quarta-feira, 25 de maio de 2016

OS VENCEDORES DO FESTIVAL DE CANNES

Ken Loach

O filme "I, Daniel Blake", do diretor Ken Loach, recebeu a Palma de Ouro na 69ª edição no Festival de Cannes neste domingo (22). O longa desbancou o brasileiro "Aquarius", do cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho, que também estava na disputa.

Já Sônia Braga, bastante elogiada por sua atuação como protagonista de "Aquarius", não recebeu o prêmo de melhor atriz, ganho pela filipina Jaclyn Jose, pelo longa “Ma’Rosa”.
Palma de Ouro

O vencedor da Palma de Ouro conta a história de Daniel Blake, um marceneiro inglês que, aos 59 anos, sofre um ataque do coração no meio do trabalho e quase morre.

Às voltas para se desvencilhar da burocracia e conseguir auxílio do governo pela primeira vez em sua vida, Blake se envolve Katie. Mãe solteira de duas crianças, Daisy e Dylan, a mulher topa se abrigar na casa dele para fugir das condições precárias de moradia em que se encontrava.

Mendonça Filho e Sônia protagonizaram, ao lado do restante da equipe de "Aquarius", um protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff durante a estreia do filme.

Os outros brasileiros concorrendo se saíram melhor. No sábado (21), o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, ganhou o “Olho de Ouro” do Festival de Cannes. O filme trata do movimento cinematográfico nascido no Brasil que revolucionou a criação artíticas nos anos 1960 e 1970.

O filme, de 90 minutos, é um ensaio poético sobre o movimento cinematográfico, e inclui trechos de filmes da época e depoimentos de seus principais expoentes, como Nelson Pereira do Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Walter Lima Jr., Paulo César Saraceni e Glauber Rocha, pai do realizador.

Outro representante do Brasil no 69º Festival de Cannes, "A moça que dançou com o diabo", que concorria na categoria de curta-metragem, não ganhou o prêmio principal, mas ganhou uma distinção do júri.

Com duração de 14 minutos, o curta dirigido por João Paulo Miranda Maria é inspirado em uma lenda urbana de São Carlos (SP): a história de uma garota de família religiosa que, na noie de Sexta-feira da Paixão, dança com um forasteiro que mais tarde revela ser o diabo.


GRANDE PRÊMIO
Xavier Dolan levou por “Juste la Fin du Monde”. Uma produção de Canadá e França, o filme conta e história de um escritor que está próximo da morte e volta a sua cidade natal após 12 anos de ausência.

MELHOR DIRETOR
Olivier Assayas foi o ganhador por “Personal Shopper”, estrelado por Kristen Stewart. Filme produzida pela França mostra uma jovem que odeia seu trabalho e acaba de perder o irmão, morto em um ataque cardíaco.

Ela vê fantasmas, recebe mensagens de texto misteriosas e se envolve em um assassinato brutal enquanto passa pelo que sua intérprete descreveu como uma "crise de identidade".

MELHOR ROTEIRO
Asghar Farhadi recebeu o prêmio de melhor roteiro pelo filme “Forushande”. A produção de origem franco-iraniana se passa em Teerã. O casal Emad e Ana são forçados a sair de seu apartamento e se mudar para o centro da cidade.

PRÊMIO DO JURI
A diretora Andrea Arnold ganhou o prêmio por “American Honey”. O filme britânico mostra a história de adolescente amaericana que vende assinaturas de revista de porta em porta. Ela acaba se envolvendo com grupo de arruaceiros.

MELHOR ATOR
O ganhador foi o iraniano Shahab Hosseini, por “Forushande”. Filme também levou prêmio de melhor roteiro e conta hisoria de iranianos obrigados a deixar sua casa e mudar para o centro de Teerã.


MELHOR ATRIZ
A filipina Jaclyn Jose foi a premiada pelo longa “Ma’Rosa”, desbancando a brasileira Sônia Braga, que teve sua atuação como protagonista de "Aquarius" elogiada. O filme filipino se passa em Manila e segue a história de uma mãe de 4 filhos que tem uma pequena loja de conveniências.

CURTA METRAGEM
O ganhador da noite nessa categoria foi o diretor espanhol Juanjo Gimenez, pelo filme “Timecode”. O brasileiro João Paulo Miranda Maria concorria com “A Moça que dançou com o Diabo”, mas não levou, mas recebeu uma distinção do júri. Produção espanhola, Timecode mostra rotina de dois guardas de um estacionamento, Luna e Diego.

CÂMERA DE OURO
A vencedora da categoria Câmera de Ouro, que premia o melhor filme de um diretor estreante no Festival de Cannes, foi a diretora Hounda Benyamina, por “Divines”. Produção francesa conta a história de mulher que começa a se envolver no mundo das drogas. 
Documentário

O documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, sobre o movimento cinematográfico nascido no Brasil que revolucionou a criação artíticas nos anos 1960 e 1970, já havia sido anunciado o ganhador neste sábado (21) o “Olho de Ouro” do Festival de Cannes.



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