quarta-feira, 24 de junho de 2009

DIVÃ (Brasil, 2009)


Direção: José Alvarenga Jr. Com: Lilia Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Reynaldo Gianechini, Cauã Reymond e Elias Gleizer. 90 min.

Divã é o primeiro filme protagonizado por Lilia Cabral, depois de vários anos interpretando coadjuvantes em filmes como Dias melhores virão (1989), Stelinha (1990) e A partilha (2001) ou em novelas como Tieta (1989), Páginas da vida (2006) e A favorita (2008). O filme é dela e talvez não tivesse a mesma graça com outra atriz. Ela também participou da peça Divã que ficou em cartaz por três anos, viajando por todo o país e fazendo muito sucesso. Agora José Alvagenga Jr. (Os normais – O filme), a adapta para o cinema

Conta a história de Mercedes (Lilia Cabral), uma mulher de mais de 40 anos, aparentemente bem casada e feliz que resolve fazer análise e a partir daí começa a repensar sua vida e o casamento com Gustavo (José Mayer) que já dura 20 anos e apesar de haver amor, parece meio sem graça. É quando ela conhece Téo (Reynaldo Gianechini) um homem mais novo que serve para que ela perceba que está precisando mesmo de uma sacudida em sua vida. O romance não dura muito e o casamento também acaba. Então ela começa um namoro com o personagem de Cauã Reymond que a leva para a balada, mas que também não é muito duradouro.

Mercedes fica o tempo todo conversando com seu terapeuta (do qual nunca chegamos a ver o rosto ou ouvir a voz) contando sobre suas frustrações e esperanças, mas a personagem com quem ela mais se identifica e que também é sua confidente, é sua melhor amiga, Mônica (Alexandra Richter). A amizade entre as duas é a coisa mais forte do filme, mais até do que o romance com os dois galãs mais novos.

É fácil rir com as agruras e os problemas de Mercedes, que busca emoções mais fortes para sua vida. O filme provoca risos quase o tempo todo, até o momento em que uma doença surge na vida de um dos personagens e o clima fica mais pesado. É meio estranho, quando de repente tudo desaba, pois não esperamos por uma má notícia, mas na vida real também é assim: não acontecem só coisas boas e ao final tudo serve como aprendizado.

Em um momento, Mercedes fala com Gustavo da importância de falar e não guardar nada para si. Essa fala funciona como uma explicação para o filme, pois é através da terapia que Mercedes percebe que sua vida não está tão boa e tenta fazer com que ela fique mais emocionante. Fale você também e não deixe de assistir a esse filme que já foi visto por mais de 1,8 milhão de pessoas nos cinemas. (8,0)


Download do filme Divã

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