisa Paredes, Penélope Cruz, Candela Pena, Antonia San Juan. 101 min. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.

O drama conta a história de uma mãe, Manuela (Cecília Roth), que esconde de seu filho Esteban (Eloy Azorin), quem é o seu pai. O sonho de Esteban é ser escritor e enquanto aguarda uma chance de mostrar seu talento, ele escreve suas memórias em um caderno intitulado “Tudo sobre minha mãe”.

Na noite de aniversário de seu filho, Manuela o leva para assistir a uma montagem de “Um bonde chamado desejo” de Tenesse Williams, do qual ela própria havia participado de uma montagem amadora, quando jovem. Huma Rojo (Marisa Paredes) é a famosa atriz que participa da peça atualmente. Manuela promete contar tudo sobre o pai de Esteban, quando chegarem em casa, o que se torna impossível, pois Esteban sai correndo atrás do carro de Huma, é atropelado e morre.

Após a morte do filho, Manuela resolve viajar para Barcelona para encontrar o pai de seu filho, que também se chama Esteban e tem o codinome de Lola.

Enquanto procura por Lola, Manuela reencontra Agrado (Antonia San Juan), uma velha amiga travesti, que na verdade é interpretada por uma mulher. As duas vão procurar emprego em um convento onde trabalha Rosa (Penélope Cruz), uma freira assistencialista que está grávida de Lola e também com o vírus da AIDS.

O drama é uma das marcas registradas de Almodóvar, que ficou famoso por criar personagens femininas bem mais fortes que as masculinas e é isso o que acontece também em “Tudo sobre minha mãe”, onde os homens são meros figurantes ou querem se tornar mulheres. Elas sempre reinam em seus filmes, onde foram imortalizadas divas como Carmem Maura, Marisa Paredes, Cecília Roth, Victoria Abril, Penélope Cruz, Assumpta Serna e Francesca Neri.

“Tudo sobre minha mãe” também é um filme extremamente feminino e talvez por causa disso, muito sensível. Almodóvar o dedica a Bette Davis, Romy Schneider, Gena Rowlands, a todas as atrizes que interpretam atrizes, a todas as mulheres que representam, aos homens que representam e tornam mulheres, a todas aquelas que querem ser mães e à sua mãe. Em suma, o filme ideal para quem quer se emocionar. (10,0)

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