Assisti a “Gritos e Sussurros” há algum tempo e não gostei muito. Acredito que naquela época ainda não estava preparado para apreciar os filmes de Ingmar Bergman, que tem um estilo todo pessoal de dirigir.
Depois de um tempo, passei a ver todos os que eu consegui encontrar, começando com a trilogia do Silêncio de Deus: “Através de um espelho” (que é excelente, sobre uma família em uma ilha sofrendo com uma filha que tem uma doença mental incurável), “Luz de inverno” (bom, sobre um padre que já não tem mais fé) e “O Silêncio” (o pior dessa trilogia, sobre duas irmãs hospedadas em um hotel com o filho de uma delas e os problemas de saúde da outra. Não tem muito sentido). Em seguida “A fonte da donzela” que eu tinha vontade de assistir a um bom tempo e realmente é muito bom, sobre ladrões que matam uma moça e depois vão pedir abrigo na casa dos pais dela. “Persona – Quando duas mulheres pecam” (Excelente o embate de duas mulheres, a paciente e a enfermeira em uma ilha, onde uma vai tomando a personalidade da outra). “O Sétimo Selo” (Não sei se o problema foi meu, mas não gostei muito desse filme que é considerado pelos críticos um dos melhores do diretor. Tem a cena clássica do jogo de xadrez com a morte). “Morangos silvestres” (Esse muito bom, sobre um professor aposentado que viaja para receber homenagens e vai relembrando o passado, as coisas que perdeu e os erros que cometeu). “A hora do lobo” (Também não gostei. Não tem muito sentido).
O Cine Goiânia Ouro está fazendo uma retrospectiva com vários dos filmes de Bergman. Anteontem assisti a “Da vida das marionetes”, um filme muito bom, sobre um homem que assassina uma prostituta e depois faz sexo anal com ela, logo na primeira cena, que é em cores, ao contrário do restante do filme. De início logo imaginamos uma pessoa perturbada, por ter a capacidade de um ato de tamanha perversidade. Mas não é bem assim. No decorrer da trama, ouvimos os depoimentos das pessoas que estavam envolvidas com ele: sua mulher, seu terapeuta, a mãe, um amigo homossexual, além de cenas do convívio dele com a esposa, a vontade de matá-la, a insônia e a depressão. Esses depoimentos revelam que ele era uma pessoa normal e o assassinato foi provocado por um choque emocional desvendado no epílogo.
Ingmar Bergman estava em depressão quando fez “Da vida das marionetes”, além de estar exilado na Alemanha, daí o filme ser falado em alemão e com atores daquele país. Não é uma história fácil, tem um tema pesado e idas e vindas no tempo. São mostradas cenas anteriores ao assassinato e depois posteriores para que o espectador junte os pedaços dessa desfragmentação humana. Mas de qualquer forma é sempre um prazer assistir as películas desse grande diretor. Quero ver todos os outros filmes dele.
Depois de um tempo, passei a ver todos os que eu consegui encontrar, começando com a trilogia do Silêncio de Deus: “Através de um espelho” (que é excelente, sobre uma família em uma ilha sofrendo com uma filha que tem uma doença mental incurável), “Luz de inverno” (bom, sobre um padre que já não tem mais fé) e “O Silêncio” (o pior dessa trilogia, sobre duas irmãs hospedadas em um hotel com o filho de uma delas e os problemas de saúde da outra. Não tem muito sentido). Em seguida “A fonte da donzela” que eu tinha vontade de assistir a um bom tempo e realmente é muito bom, sobre ladrões que matam uma moça e depois vão pedir abrigo na casa dos pais dela. “Persona – Quando duas mulheres pecam” (Excelente o embate de duas mulheres, a paciente e a enfermeira em uma ilha, onde uma vai tomando a personalidade da outra). “O Sétimo Selo” (Não sei se o problema foi meu, mas não gostei muito desse filme que é considerado pelos críticos um dos melhores do diretor. Tem a cena clássica do jogo de xadrez com a morte). “Morangos silvestres” (Esse muito bom, sobre um professor aposentado que viaja para receber homenagens e vai relembrando o passado, as coisas que perdeu e os erros que cometeu). “A hora do lobo” (Também não gostei. Não tem muito sentido).
O Cine Goiânia Ouro está fazendo uma retrospectiva com vários dos filmes de Bergman. Anteontem assisti a “Da vida das marionetes”, um filme muito bom, sobre um homem que assassina uma prostituta e depois faz sexo anal com ela, logo na primeira cena, que é em cores, ao contrário do restante do filme. De início logo imaginamos uma pessoa perturbada, por ter a capacidade de um ato de tamanha perversidade. Mas não é bem assim. No decorrer da trama, ouvimos os depoimentos das pessoas que estavam envolvidas com ele: sua mulher, seu terapeuta, a mãe, um amigo homossexual, além de cenas do convívio dele com a esposa, a vontade de matá-la, a insônia e a depressão. Esses depoimentos revelam que ele era uma pessoa normal e o assassinato foi provocado por um choque emocional desvendado no epílogo.
Ingmar Bergman estava em depressão quando fez “Da vida das marionetes”, além de estar exilado na Alemanha, daí o filme ser falado em alemão e com atores daquele país. Não é uma história fácil, tem um tema pesado e idas e vindas no tempo. São mostradas cenas anteriores ao assassinato e depois posteriores para que o espectador junte os pedaços dessa desfragmentação humana. Mas de qualquer forma é sempre um prazer assistir as películas desse grande diretor. Quero ver todos os outros filmes dele.
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