sábado, 20 de outubro de 2012

DIA DO POETA


Hoje comemora-se o dia do poeta, aquelas pessoas abençoadas que conseguem fazer tudo ficar belo, até a dor. Como explicou Cecília Meireles no belo "Motivo". Os meus poetas preferidos são Mário Quintana, Fernando Pessoa, a própria Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e tantos outros. 


MOTIVO
Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.



Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.


Claro que não chego aos pés de Cecília Meireles, nem sou poeta, mas também escrevo poemas de vez em quando...


QUANDO O AMOR ACABA
Gilberto Carlos


Só depois que o amor acabou
É que eu percebi tudo com clareza:
O quanto me humilhei e você nem ligou
Pois não teve coragem de assumir o que sentia.

O medo atrapalhou
Mas ele não foi o único
Havia também a sua ignorância
E a falta de jeito para lidar com os sentimentos.

Todos os momentos foram dolorosos
Menos agora que o amor acabou
Estou enfim, livre de você
E isso é muito prazeroso.

Não quero mais te ver
Nem tenho nada pra lembrar
É como se você não existisse
E eu nunca tivesse te amado.

Posso começar de novo:
Amar outra pessoa
Alguém que mereça ser amado
E que retribua na mesma medida.



Seja doador de medula óssea. Doe de coração:

3 comentários:

  1. Não és Cecília Meirelles mas escreves muito bem. Belo poema! Adoro cinema, embora não tenha frequentado muito ultimamente.Vou seguir seu blog e acompanhar suas indicações.
    Abraço!

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  2. Parabéns aos poetas.
    O meu poeta preferido é Pablo Neruda,acho suas poesias sublimes.
    Abraço!

    Bruno

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  3. Com atraso, e me desculpando, te dou os parabéns, pelo poema, pela lembrança, pela força de ser poeta nesta vida tão pouco poética.

    Um abraço, Gilberto.

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