Depois de cinco anos afastado da direção no cinema (desde Apolônio Brasil - Campeão da alegria de 2003), Hugo Carvana voltou com esta comédia de costumes inspirada em histórias do seu passado, quando dividia um apartamento com Roberto Maya, Miéle (que fazem pontas afetivas aqui) e Daniel Filho.
São quatro amigos que moram juntos e vivem de dar golpes para não precisar trabalhar. Logo no início já tentam roubar 100 milhões de dólares de um joalheiro (Cláudio Marzo), mas são enganados por Vavá (Pedro Cardoso) que estava mancomunado com Laura (Malu mader), a mulher do joalheiro. Então os outros três: Paulo Roberto (Paulo Betti), Juca (José Wilker) e Montanha (Antonio Pedro, que agora depois de tantos anos de carreira, passou a assinar como Antonio Pedro Borges) precisam trabalhar a fim de conseguir dinheiro para não serem despejados. Paulo Roberto é coroa de programa e coloca um anúncio no jornal oferecendo seus "serviços sexuais", para clientes tão díspares quanto Arlete Sales, Beth Goulart e Lu Grimaldi. Juca vira acompanhante de um comendador gay (vivido pelo debochado Agildo Ribeiro), que foi drag queen no passado e ainda sonha em fazer shows, o que acontece ao som de "Não existe pecado ao sul do Equador" de Chico Buarque. Já Montanha volta a escrever com o pseudônimo de Dolores Del Sol para uma revista feminina e conta com a ajuda de Juliana Paes que personifica Dolores (delírio de milhões de homens e também de Montanha). Nesse meio tempo aparece Dona Herley, a mãe de Paulo Roberto (Laura Cardoso), que tem um problema de espasmo da glote e pode morrer sufocada a qualquer momento e Tainacã (Fernanda de Freitas), filha de Juca, que também se interessa por Paulo Roberto.
Há várias participações especiais, além das já citadas, como a do próprio diretor, Hugo Carvana, que vive um joalheiro e também Maria Gladys e Lícia Magna (adorável em seu último papel no cinema).
É produzido pela Globo Filmes e pelo canal Telecine e tem momentos bem engraçados de situações rotineiras envolvendo vários gaiatos interessados em levar a vida numa boa. Foi um pouco criticado quando foi lançado nos cinemas em setembro do ano passado, pois tem um pouco de aparência de especial da Rede Globo, inclusive com os intertítulos que aparecem de vez em quando para assinalar quantos dias faltam para eles serem despejados do apartamento e pelo elenco todo de atores globais, mas é um detalhe, os atores são bons e o filme é diversão na certa.
Em seguida, Carvana dirigiu Não se preocupe, nada vai dar certo (2011) com Tarcísio Meira e Gregório Duvivier, que teve críticas mais favoráveis que esse.
Em seguida, Carvana dirigiu Não se preocupe, nada vai dar certo (2011) com Tarcísio Meira e Gregório Duvivier, que teve críticas mais favoráveis que esse.
Direção: Hugo Carvana. Com: José Wilker, Paulo Betti, Antonio Pedro Borges, Pedro Cardoso, Laura Cardoso, Fernanda de Freitas, Juliana Paes, Agildo Ribeiro, Malu Mader, Cláudio Marzo, Beth Goulart, Arlete Sales e Hugo Carvana. 93 min.
Está chegando o momento de Carvana descansar. Dirigir uma fita é um trabalho dos infernos. E, por sua aparencia em Nada Vai Dar Certo, obseva-se que ele necessita de uma aposentadoria e passar os restos de seus dias desfrutanto tudo o que já vez.
ResponderExcluirFazer A Casa da Mãe Joana, que não vi, em 2003 e somente em 2011 voltar a dirigir, é um sinal mais que específico de que não falei nada que não devesse falar. Hora e época para trabalho, época para recesso. E agora é hora deste recesso, principalmente por muito que ele já deu ao cinema e à TV brasileira.
jurandir_lima@bol.com.br
e muito a casa da mae joana tem cena rui eu gosto
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