Apesar da forma transgressora com que encarnava o sexo tanto em sua vida quanto em seus filmes, Píer Paolo Pasolini era católico e dirigiu no início de sua carreira, uma adaptação fiel da vida de Jesus baseada no Evangelho de São Mateus.
O elenco é formado totalmente por camponeses, muitos deles apáticos e inconvincentes em seus papéis. O filme começa com o anúncio de que Maria conceberá e dará a luz ao filho de Deus, passando pela rejeição inicial de José e a perseguição de Herodes. Essa primeira parte é mais rápida, ainda bem, pois é mais irregular, sendo formada por cenas ligeiras em que depois de mostrar algumas paisagens, os atores são focalizados e num repente dizem seus diálogos.
A segunda parte é bem mais longa, começando com Jesus aos 30 anos, quando Ele começou a pregar e vai até a sua crucificação, mas é também o melhor do filme. Pasolini inovou ao mostrar Jesus de cabelos curtos, ao contrário da maioria dos outros filmes sobre Sua vida, como Jesus de Nazaré e O rei dos reis. Todos os diálogos já são conhecidos de quem lê a Bíblia ou freqüenta alguma igreja, sem muitas novidades.
O evangelho segundo São Mateus não deixa de ser um filme longo com seus 131 minutos, contemplativo e muitas vezes cansativo, mas mesmo assim curioso por ser o único filme religioso de Pasolini que depois faria alguns filmes transgressores.
Aproveito a oportunidade para desejar a todos os leitores e seguidores um Feliz Natal, cheio de muita paz e saúde...
Abraços,
Gilberto.
Gilberto, perdão por não ter vindo aqui te cumprimentar pelo Natal. Eu poderia desfiar um rosário de explicações,sobre correrias de final de ano, tempo escasso para internet, contratempos, pressas, compromissos, afazeres, enfim... Mas não acho que seja o caso. Agradeço seus votos de feliz Natal e te deixo um abraço.
ResponderExcluirLigeia, não precisa se desculpar. Entendo essa correria de final de ano. Também não estou usando muito a net esses dias, mas eu sei da estima que tens por mim e retribuo da mesma forma. Desde já um feliz ano novo e que em 2012 você continue por aqui. Abraço forte!
ResponderExcluirVi este filme de Passoline e ele me passou tão desinteressante que chego a não lembrar de uma cena sequer dele. Não que Pier Paolo tenha sido um cineasta vão. Apesar de seus filmes serem transgressores, conforme cita nosso companheiro Gilberto, eles não deixaram de enviar suas mensagens. Perfeito que mensagens de uma mente alternativa, diferente, mas que foi o cinema que ele soube fazer. Não esquecer que cada mente gira conforme seu comando interno. E Paolo foi mais um homem do cinema guiado por seu interior, por sua mente, seu tema, como Glauber Rocha, Cacá Diegues, Fellini, Warjda, Henry Clouzot, Chaplin, Zinneman, Preminger, Linch, Tim Burton, e muitos outros mais. Cada cabeça um mundo, como dizia minha avó. Foram como foram e nem por isso deixaram de expressar seus trabalhos, suas idéias. jurandir_lima@bol.com.br
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