segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

SÓ DEUS SABE


Direção: Carlos Bolado. Com: Digo Luna, Alice Braga, Maria Dealves (Alves), Ângela Coréia e Chica Xavier. 113 min.

Em um dado momento de “Só Deus sabe” uma personagem diz: “Isso aqui está parecendo uma novela mexicana”. Claro que isso pode ter sido uma brincadeira, já que se trata de uma co-produção México/Brasil, mas é esse o espírito do filme: o de uma novela mexicana, com suas choradeiras e conseqüentes tragédias.

Dolores (Alice Braga) tem um caso com um homem casado e durante uma balada, tem o carro roubado e perde o passaporte que é encontrado por Damián (Diego Luna). Este consegue se envolver com Dolores, mas esconde que está com seu passaporte, pois sabe que quando ela descobrir não vai perdoa-lo.
A história começa no México, depois passa pelos Estados Unidos e termina no Brasil, no que é basicamente um filme de estrada. Pelo menos a língua de cada país é preservada e quando eles chegam no Brasil, os personagens falam português e não espanhol ou inglês como acontece na maioria dos filmes americanos filmado aqui, claro que é uma co-produção, então os dois países tem o direito de intervir.


O roteiro é muito fraco e não foge de nenhum estereótipo. Dolores volta para o Brasil e depois que sua avó morre, ela consequentemente descobre que ela tinha ligações com o candomblé, então começa a investigar mais sobre o assunto com Duda (Maria Alves de “O seqüestro”, que agora depois de tantos anos de carreira, passa a assinar como Maria Dealves) e a mãe de santo vivida por Chica Xavier. Isso não é nenhuma novidade, já que os estrangeiros pensam que todos os brasileiros frequentam o terreiro ou são adeptos do candomblé. Pensamento introjetado por filmes como “Feitiço do Rio”, “Sabor da paixão” e tantos outros que sempre mostraram esse lado excêntrico do Brasil. E “Só Deus sabe” não tenta nem um pouco mudar esse pensamento.

Além disso, há uma gravidez inesperada, a inevitável dúvida sobre o aborto, uma mãe fútil e um câncer que ameaça estragar a felicidade de todo mundo e traz mais dramas e lágrimas.

O casal central é simpático e protagoniza cenas calientes de sexo. Alice Braga fala bem o espanhol e Diego Luna (E sua mãe também) arrisca só algumas palavras em português. Ela teve mais sorte que ele na carreira internacional. Depois deste, participou de “Eu sou a lenda” com Will Smith, “12 horas até o amanhecer”, com Brendan Fraser e “Território restrito” com Harrison Ford e está em cartaz com Elysium. É sobrinha de Sonia Braga e filha de Ana Maria Braga, que participou de “O beijo da mulher aranha” e agora assina como Ana Braga no filme de Marco Ricca, CABEÇA A PRÊMIO.




2 comentários:

  1. Realmente a trama parece uma indigesta novela mexicana.

    Abraço

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  2. Viiixiii... com esse enredo à la drama de novela mexicana, passo longe! hahaha Fico imaginando onde descobre tantos filmes! Um abraço!

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