segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CINEMA PARADISO (Itália/ França, 1989) ****


Direção: Giuseppe Tornatore. Com: Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio, Drama, 123 min.

Um dos filmes indispensáveis a qualquer amante da sétima arte que se preze. Vencedor de dezenas de prêmios como o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e o grande prêmio do Júri no Festival de Cannes. A lista completa dos prêmios é mostrada no início do filme.

Um produtor de cinema, Salvatore (Jacques Perrin) recebe a notícia da morte de seu grande amigo Alfredo (Philippe Noiret dublado) que lhe ensinou a amar o cinema na época em que trabalhava como projecionista em sua cidade natal. Um longo flashback mostra a vida desse personagem desde quando era criança (vivido pelo adorável Salvatore Cascio que padeceu do mal que acomete várias crianças famosas, o de desaparecer depois que começam a crescer), quando acompanhava as sessões do cinema Paradiso, mas não se deu por satisfeito enquanto não conseguiu trabalhar também como projecionista, já que sua paixão por cinema ia além, ele queria estar envolvido mais diretamente no processo.

O título original é NUOVO CINEMA PARADISO, que é explicado depois de um tempo de projeção, quando o primeiro cinema pega fogo e um homem que ganhou na loteria promove a sua reabertura.

O menino apelidado de Totó (parece nome de cachorro) é coroinha nas horas vagas e cochila durante as missas, já que passa as noites no cinema. Quando ele se torna adolescente sua atenção é dividida pelo amor que sente por uma colega de colégio, que ele passa a ficar todos os debaixo debaixo de sua janela até que ela se apaixone por ele, o que realmente acontece, mas quando ela tem que se mudar, o romance fica abalado. Há uma versão estendida com meia hora a mais que mostra o reencontro do casal depois de adultos, mas essa versão não foi lançada em DVD e o espectador sente falta de uma resolução desse amor.

O padre local assistia com antecedência aos filme e mandava que fossem cortadas todas as cenas de beijo, sob vaias da plateia. Salvatore recebe de presente de Alfredo um copião com essas cenas, que são mostradas ao final numa seqüência emocionante. Há também durante todo o filme, cenas de dezenas de outras películas que fazem a festa de qualquer cinéfilo.

Uma declaração de amor ao cinema.

4 comentários:

  1. Nem dá pra acreditar que esse post não foi alvo de nenhum comentário. O filme é belíssimo, um dos filmes mais lindos que já vi na minha vida, extremamente sensível e belo na sua mensagem. Sem ser sentimentalóide, emociona até o mais durão dos espectadores, justamente pela sensibilidade e pureza de sentimentos. O ator Philipp Noiret interpretou, com a mesma maestria, o poeta Pablo Neruda em "O Carteiro e o Poeta" (1994), outro filme de rara sensibilidade e beleza que só de lembrar me dá vontade de ver agora mesmo!

    Lindo post,Gilberto!

    ResponderExcluir
  2. Obrigado pelos comentários, Ligéia. Cinema Paradiso é um fime indispensável para quem gosta de cinema. Acredita que eu ainda não vi O carteiro e o poeta? Vou tratar de ver e depois comento... Abraços!

    ResponderExcluir
  3. Veja sim, Gilberto. Depois me diz se não vale também um post, rs...

    Abraços.

    ResponderExcluir
  4. FILME MARAVILHOSO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Essa coia de, não de voltar ao passado, de voltar no tempo pra fechar um ciclo ou um dos ciclos da vida é muitas vezes doloroso, emocionante mas principalmente profundo no sentido da realização. Maravilhoso. É isso !

    ResponderExcluir