terça-feira, 18 de maio de 2010

UM QUARTO FINAL PARA O FILME "CORRA, LOLA CORRA"



O filme “Corra, Lola, Corra” oferece à personagem central a chance que todos nós gostaríamos de ter: voltar no tempo e fazer as coisas diferentes até se chegar ao final feliz.

Na primeira chance, Lola logo pensa em seu pai para ajudá-la e vai até a empresa dele. Chegando lá o pega em flagrante com a sua amante. Ele diz que vai se separar, que não é seu pai e a expulsa. Quando o relógio marca meio dia e Lola não chega com o dinheiro, Manni resolve assaltar um supermercado. Lola chega para ajudá-lo, mas a polícia os cerca e atira nela, que relembra o amor que sente por Manni, então faz tudo de novo a fim de resolver o problema e evitar sua morte.

Da segunda vez não é muito diferente: Lola vai novamente à procura do pai, que está gritando com a amante. Lola diz que precisa de 100 mil marcos e ameaça o pai e um de seus funcionários com uma arma até conseguir o que quer. Depois sai correndo até Manni, mas este é atropelado por um carro do corpo de bombeiros e fica estendido no chão à beira da morte. Nas lembranças em vermelho berrante Manni pergunta o que Lola faria se ele morresse. Ela retruca que ele não morreu ainda e faz tudo de novo para evitar a sua morte.

Na terceira chance quase tudo dá certo, Manni recupera o dinheiro que foi roubado pelo mendigo e o devolve o seu chefe, enquanto Lola ganha uma bolada no cassino. Os dois se abraçam e podem enfim descansar. O único inconveniente é com seu pai que sofre um acidente de carro, mas ela nem se dá conta disso até que o filme termine. Quem dera pudéssemos ser como Lola: voltar no tempo e consertar nossos erros até que tudo desse certo e pudéssemos ser completamente felizes.

Mas como seria se o filme Corra, Lola Corra tivesse um quarto final? Pensando nisso elaborei um pequeno roteiro de como eu acho que poderia ser essa parte final do filme.

QUARTO FINAL
Lola sai correndo de casa, sua mãe lhe pede para comprar xampu no supermercado.
_ Hoje não, tô com pressa!
Já em forma de desenho animado Lola desce as escadas correndo, quando encontra com o menino de aparelhos nos dentes e seu cachorro. Lola pisa no rabo do cão e este morde o garoto. Enquanto ela sai correndo pela rua já como Franka Potente.
Lola vai à procura de seu pai e o encontra o guarda na portaria.
_ Quero ver meu pai!
_ Ele disse que não queria ser incomodado.
_ Eu vou entrar de qualquer jeito. – Diz ela enquanto dá um chute na canela dela e vai até a sala do pai.
Abre a porta de repente e vê seu pai beijando outra mulher que não a sua.
_ O que significa isso? – pergunta Lola.
_ Eu posso explicar...
_ Não precisa explicar eu já entendi!
_ O que você veio fazer aqui?
A amante sai da sala.
_ Preciso de sua ajuda. Manni está encrencado.
_ Quem é Manni?
_ Meu namorado há um ano.
_ Nem sabia que você tinha namorado.
_ Claro que não sabia. Você nunca se preocupou comigo, nem com a mamãe. Vamos parar com essa conversa fiada. Eu preciso de 100 mil marcos.
_ Impossível. É muito dinheiro.
_ Se você não me der eu conto pra mamãe que você tem uma amante...
_ Você não pode fazer isso comigo.
_ Você é que não pode fazer isso com a mamãe. Me dá a grana logo! Eu só tenho 10 minutos.
_ Mas eu gosto da sua mãe.
_ Se gosta então porque tem uma amante?
_ Sua mãe é frígida, mas eu não tenho coragem de abandona-la.
_ Me dá a grana.
Seu pai a leva até o cofre, pega o dinheiro e retruca:
_ Eu vou te dar o dinheiro, mas esse segredo não sai dessa sala.
_ Claro que não! Me dá logo, velho!
Lola sai correndo ao encontro de Manni. Só faltam 3 minutos para o meio dia.
O chefe de Manni está com uma arma em sua cabeça e olha para o relógio da catedral.
Lola corre.
_ Manni, espera!
Quando o relógio marca meio dia, Lola chega com o dinheiro e entrega ao chefe de Manni.
_ Salvo pelo gongo!
Lola e Manni se abraçam.
_ Espera! Eu tenho que fazer uma coisa. – Diz Lola enquanto pega o celular e liga para sua mãe:
_ Mamãe, o papai tem uma amante!

FIM

2 comentários:

  1. Isso se o filme fosse hoje! Pois o filme se passa em 1998 e pessoas com menos poder aquisitivo passavam longe de possuir aparelhos celulares!

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