sábado, 2 de janeiro de 2010

À PROVA DE MORTE (EUA, 2007) ***

À prova de morte (Death Proof). Direção: Quentin Tarantino. Com: Kurt Russell, Rosário Dawson, Rose McGowan, Zoe Bell e Quentin Tarantino. Ação, 113 min.

Os diretores Quentin Tarantino (Bastardos Inglórios) e Robert Rodriguez (Sin City – A cidade do pecado) se uniram em 2007, para homenagear as Grindhouse, que eram sessões duplas, formadas por filmes de baixo orçamento, com qualidade duvidosa, mas que fazia sucesso entre o grande público, pois eram exibidos dois filmes pelo preço de um.

Grindhouse era inicialmente um filme de 180 minutos composto por “Planeta Terror” de Robert Rodriguez e este “À prova de morte” de Quentin Tarantino, mas foi um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, onde o público saía do cinema depois de Planeta Terror que era o primeiro filme exibido. Então a produtora resolveu lançar os dois separadamente no exterior. No Brasil, só foi lançado nos cinemas o filme de Robert Rodriguez e como não fez muito sucesso, nem lançaram o de Tarantino.


Assisti à Planeta Terror no cinema e achei superior a este que só agora consegui ver em DVD. Dublê Mike (Kurt Russell) é um maníaco com uma cicatriz no rosto que dirige um carro que é à prova de morte, mas só do lado do motorista, como ele mesmo explica a uma moça desavisada que lhe pede carona. Depois de matá-la, ele repete a dose com outras quatro garotas que bebiam em um bar. Então o filme dá a impressão de começar de novo. São apresentadas outras quatro garotas que só querem se divertir e são apaixonadas por carros e pelos filmes que falam desse assunto, como “Corrida contra o destino”, “Fuga alucinante” e “60 segundos” (a primeira versão e não a porcaria com a Angelina Jolie, como explica uma das personagens). Essas garotas também são dublês, o que é curioso já que uma delas, Zöe Bell foi dublê de Uma Thurman em “Kill Bill”, também de Tarantino. Quando Mike as vê pelo binóculo sente que vai torturar e matar novamente, mas não é bem o que acontece, pois as meninas são destemidas e não deixam por menos.

Claro que é meio sádico dizer isso, mas é prazeroso ver o dublê Mike passar pelas mesmas coisas que ele impingiu a suas vítimas e essa é a melhor parte do filme. O resto é formado por muito falatório, que é característico a Tarantino, mas que nem por isso (ou por causa disso) é chato, pois ele recheia os diálogos com referências pop.

Como disse antes, é inferior a “Planeta Terror”, mas ainda assim, se assiste com grande interesse, pois como dizem, Tarantino por pior que seja, ainda é um Tarantino...

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