Nos anos 80, os filmes para jovens fizeram muito sucesso no cinema brasileiro, começando em 1982 com “Menino do Rio” de Antonio Calmon, que deu visibilidade a uma nova geração de atores, como André diBiase, Cláudia Ohana e Cláudia Magno, que deu origem à fadada continuação “Garota dourada”. O rock era sinônimo desses filmes que geralmente eram musicais e tinham a trilha sonora repleta de hits do momento, o que era o caso de “Areias escaldantes”, “Bete balanço”, “Rockmania”...
Atualmente esses filmes voltaram à moda e mesmo não atraindo milhões de pessoas aos cinemas, conseguem um bom público, como “As melhores coisas do mundo”, o último filme de Laís Bodanski (Bicho de sete cabeças) que mostra as desventuras de um jovem em uma época em que tudo parece dar errado: o pai sai de casa para morar com outro homem, seus colegas descobrem isso e mostram que o preconceito ainda está bem pressente em todos os lugares; seu irmão (vivido por Fiuk, filho de Fábio Jr.) também não se conforma com a situação vigente e mostra tendências suicidas; sua melhor amiga acha que não pode mais confiar nele. Com tantas coisas ruins acontecendo ao mesmo tempo fiquei imaginando porque o nome do filme seria “As melhores coisas do mundo”, em vez de “As piores...”, mas isso é explicado só ao final de uma forma bem poética (melhor não revelar).
O elenco principal de amigos e colegas de escola é formado de atores novatos, porém competentes e há participação de atores famosos em papéis menores: Denise Fraga (mulher do roteirista Luis Bolognesi) é a mãe do protagonista; Zécarlos Machado, o pai; Caio Blat, o professor que beija uma aluna; Paulinho Vilhena (com cabelo e barba bem esquisitos, mas num papel agradável) é o professor de violão que acaba dando conselhos ao protagonista.
“As melhores coisas do mundo” fala dos problemas típicos dos adolescentes: a primeira vez no sexo, a dificuldade de entender (e ser entendido pelos pais), o grupinho de amigos (nem todos confiáveis), o primeiro amor e outras mais. Coisas que já vimos várias vezes nos filmes e até nas novelas de televisão, tipo “Malhação”, mas tratados de uma forma bem sensível e que sempre consegue envolver o espectador, já que as gerações passavam e os problemas continuam quase os mesmos e por isso é sempre pertinente falar sobre eles. Descubra!
Ótima postagem. Filme bem dirigida pela Laís. Um bom exemplar do nosso cinema...
ResponderExcluirEsse me cativou pela juventude retratada no filme com bastante realidade! abs
ResponderExcluirfiuk o melhor
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