Sempre tenho boas surpresas quando visito a Livraria Saraiva. A última foi a descoberta de um livro sobre a filmografia completa de Alfred Hitchcock: o arquiteto da ansiedade escrito por Paul Duncan e publicado pela Taschen, uma editora de renome internacional que publica livros de alta qualidade em capa dura e papel de primeira a preços populares. Esse de Hitchcock está sendo vendido a R$ 49,90.
Sou fã de Hitchcock há vários anos, desde que comecei a me interessar por cinema. Os filmes dele que mais gosto são Os pássaros, Psicose, Um corpo que cai, À sombra de uma dúvida, Um barco e nove destinos, Festim Diabólico e Janela Indiscreta, mas todos os outros são interessantes e conhecer detalhes sobre como cada um deles foi produzido é muito bom.
Paul Duncan entrelaça detalhes sobre a vida pessoal do diretor à forma como foram feitos cada um de seus filmes, desde O jardim dos prazeres (1925) até Trama macabra (1976), tudo fartamente ilustrado. O inconveniente é que a tradução é para o Português de Portugal, o que deixa a leitura um pouco truncada às vezes, com expressões que não são usadas por nós brasileiros e a grafia diferente de algumas palavras, além dos títulos dos filmes citados não serem os mesmos que conhecemos por aqui, já que o mesmo filme recebe nomes diferentes em cada país em que é lançado e não simplesmente uma tradução do original.
Montgomery Clift em A tortura do silêncio |
O homem que sabia demais é citado como O homem que sabia demasiado (1934); Sabotagem (1936) = À uma e quarenta e cinco; A estalagem maldita (1939) = A pousada da Jamaica (1939); À sombra de uma dúvida (1943) = Mentira; Quando fala o coração (1945) = A casa encantada; Interlúdio (1946) = Difamação; Festim diabólico (1948) = A corda; Pacto sinistro (1951) = O desconhecido do Norte; A tortura do silêncio (1953) = Confesso; Disque M para matar (1954) = Chamada para a morte e o mais absurdo de todos, A mulher que viveu duas vezes ou melhor Um corpo que cai (1958). Mas isso é só um detalhe, O arquiteto da ansiedade é um livro imperdível para qualquer fã de Hitchcock.
Depois não querem que façam piadas sobre portugueses...
ResponderExcluirO livro parece ser muito interessante, até mesmo pelas expressões em português de Portugal.
Vou dar uma olhada por aqui.
Um abraço.
Se eu fosse falar tudo o que sempre desejei sobre Hitchcock, este comentário passaria a ser, não um comentario, mas sim um post.
ResponderExcluirMas não sou muito seu fã e apenas elogio alguns poucos filmes seus, dentre os quais Intriga Internacional, os que fez com Stewart, exceto O homem que sabia demais, Os passaros, pelo ineditismo do tema e Psicose. Vou parar aqui, pq acho que levo fama de falador demais. jurandir_lima@bol.com.br