quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

AS NOVAS TECNOLOGIAS E EU


Não sou contra a modernidade, mas devo confessar que sou meio atrasado quanto às novas tecnologias.

Explico: os LPs já estavam quase deixando de ser fabricados e lançados comercialmente quando eu ganhei de meus pais em 1993, meu primeiro aparelho de som, um 3 em 1, que tocava além dos LPs, as velhas fitas K-7 (quanta pirataria!). A coleção de discos de vinil foi comprada nos sebos, já que as lojas não vendiam mais as “bolachas pretas”. Hoje esse som não funciona mais. Uma pena!
As fitas VHS chegaram ao Brasil em 1987, mas só comprei um videocassete em 2002, quando essas fitas já estavam quase em “extinção”, mesmo assim usei o aparelho por muito tempo, principalmente para gravar os filmes que passaram durante a madrugada: Intercine, Corujão. Não escapava um filme. O aparelho até que ainda funciona, mas não uso mais.

Usei disquete por muito tempo, perdi vários documentos quando eles deixavam de funcionar, até um trabalho da faculdade, então resolvi me render aos pen-drives. Muito mais prático.

Queria aposentar o videocassete, mas os aparelhos de DVD ainda não gravaram, por isso passei um bom tempo esperando para comprar um DVD, até que rendi a um gravador, quando ele se tornou acessível. Gravei centenas de filmes, quase tanto quanto na época do VHS. Só não gravei mais porque o aparelho parou de funcionar. Infelizmente os gravadores nunca foram tão populares quanto os velhos videocassetes. O DVD surgiu no Brasil em 2001, mas só comprei um em 2008!
A TV por assinatura apareceu por aqui no início da década de 90, mas só conheci essa “novidade” uns 15 anos depois influenciado pela curiosidade em poder assistir ao Canal Brasil. Primeiro arrisquei com uma empresa fajuta (melhor não citar o nome), depois com uma consagrada. Na época da faculdade não tinha tempo de assistir e cancelei minha assinatura. Até hoje (uns três anos depois) ainda não “voltei”.


Fiz o curso de datilografia e usei a máquina de escrever (manual) por muito tempo (até 2001), quando fui obrigado a enfrentar o “bicho de sete cabeças” que era o computador, máquina que eu nem sabia ligar. Fiz o curso de informática e hoje tudo parece simples.

Só fui me familiarizar com a internet em 2008 e percebi suas grandes vantagens. No ano seguinte criei este blog, que está entre as coisas que eu mais gosto de fazer na net, juntamente com a visita nos blogs amigos e a descoberta de novas pérolas da blogosfera.

Ninguém gosta muito de assumir, mas eu baixo filmes na internet (e quem não baixa?). Antes convertia para DVD e gravava. Fui juntando pilhas de filmes que não tinham muita utilidade, já que eu não revejo a maioria desses filmes. Hoje salvo tudo no pen-drive e apago depois de assistir. Bendito o aparelho de DVD com entrada USB.

E além das citadas, tem coisas que eu ainda nem conheço. Nunca assisti a um filme em BLuray, não tenho MP3 e nenhum dos MPs que surgiram depois; não tenho TV LCD, LED ou 3D; a internet que uso é de 400 Kbps... Será que sou retrógrado?

6 comentários:

  1. Pode-se dizer que também sou assim, Gilberto. Tenho aparelhagem que toda vinil, marca Sony. Tenho uns 1300 vinis, de 50 a 100 fitas cassete. Prefiro vinil que cd, mas tenho uns 400 e pouco cds originais e mais de 800 em mp3.

    Abraços

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  2. Oi, Gilberto! Não acho que é retrógrado, característica de quem não aceita tecnologias, só não é viciado no mundo tecnológico. Sou bem parecida com você, nesse aspecto. Embora eu tenha um mp3, de 2ª mão e com pouca memória! Um abraço!

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  3. Hahahha... Gilberto, texto sensacional! Parabéns! Tenho q confessar q sou um entusiasta de tecnologias, procuro saber tudo sobre as novas e assim q posso adquiro, mas tb sou um saudosista, principalmente dos LPs, K7 e VHS. Trabalhei em uma locadora no auge do VHS, foram tempos mágicos! Abs e apareça!

    http://espectadorvoraz.blogspot.com/

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  4. Um pouquinho, meu caro, um pouquinho... Mas você não está só: também ainda adio a compra das TVs modernas e só há pouco tempo me rendi a pagar por TV por assinatura (continuo sem tempo de assistir a qualquer coisa - continua dinheiro jogado fora... rs)! Mas tenho 'blue-ray player' (porque meu DVD pifou) e minha 'net' é de 1 mega (em pacote conjunto com a TV e o telefone). Já o VHS só me fez sofrer (dois se acabaram ao cabo de 15 anos, época em que comprei o meu primeiro 'DVD player', um Gradiente já falecido): além das dores de cabeça em mastigar fitas, com o seu "fim", muitos dos exemplares da minha estimada coleção apodreceu no mofo, por falta de uso! Vou parando por aqui, senão uma lágrima rolará em meu rosto... De ódio...

    Ótimo texto, caro quase-xará: identifiquei-me deveras com ele (e contigo, claro, ré, ré:também resisti o quanto pude com algumas "velharias" como o disquete!)! Abração e apareça!

    P.S.: ainda acho o som de LP melhor do que o de CD. E não estou só quanto a este "preciosismo" - tudo bem, tem o chiado podre, mas o som é mais amplo! Tente ouvir um LP original do Chico Buarque de Hollanda e depois ouça o mesmo disco remasterizado em CD...

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  5. Eu não troco meu LP Magical Grafitt do Led Zeppelin por CD nenhum nesse planeta.
    Não tem outra forma de sentir o John Boham como se estivesse tocando a sua bateria dentro da minha casa. É incontestável.
    A pureza que os "sulcos" do Vinyl proporciona é insuperável.
    O efeito do stéreo é único e todos sabem disso.
    Tudo o que escreveram ai nos comentários acima, assino embaixo e passei por tudo isso também e avaliando tudo oque existe hoje ainda assim gostaria de fazer tudo de novo.
    Eu era feliz e não sabia.

    www.bangbangitaliana.blogspot.com

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