segunda-feira, 23 de maio de 2016

MICHEL TEMER ANUNCIA A RECREAÇÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA


O governo do presidente em exercício Michel Temer anunciou neste sábado (21) que vai recriar o Ministério da Cultura. O Minc havia sido transformado em secretaria, incorporada aoMinistério da Educação, o que havia provocado uma onda de protestos.

Durou uma semana. Assim que tomou posse, no último dia 12, o presidente em exercício, Michel Temer, transformou o Ministério da Cultura em uma secretaria ligada ao Ministério da Educação.
A mudança provocou uma onda de protestos em todo o país.

Houve manifestações e ocupações de prédios do ministério em 21 capitais.

Artistas, produtores culturais, estudantes e integrantes de movimentos sociais se juntaram para reclamar da decisão.
No Rio de Janeiro, eles ocuparam o Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Cultura na cidade. Na noite de sexta-feira (20), teve show de vários artistas, como Caetano Veloso.


Um grupo de artistas e a Associação dos Produtores de Teatro escreveram uma carta aberta para pedir a volta do Ministério da Cultura. Na carta, eles afirmavam que o ato promoveu um retrocesso de 30 anos. O documento dizia ainda que a alegada demanda por uma máquina pública enxuta não pode justificar o desmonte de uma estrutura fundamental dedicada à guarda e preservação da identidade nacional.

O Ministério da Cultura havia sido extinto em um corte promovido pelo presidente em exercício Michel Temer, que reduziu o número de ministérios de 32 para 23, quando tomou posse. Segundo o governo, o corte era para reduzir os gastos.

O governo vai recriar o Ministério da Cultura por medida provisória, que ainda vai ser publicada.

Assim que souberam da notícia da recriação do Ministério da Cultura, artistas, em sua maioria, foram cautelosos e se manifestaram em entrevistas nos jornais e nas redes sociais.

A cantora Daniela Mercury comemorou: “O Minc voltou”.

A produtora cultural Paula Lavigne, presidente da associação Procure Saber, disse que está contente e que a cultura não é um custo desnecessário para o Estado. Que gera empregos e paga impostos.

Ao jornal Estado de S. Paulo, a cineasta Anna Muylaert disse que quando artistas pediram a volta do ministério estavam falando de políticas de democratização e descentralização que vinham sendo praticadas. E que antes de celebrar a volta do Minc, é preciso saber que Minc será esse.

Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz Fernanda Torres disse que o presidente em exercício deve ter se arrependido muito com a extinção desse ministério. E que ele não achava que o fim do Minc tivesse a capacidade de mobilizar a opinião. “Não teve outro jeito”, concluiu.

Um comentário:

  1. Acabar com o Ministério da Cultura foi a 1ª grande derrapada do governo dele.

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