A árvore da vida começa com uma citação do livro bíblico de Jó, o pai de família temente a Deus, que de repente começa a perder tudo o que tem, dos bens à família e por causa disso questiona Deus. Se ele era um homem bom, porque deveria passar por todo aquele tormento?
É mais ou menos o que acontece com o casal O’Brien (Brad Pitt e Jessica Chastain), que é bom e confia plenamente em Deus, mas mesmo assim perde um de seus três filhos. Por que isso tem que acontecer? Uma vizinha que tenta consolar a mãe, diz que às vezes, Ele (Deus) envia moscas à ferida que deveria curar. Claro que não é uma frase muito animadora. Depois de um tempo o pai percebe que o infortúnio acomete também os bons. Mas isso leva a outro questionamento: se todos correm o risco de sofrer ou serem infelizes, de que adianta ser bom?
Todas essas questões são colocadas na tela por Terrence Mallick, um diretor bissexto que em quase 40 anos de carreira, dirigiu apenas cinco filmes: Terra de ninguém (1972, Cinzas no paraíso (1978), Além da linha vermelha (1998), Um novo mundo (2005) e A árvore da vida (2011).
A morte do garoto é anunciada logo no início, mas não se vê nada ou se fica sabendo a causa dessa morte, apenas que ele tinha 19 anos, mas as imagens mostradas não retratam essa fase de sua vida. A partir daí o filme se transforma nas memórias de Jack, o filho mais velho do casal, desde a infância, mostrando a convivência feliz com os irmãos e a mãe e a inimizade com o pai rígido e intolerante, que talvez esperasse demais dele. Na atualidade as coisas não são muito diferentes, Jack (agora vivido por Sean Penn) passeia deprimido pela cidade grande onde vive, mas é como se não houvessem outras pessoas naquela cidade e tudo não passasse de um deserto, mais ou menos como aquele que Jesus permaneceu por 40 dias, enquanto era tentado pelo demônio.
Mallick é um grande artesão das imagens, como provou em seus filmes anteriores e aqui criou um grande mosaico sobre a vida, ou a árvore da vida, como diz o título. São mostradas cenas sobre a criação do universo, os dinossauros, as águas e consequentemente a natureza em todo o seu esplendor, mas nada de uma forma muito clara ou didática, tudo é subentendido, quase não há diálogos convencionais e a maioria é dita em off. Toda essa estranheza pode afastar (e afasta) grande parte do público, mas quem gosta de poesia, tem um “prato cheio” aqui. Se os questionamentos colocados durante o filme são respondidos? Ah, não! Só alguém tem essas respostas.
Sinceramente, não gostei do filme... Muito chato e monótono... Como um documentário pode até ser q seja mais interessante... A única coisa q salva é a atuação de Pitt, muito boa mais uma vez...
ResponderExcluirApareça!
http://cinefilosdeplantaobr.blogspot.com
Es una intriga esta película, tiene comentarios de tod tipo.
ResponderExcluirNão vou negar que há algumas partes meio chatas em A árvore da vida, mas é muito bonito e profundo, mesmo que difícil de se ver...
ResponderExcluirO melhor filme do ano. Incrível!
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Gosto de Mallick. E acho muito válido tudo o que se propõe a fazer. Fez poucos filmes sim, no entanto olhemos as qualidades destes. Quem pode negar a grandeza de Além da Linha Vermelha? Quem não deu valor a Cinzas no Paraiso? Podemos falar mal de O Novo Mundo ou elogiar aquele belo filme como, aliás, são belos todos os trabalhos de Mallick.
ResponderExcluirNão vi A Arvore da Vida. Mas vou ver e sei que vou gostar, e muito.
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, também gosto de Mallick. Seus filmes são muito bonitos e profundos. Assista A árvore da vida logo, você não vai se arrepender.
ResponderExcluirLuego de haberla visto, sólo me resta decir que es una de las mejores de este año. Totalmente conmovedora. Saludos Gilberto.
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