sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA?



Direção: Guilherme de Almeida Prado. Com: Maitê Proença, Carolina Dieckmann, Eriberto Leão, Nuno Leal Maia, Imara Reis, Christiane Torloni, Oscar Magrini, Matilde Mastrangi, Cacá Rosset, Carmo Dalla Vecchia e Julia Lemmertz. Drama, 135 min.

A fama e o suceso, bem como a supervalorização das celebridades e sua rápida decadência são discutidos nesse novo filme de Guilherme de Almeida Prado (A flor do desejo), baseado no livro homônimo de Caio Fernando Abreu que também dá nome ao personagem principal. O filme se passa nos anos 80.

Quando sai para entrevistar a cantora lésbica Márcia (Carolina Dieckmann), o jornalista Caio (Eriberto Leão) descobre que esta é filha da grande Dulce Veiga (Maitê Proença) cantora e atriz da década de 60 que desapareceu deixando um filme inacabado. Caio então resolve responder à pergunta que dá nome ao filme. Vai atrás do ex-marido dela (Oscar Magrini) que é gay, do seu amante (Carmo Dalla Vecchia) e das demais pessoas que poderiam ter alguma informação útil. No meio da jornada, se apaixona por Márcia e passa a questionar sobre si mesmo, como se as perguntas que ele quisesse fazer a Dulce fosse também as que ele mesmo tem que responder.


É um drama psicológico com clima de suspense e pitadas homoeróticas. Há três beijos entre Eriberto Leão e Carmo Dalla Vecchia; Oscar Magrini é casado com outro homem e dirige a peça “O beijo no asfalto” de Nelson Rodrigues que também fala do assunto.

O elenco é estelar, com alguns atores em pequenas participações, como Julia Lemmertz na inventiva cena inicial, vivendo a mulher que abando Caio; Christiane Torloni como uma rival de Dulce; Nuno Leal Maia como o empresário que ajuda na carreia de Márcia e Matilde Mastrangi que faz dois papéis e participou de todos os filmes de Guilherme de Almeida Prado (As taras de todos nós – 81; A flor do desejo – 84; A dama do Cine Shangai – 87; Perfume de Gardênia – 92; Glaura – 97 e A hora mágica – 98);

Muito inovadora a estratégia do diretor (apesar de nada lucrativa). Como não tinha previsões para o lançamento do filme em DVD (apesar de a Revista SET ter divulgado esse lançamento em março/2009), ele entrou numa comunidade de download de filmes brasileiros do Orkut e colocou seu filme à disposição para quem quisesse baixar, pois acha que o importante é o público ter a oportunidade de assistir. Coisa que não aconteceu nos cinemas, pois só foi lançado em 3 salas e teve um público de 3.585 pessoas.

Gostei bastante e recomendo. Talvez tenha sido o filme de Guilherme que eu mais gostei.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

QUASE NADA



Direção: Sérgio Rezende. Com: José Augusto Pompeu, Camilo Bevilacqua, Chico Expedito, Genésio de Barroso, Denise Weinberg, Caio Junqueira, Ana Luiza Rabello. Drama, 96 min.

Depois de vários épicos sobre personagens da história brasileira como Tenório Cavalcanti em “O homem da capa preta”, Carlos Lamarca em “Lamarca”, Antonio Conselheiro em “Guerra de Canudos” e o Visconde de Mauá em “Mauá – O imperador e o rei”, o diretor Sérgio Rezende dirigiu esse drama trágico, que é dividido em três episódios intitulados: Foice, Veneno e Machado, que inicialmente seria o nome do filme, mas o título “Quase nada” é bem mais poético e reflete a condição daquelas pessoas humildes.


“Foice” é sobre dois compadres que trabalham roçando pastos e quando um deles (José Augusto Pompeu) é promovido a supervisor, provoca a inveja do outro (Camilo Bevilacqua), levando a um embate mortal utilizando a ferramenta do título.

“Veneno” tem um vaqueiro medroso e atormentado pelo passado (Genésio de Barroso) e sua mulher inconformada pela passividade do marido (Denise Weinberg) como protagonistas. O assassinato de um menino que transporta o leite da fazenda, deflagra a tragédia.

Em “Machado”, um rapaz que cultiva flores (Caio Junqueira) se apaixona por uma moça das redondezas que tem o sonho de ser sempre livre (Ana Luiza Rabello), mas não consegue fazê-la feliz, nem entendê-la. O episódio mais bonito e trágico deles. Caio Junqueira provou com ele que tem talento dramático e abandonou os papéis de adolescentes rebeldes.


No making off de 18 minutos que acompanha o DVD, o diretor que faz uma participação especial no 2º episódio, revela que escreveu o roteiro em quatro dias, baseando-se em histórias acontecidas quando ele era dono de uma fazenda.

O tema é meio mórbido, pois o que move os três episódios é o crime e todos terminam em morte, mas ao mesmo tempo é muito sensível e fala de pessoas anônimas que vivem pelos sertões e se encontram em situações desesperadoras.

O título poderia render um trocadilho infame se o filme fosse ruim, mas como não é, pode-se dizer que Sérgio Rezende consegue quase tudo com histórias tão simples, pouco dinheiro e elenco sem grandes nomes. Vale a pena.



sábado, 25 de agosto de 2012

SEAN CONNERY FAZ 82 ANOS



Thomas Connery (mais tarde conhecido como Sean Connery) nasceu em Edimburgo (Escócia) em 25 de agosto de 1930, filho de um humilde motorista de caminhão. Antes de entrar para a marinha aos 16 anos, foi leiteiro, balconista e até lustrador de caixões. Depois de abandonar a marinha, candidatou-se a Mr. Universo e tornou-se modelo, o que possibilitou sua estreia no cinema em 1953 no filme “No road back”.


Em 1962 foi contratado para viver um de seus papéis mais conhecidos, o agente James Bond em “007 contra o satânico Dr. No” e depois em “Moscou contra 007” (1963), “007 contra Goldfinger” (1964) e “007 contra a chantagem atômica” (1965). Percebendo que podia tornar-se um escravo do personagem, participou de “Marnie – Confissões de uma ladra” (1964) de Alfred Hitchcock e “Sublime loucura” (1966). Como esses dois filmes foram fracasso de bilheteria, retornou a James Bond em “Com 007 só se vive duas vezes” (1967).


Com o fracasso de George Lazenby como James Bond em “007 a serviço secreto de sua majestade” (1969), os produtores o convenceram a voltar em “007 – Os diamantes são eternos” (1971). Conseguiu a seguir sucesso fora da série, em “Até os deuses erram” (1972), “Zardoz” (1973), “O homem que queria ser rei” (1975) e “Robin e Marian” (1976). Tinha prometido nunca mais encarnar James Bond, mas mudou de ideia depois de receber um cachê milionário para “Nunca mais outra vez”, um título irônico que brincava com sua recusa. Os fãs não gostaram do filme, que foi um fracasso. Sean não retornaria mais como o agente secreto inglês.


Venceu o Oscar de ator coadjuvante por “Os Intocáveis” em 1987 e em 1989 encarnou o pai de Indiana Jones em “Indiana Jones e a última cruzada". Participou ainda dos sucessos: “O nome da rosa”, “Sol nascente”, “A casa da Rússia”, “Coração de dragão”, “Corações apaixonados”, “Lancelot – O primeiro cavaleiro”, “Encontrando Forrester”, “A rocha”, “Armadilha” e no muito criticado “A liga extraordinária” (2003), seu último filme, pois Sean se aposentou (para aproveitar a vida, segundo ele mesmo), apesar de ter dublado a animação Sir Billi, ainda inédita.

Ganhou da rainha da Inglaterra o título de Sir, então vida longa ao Sir Thomas Sean Connery.




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TEREZINHA DE JESUS X TEREZINHA



Sou grande admirador do compositor e cantor Chico Buarque, principalmente de “O que será (À flor da pele)”, “O que será (À flor da terra)”, temas do filme “Dona Flor e seus dois maridos”, “Eu te amo”, tema do filme homônimo de Arnaldo Jabor, a ‘espanta-tristeza’: “A banda”, “Maninha”, “Olhos nos olhos”, mas guardo especial carinho por “Teresinha”, gravada por Maria Bethânia em 1977. Nela Chico faz uma releitura da cantiga ‘Terezinha de Jesus’ em que a protagonista é salva por três vezes e na última encontra o amor de sua vida, o que também acontece na música ‘Teresinha’ em que uma mulher recebe três pretendentes e o último é o homem de sua vida. Comparem as duas músicas:


TEREZINHA DE JESUS

TEREZINHA


Os Trapalhões fizeram um clipe muito engraçado dessa música, também na voz de Maria Bethânia:


Recomendo o livro “CHICO BUARQUE – LETRA E MÚSICA” em que foram publicadas todas as letras de música compostas por ele até o ano de 2004, quando o livro foi lançado.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DIRETORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 3



Filho dos produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, irmão do diretor Fábio Barreto (Lula – O filho do Brasil) e casado com a atriz Amy Irving, BRUNO BARRETO mudou-se para os Estados Unidos em 1990, depois de quase duas décadas de sucesso no cinema nacional, inclusive com o filme de maior bilheteria da história do nosso cinema, “Dona Flor e seus dois maridos”. Conheceu sua mulher no primeiro filme americano que dirigiu, “Assassinato sob duas bandeiras” (1990) que também tinha no elenco Andy Garcia. Em 1993 dirigiu o telefilme “O coração da justiça” com a novata Jennifer Connelly e Dennis Hopper, que em seguida participaria do filme mais elogiado de Bruno, o sensível “Atos de amor”, baseado no livro de Jim Harrison, onde vive um professor dividido entre o amor de uma aluna e de uma viúva. Esse era também o filme preferido de Dennis Hopper. Em 1997, Bruno voltou ao Brasil para dirigir “O que é isso, companheiro?”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas no ano seguinte já estava nos Estados Unidos para dirigir “Entre o dever e a amizade” com Stephen Baldwin e Amy Irving e em 2003, o muito criticado “Voando alto” com Gwyneth Paltrow e Mike Myers. Com o fracasso desse filme, retornou ao Brasil, onde dirigiu “O casamento de Romeu e Julieta” (2005), “Caixa dois” (2007) e “Última Parada: 174” (2008). Atualmente está filmando The art of Losing estrelado por Glória Pires e Miranda Otto falado em inglês e português


O diretor SÉRGIO TOLEDO é filho da atriz Beatriz Segall e do dramaturgo Maurício Segall e neto do pintor Lasar Segall. Após o sucesso internacional de “Vera” (1987) que deu o prêmio de melhor atriz para Ana Beatriz Nogueira no Festival de Berlim, Sérgio foi convidado para dirigir o telefilme “A guerra de um homem” (1991), que tinha no elenco Anthony Hopkins, Norma Aleandro e Fernanda Torres, mas o diretor brigou com o ator principal, mal pôde finalizar o filme e não dirigiu nada mais depois disso, nem no exterior, nem aqui.


HEITOR DHALIA fez muito sucesso no Brasil com seus primeiros Nina (2004), À deriva (2006) e O cheiro do ralo (2009), então aceitou convite para estrear no cinema no suspense 12 horas (2012) estrelado por Amanda Seyfried, onde revelou que não tinha nenhuma liberdade criativa. Atualmente está pré-produzindo Serra Pelada que terá Wagner Moura e Daniel de Oliveira no elenco.


Mas com certeza, ALBERTO CAVALCANTI é o diretor brasileiro de maior sucesso no exterior e o precursor de todos os outros, mas mesmo assim muitos de seus filmes ficaram inéditos aqui no Brasil e ele não obteve o reconhecimento que merecia. Nasceu no Rio de Janeiro, formou-se arquiteto em Genebra e estudou Belas Artes em Paris, onde estreou no cinema como assistente de direção. Em 1926 dirigiu seu primeiro filme: “Le train sans yeux” e depois um filme em português: “A canção do berço” (1930), seguido de vários outros filmes franceses e ingleses. Apesar do sucesso internacional, esses filmes são mal conhecidos aqui e suas produções brasileiras são bem mais famosas: “Simão, o caolho” (1952); “O canto do mar” (1953); “Mulher de verdade” (1954); “A rosa dos ventos” (1956), além do projeto do filme “O Judeu”, que foi realizado anos depois por seu amigo Jom Tob Azulay e lançado em 1995 e do roteiro do documentário “Brasília”, filmado em 1985 por Antonio Carlos da Fontoura, três anos depois da morte de Alberto em Paris.




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DIRETORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 2



“Cidade de Deus” (2002) chamou a atenção do mundo todo pela sua inovadora linguagem e FERNANDO MEIRELLES virou queridinho dos ingleses ao dirigir em 2005, a adaptação do livro de JohnLe Carré, “O jardineiro fiel” que deu o Oscar de melhor atriz para Rachel Weisz e denunciava as experiências ilegais feitas com humanos pelas indústrias de remédio na África. Em 2008 dirigiu outra adaptação, dessa vez do livro de José Saramago, “Ensaio sobre a cegueira”, co-produção Brasil/ Canadá/ Japão que tem no elenco Julianne Moore, Mark Rufallo, Alice Braga, Danny Glover e Gael Garcia Bernal. Fernando que também é produtor e um dos fundadores da produtora O2 se mostrou desacreditado em continuar produzindo no Brasil depois que o filme Xingu não conseguiu atrair nem 400 mil espectadores e disse que atualmente está sendo mais fácil filmar no exterior. Hoje estreia no Brasil 360 que tem em seu elenco Anthony Hopkins, Rachel Weisz, Jude Law e Maria Flor que é baseado em A ronda e já foi filmado várias vezes anteriormente, inclusive por Roger Vadim.


VICENTE AMORIM vinha fazendo assistência de direção desde 1987 em filmes côo “Luar sobre Parador” e “Brincando nos campos do Senhor”, até que dirigiu seu primeiro longa, “O caminho das nuvens” sobre uma família que percorre 3200 km de bicicleta da Paraíba até o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. Em 2008 dirigiu a co-produção Inglaterra/ Alemanha, “Um homem bom” que tinha no elenco Viggo Mortensen vivendo um homem que mesmo sem querer acabou colaborando com o regime de Adolf Hitler. Mas depois disso retornou ao Brasil para dirigir Corações sujos (2011), que também estréia hoje.


O animador brasileiro CARLOS SALDANHA estreou como co-diretor em “A era do gelo” (2002) e como o filme fez grande sucesso, ganhou duas continuações em 2006 e 2009, estas já dirigidas só por ele. Além da co-direção de “Carros” (2005) e do grande sucesso da animação “Rio”, que infelizmente não levou o Oscar de melhor canção original. A era do gelo ganhou uma 4ª parte que não foi dirigida por ele, onde só atuou como produtor.


HENRIQUE GOLDMAN é radicado na Europa, onde dirigiu seu primeiro filme, a co-produção Brasil/ Itália/ Alemanha, “Princesa” (1999) sobre a situação dos travestis brasileiros que se prostituem na Itália; em seguida a co-produção Brasil/ Inglaterra, “Jean Charles” (2009), sobre o brasileiro morto por engano pela polícia britânica em 2005, que foi mais um grande papel para Selton Mello. Em 2011 criou a série de Tv Brazukas, co-produção Brasil/ Reino Unido.

Continua...




terça-feira, 14 de agosto de 2012

DIRETORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO



"Pixote - A lei do mais fraco” recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, incluindo o da Associação de críticos de Los Angeles, de Nova York e de Boston. Além da protagonista do filme, Marília Pêra ter sido reconhecida como a melhor atriz pelos críticos dos Estados Unidos e de Boston. Todo esse reconhecimento abriu as portas do cinema americano para o diretor HECTOR BABENCO que dirigiu em 1985 a co-produção Brasil/EUA, “O beijo da mulher aranha” que é baseado no livro de Manuel Puig, compatriota de Hector que é argentino de nascimento, mas naturalizado brasileiro. O filme foi sucesso no mundo todo e deu o Oscar de melhor ator para Willian Hurt. Em 1987, Hector dirigiu o drama “Ironweed” protagonizado por Meryl Streep e Jack Nicholson e em seguida “Brincando nos campos do Senhor” (1989), filmado na Amazônia e que também tinha elenco internacional: Aidan Quinn, Daryl Hannah, Tom Berenger, Kathy Bates, John Lithgow e Tom Waits, além dos atores brasileiros. Infelizmente esses dois filmes não fizeram muito sucesso e na década seguinte, o diretor voltou para as co-produções Brasil/Argentina: Coração Iluminado (2006) e mais recentemente “O passado” (2007). 


O filme “Central do Brasil” (1998) recebeu dezenas de prêmios, além das indicações para o Oscar de melhor filme e melhor atriz para Fernanda Montenegro, o que visibilidade internacional a WALTER SALLES que em 2004 dirigiu a co-produção Argentina/ EUA/ Chile/ Peru/ Brasil/ França/ Alemanha/ México, Diários de Motocicleta sobre a viagem de Che Guevara e seu amigo Alberto Granado pela América do Sul e em seguida o suspense “Água Negra” que era refilmagem de um filme japonês e foi muito criticado por ser um terror psicológico em vez de explícito. Recentemente estreou no Brasil, “Na estrada” que tem no elenco Kristen Stewart, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Steve Buscemi e Alice Braga. 

Continua...

domingo, 12 de agosto de 2012

PAIS INESQUECÍVEIS




O cinema sempre apresentou a relação entre pais e filhos, às vezes de forma harmoniosa, outras de forma atribulada, mas sempre com muito amor. Vamos recordar alguns deles e quem sabe chamar nossos pais para ver juntos...

Steve Martin em O pai da noiva

Roberto Benini em A vida é bela

Dustin Hoffman em Kramer Vs. Kramer

Adam Sandler em O Paizão

Will Smith em À procura da felicidade

Angelo Antonio em 2 filhos de Francisco




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ATORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 3



RODRIGO SANTORO depois de fazer várias novelas e mini-séries na Rede Globo foi descoberto pelos americanos numa ponta quase sem falas em “As panteras detonando”. Em seguida vieram pequenos papéis como o de “Em Roma na Primavera” (filme inglês feito para a televisão) e no belo “Simplesmente amor”. Depois de 3 anos de intervalo, retornou com o papel do vilão Xerxes em “300”, e em 14 episódios da série “Lost”, num papel sem pé nem cabeça que morre sem dizer a que veio. Tem se dedicado quase exclusivamente ao cinema americano: as duas partes de “Che”, “Centurião vermelho”, “Leonera”, “O golpista do ano” e “Recém-formada”, mas apesar de falar inglês fluentemente não tem papéis significativos. Em “O golpista do ano” seu nome aparece em terceiro lugar nos créditos, mas seu personagem desaparece logo de cena e em "O que esperar quando você está esperando" que estreou há poucos dias tem muitas falas, o que acabou calando a boca de seus detratores.


ALICE BRAGA é sobrinha de Sonia Braga e filha da atriz Ana Braga que participou de “O beijo da mulher aranha” e de “Cabeça a prêmio” de Marco Ricca. Alice estreou no cinema em “Cidade de Deus” (2002) e já em 2006 participou da co-produção Brasil/Argentina “Só Deus sabe” e de “12 horas até o amanhecer”, filme americano feito no Brasil. No ano seguinte fez “Rummikub" (que eu não conheço) e de “Eu sou a lenda”, como co-protagonista ao lado de Will Smith. Sua carreia estrangeira dá mostras de ser muito bem sucedida, apesar do pequeno papel de mexicana em “Território Restrito”. Está em cartaz nos cinemas com “Na estrada” de Walter Salles.


GISELE ITIÊ nasceu no México, mas veio para o Brasil com quatro anos de idade. Estreou nas novelas da Rede Globo e ultimamente protagonizou “Bela, a feia”, adaptação da colombiana “Betty, a feia” na Record. Está em cartaz nos cinemas como a mocinha do polêmico filme de Sylvester Stallone, “Os mercenários” que teve várias cenas filmadas no Brasil.


Já JULIANA PAES ainda “engatinha” nesse quesito. Participou da estreia de Márcio Garcia como diretor, “Amor por acaso” que foi rodado nos Estados Unidos com um elenco internacional, mas depois disso não prosseguiu no cinema internacional. Atualmente é a protagonista do remake de Gabriela.


MORENA BACCARIN nasceu no Rio de Janeiro em 1979 e está radicada nos Estados Unidos desde os sete anos. Atuou no filme Serenity (2005), mas o seu forte são as séries de TV, como Firefly, O.C. Um estranho no paraíso, Stargate SG-1, V e Homeland, as que fizeram seu nome ser conhecido.


FERNANDA ANDRADE nasceu em São José dos Campos em 1984 e mudou-se para os Estados Unidos aos 11 anos. Aos 16 já tinha estreado For love or country da HBO, além de outros telefilmes e algumas séries de Tv, mas só alcançaria o sucesso como a protagonista do Terror Filha do Mal (2012), que fez grande sucesso de bilheteria.


WAGNER MOURA estreou nos longas metragens com Sabor da paixão, o filme americano estrelado por Penelope Cruz e filmado na Bahia. Depois tornou-se um dos atores mais prestigiados do cinema brasileiro, estrelando filmes como O caminhos das nuvens, Cidade baixa, Saneamento básico - O filme e Tropa de elite que fez enorme sucesso inclusive no exterior onde venceu um prêmio no Festival de Berlim. Atualmente está em pós-produção Elysium, sua estreia no cinema americano, ao lado de Matt Damon, Jodie Foster e Alice Braga. Em seguida participará de Fellini Black and white e do longa brasileiro Serra Pelada, sinal de que ele não pretende abandonar o cinema brasileiro.

Leia também:

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ATORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 2



















Em 1983, SONIA BRAGA estrelou ao lado de Marcello Mastroianni a co-produção Brasil/Itália, “Gabriela” que foi muito criticado, mas começou a chamar a atenção dos estrangeiros, o que aconteceu efetivamente com “O beijo da mulher aranha” (1985) que era falado em inglês e deu uma indicação a ela, do Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante. Depois disso mudou-se para os Estados Unidos e construiu carreira bastante significativa e duradoura, com destaque para “Luar sobre Parador” (filmado no Brasil), “Rebelião em Milagro”, “Rookie – Um profissional do perigo”, “Amazônia em chamas” (também filmado no Brasil) e tantos outros, mas nunca teve a atenção que merecia e creio que no Brasil teria sido mais reconhecida, apesar de ter reclamado há pouco que ficou aqui por um ano e não foi convidada para nada, além de um episódio da séria “As Cariocas” e outro de "Tapas e beijos".



FERNANDA MONTENEGRO fez sucesso no mundo todo com “Central do Brasil” e foi indicada ao Oscar de melhor atriz, mas recusou várias propostas para trabalhar no exterior, até “O amor nos tempos do cólera” (2007) que não fez sucesso de público, nem de crítica. 



Sua filha, FERNANDA TORRES depois de ter vencido o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por “Eu sei que vou te amar” (1986), participou sem muita repercussão de “A mulher do próximo” (1989) e “A guerra de um homem” (1991), mas desistiu da carreira internacional e continuou com grande sucesso nos filmes brasileiros, como “Os Normais” e “Saneamento Básico – O filme”. Atualmente está fazendo grande sucesso no seriado "Tapas e beijos".



DENISE DUMMONT participou de “O beijo da mulher aranha” e chamou a atenção de Woody Allen com quem fez uma ponta interpretando Carmen Miranda cantando Tico tico no fubá em “A era do rádio” (1986). Em seguida participou de “Allnighter” (1987), “Coração da meia-noite” (1988) de Matthew Chapman com quem se casou, mas apesar de ser casada com um diretor, ficou dez anos afastada do cinema até 1998, quando participou de “Heartwood” (1998) e retornou ao Brasil para produzir o documentário “O homem que engarrafava nuvens” sobre seu pai, o compositor Humberto Teixeira, um dos mestres do baião. Em seguida participou de um episódio de "As brasileiras".



MURILO BENICIO depois de várias novelas na Rede Globo, participou do desastroso “Sabor da Paixão”, como par romântico de Penélope Cruz. O filme foi rodado na Bahia e tinha outros brasileiros no elenco. Em 2006, participou do holandês “Paid”, mas depois disso, Murilo tem se dedicado somente à televisão onde está atualmente na novela "Avenida Brasil".

Continua...


domingo, 5 de agosto de 2012

ATORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO


O Brasil sempre exerceu grande fascínio entre os estrangeiros e o sonho de muitos deles era morar aqui, casar com uma brasileira ou pelo menos visitar o país. Foram muitos os filmes estrangeiros feitos aqui, fato que ajudou a distorcer a imagem do Brasil lá fora, já que a representação não era realista e só havia na maioria desses filmes, macacos, mulheres seminuas e candomblé.

Vários atores e atrizes conseguiram fazer carreira significativa no cinema internacional, por terem chamado atenção em filmes brasileiros exibidos com sucesso lá fora ou pelas nossas novelas.

A primeira brasileira tipo exportação foi com certeza CARMEN MIRANDA, a pequena notável, que na verdade nasceu em Portugal, mas veio para o Brasil com um ano de idade e começou aqui carreira de grande sucesso como cantora e atriz de filmes carnavalescos da década de 30, quando foi descoberta pelos americanos no filme “Serenata tropical” (1940) em que interpretava uma argentina. Depois desse, vieram mais 12 filmes com destaque para “Aconteceu em Havana”, “Copacabana” e “Morrendo de medo” (seu último filme), quase todos no papel de latina espalhafatosa.


















Com o sucesso alcançado com o Cinema Novo e a longa nudez frontal que protagonizou em “Os cafajestes” (1962), NORMA BENGELL fez carreira duradoura na Itália onde estreou em “Il Mito” (1963) e em 13 outros filmes até 1975, mas nenhum deles significativo ou que se compare aos filmes brasileiros que fez, como “Noite Vazia” (1964), “Paixão na Praia” (1971), “A casa assassinada” (1971) e “Eros – O Deus do Amor” (1981)


A cearense FLORINDA BOLKAN, que no Brasil assinava como Florinda Bulcão, já estreou no cinema num filme italiano, “Uma ragazza piuttosto complicada” (1968) e obteve grande sucesso no mundo todo com “Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita” (1970) e “Anônimo Veneziano” (1670). Nos intervalos filmava no Brasil: “Os deuses malditos” (1969), “Prisioneiro do Rio” (1987), um filme americano feito aqui e mais recentemente “Eu não conhecia Tururu” (2000), sua estreia como diretora.

CONTINUA...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FIMES ASSISTIDOS EM JULHO




01.      Soy Cuba – O mamute siberiano **
02.      São Bernardo (1971) ***
03.      Luzes da cidade ***
04.      O fim e o princípio *
05.      Motoqueiro fantasma 2 – Espírito de vingança (2012) **
06.      Uma loira para três (1933) *** ½ 
07.      Surpresa em dobro ***
08.      Sei que vou te amar ***
09.      Identidade paranormal **
10.      Um beijo roubado *** ½
11.      Festa de família ****
12.      Na hora da zona morta ***
13.      Menina bonita (Pretty baby) ***
14.      Táxi driver ***
15.      P.S. Eu te amo *** ½
16.      O preço da traição (Chloe) ***
17.      33 (2003) **
18.      A Rainha ****
19.      A garota da capa vermelha **
20.      O pior trabalho do mundo **
21.      Salve-me ***
22.      Ponyo – Uma amizade que veio do mar ***
23.      Weekend ***
24.      Letra e música ****
25.      O franco atirador ***
26.      Leões e cordeiros **
27.      A volta ao mundo em 80 dias – Uma aposta muita louca **
28.      Espelho, espelho meu ***
29.      Casos e casamentos ****
30.      Safe – O indomável ***
31.      O espetacular homem aranha ****
32.      Cartas para Julieta *** ½
33.      O retrato de Dorian Gray (2009) ***
34.      Spartacus (1960) ****
35.      Preciosa – Uma história de esperança ****
36.      Gato de botas ***
37.      Eu não quero voltar sozinho (2010) ****
38.      O segredo de Brokeback Mountain (2005) *****