ALBERTO SALVÁ (1938 - 2011)

Faleceu na quinta-feira passada (13/10) aos 73 anos, o diretor Alberto Salvá, nascido em Barcelona (Espanha) em 1938, mas naturalizou-se brasileiro desde 1952. Em 1964 fez o curso de cinema de Arne Sucksdorff, patrocinado pelo Itamaraty – Unesco. No ano seguinte fez a fotografia do média metragem Nossa Escola de Samba (de Manuel Jimenez) que foi inserido no longa Brasil verdade (1968). Já na direção estreou com os curtas Paixão de Aleijadinho (1963) e A sala dos milagres (1966). Fez a direção de fotografia de Os homens que eu tive (de Tereza Trautman), do episódio O olhar (de Domingos de Oliveira) incluído no longa Deliciosas traições do amor e do longa Me beija (de Werner Schunemann)

Seu filme mais conhecido é A menina do lado (1987) que causou enorme polêmica pelas cenas sensuais entre Reginaldo Faria e Flávia Monteiro (que tinha 15 anos à época das filmagens), mas o filme dele que mais gosto é de longe Um homem sem importância (1971) que retrata a crise pessoal e a falta de perspectiva de um jovem de origem modesta (Oduvaldo Vianna Filho). O filme é poético e as cenas em preto e branco mostram um pessimismo assustador quanto ao futuro da personagem, inclusive no romance dele com Glauce Rocha.

Alberto tinha câncer no fígado e lutava contra a doença.

Filmografia como diretor:

• Como vai, vai bem? (2º, 5º e 7º episódios) – 1968

• A cama ao alcance de todos (1º episódio) – 1969

• Vida e glória de um canalha – 1970

• Um homem sem importância – 1971

• Revólveres não cospem flores – 1972

• As quatro chaves mágicas – 1972

• Ana, a libertina – 1975

• Os maníacos eróticos – 1976

• Inquietações de uma mulher casada – 1978

• S.O.S. Sex Shop (Como salvar meu casamento) – 1984

• A menina do lado (1987)