Direção: Ingmar Bergman. Com: Ingrid Bergman, Liv Ullman, Lena Nyman, Gunnar Björnstrand e Linn Ullman. Drama, 92 min.
Ingmar Bergman arquitetou com “Sonata de Outono” um profundo estudo sobre as delicadas relações familiares, o que, aliás, ele sempre fez em seus filmes, mas na maioria das vezes entre casais com problemas matrimonias e aqui entre mãe e filha.
Charlote, uma pianista famosa (Ingrid Bergman, que apesar do sobrenome não era parente do diretor) visita a filha tímida e deprimida, Eva, (Liv Ullman) no interior da Noruega. Esse encontro provoca uma erupção de rancores, remorsos e cobranças do passado.
As duas atrizes estão em cena o tempo inteiro e duelam num show de interpretação trocando acusações, inclusive em relação a uma outra filha que tem uma doença mental incurável, Helena (Lena Nyman), que teria sido provocada por Charlote. Eva agora cuida de Helena, que antes estava internada em um asilo.
A mãe demonstra uma frieza impressionante em relação às filhas, parece ter nojo de Helena e se pergunta porque ela não morre logo e não se mostra tão diferente em relação à Eva. Toda a sua vida sempre esteve focada em sua carreira de pianista e a família ficava em último plano.
Chega a ser doloroso acompanhar essa reflexão familiar, mas não se consegue nem piscar os olhos durante esse filme brilhante, o que era comum na obra de Bergman.
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