quinta-feira, 16 de maio de 2013

CORRA, LOLA CORRA



(Lola Rennt) 1998, Direção: Tom Tykwer, Com Franka Potente, Moritz Bleibtreu, Herbert Knaup, Nina Petri. 80 min.

CRÍTICA
O filme “Corra Lola, corra” é empolgante e prende a atenção do início ao fim pelo ritmo acelerado de suas imagens e a mistura de cenas com atores e desenho animado, cores com preto e branco e fotografias que contam a vida de alguns personagens com os quais a protagonista cruza, além da música vertiginosa, que é como se fosse um compasso para a correria de Lola (Franka Potente) pelas ruas da Alemanha. A montagem nervosa não dá tempo para se distrair, bem ao gosto do grande público, o que é lugar comum nos blockbusters atuais, com a diferença que aqui há uma boa história a ser contada e que serviu também para colocar o alemão de novo em voga. Um ótimo filme para ver e rever várias vezes a fim de absorver todos os detalhes. Corra agora mesmo para a locadora e alugue ou compre o filme para a sua filmoteca. São 80 minutos de pura diversão. Este foi um dos primeiros filmes dirigidos pelo alemão Tom Tykwer. Em seguida ele fez o muito criticado “Paraíso” (2002) que era um projeto de Krzysztof  Kieslowski. Já Franka Potente foi para os Estados Unidos e participou dos dois primeiros filmes da trilogia Bourne (A Identidade Bourne e A Supremacia Bourne) com Matt Damon.


INTERPRETAÇÃO
Lola recebe uma ligação do namorado Manni, que está desesperado por ter sido roubado por um mendigo, perdendo assim 100 mil marcos de seu chefe, então pede que sua namorada arrume esse dinheiro. Lola sai correndo pelas ruas já que só tem 20 minutos para conseguir esse montante.

O filme oferece à personagem central a chance que todos nós gostaríamos de ter: voltar no tempo e fazer as coisas diferentes até se chegar ao final feliz. Na primeira chance, Lola logo pensa em seu pai para ajudá-la e vai até a empresa dele. Chegando lá o pega em flagrante com a sua amante. Ele diz que vai se separar, que não é seu pai e a expulsa. Quando o relógio marca meio dia e Lola não chega com o dinheiro, Manni resolve assaltar um supermercado. Lola chega para ajudá-lo, mas a polícia os cerca e atira nela, que relembra o amor que sente por Manni, então faz tudo de novo a fim de resolver o problema e evitar sua morte. Da segunda vez não é muito diferente: Lola vai novamente à procura do pai, que está gritando com a amante. Lola diz que precisa de 100 mil marcos e ameaça o pai e um de seus funcionários com uma arma até conseguir o que quer. Depois sai correndo até Manni, mas este é atropelado por um carro do corpo de bombeiros e fica estendido no chão à beira da morte. Nas lembranças em vermelho berrante Manni pergunta o que Lola faria se ele morresse. Ela retruca que ele não morreu ainda e faz tudo de novo para evitar a sua morte. Na terceira chance quase tudo dá certo, Manni recupera o dinheiro que foi roubado pelo mendigo e o devolve o seu chefe, enquanto Lola ganha uma bolada no cassino. Os dois se abraçam e podem enfim descansar. O único inconveniente é com seu pai que sofre um acidente de carro, mas ela nem se dá conta disso até que o filme termine. Quem dera pudéssemos ser como Lola: voltar no tempo e consertar nossos erros até que tudo desse certo e pudéssemos ser completamente felizes. 


2 comentários:

  1. Assisti na época do lançamento e simplesmente o achei contagiante. 1999 foi o ano do cinema realmente.

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  2. É um filme extremamente divertido e inteligente.

    A ideia de que poucos segundos de diferença pode mudar completamente a vida de um pessoa foi muito bem desenvolvida.

    No ano passado Tom Tykwer dividiu a direção do ótimo "A Viagem" com os irmãos Wachowski.

    Franka Potente também teve um participação importante nas duas últimas temporadas de "The Shield".

    Abraço

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