"Quem vai tomar conta dos doentes
Renato Russo
Direção: Bruno Barreto. Com: Michel Gomes, Cris Viana, Marcelo Melo Jr., Ana Cotrim. 110 min.
No dia 12 de junho de 2000, o paulista Sandro do Nascimento seqüestrou um ônibus no centro do Rio de Janeiro com vários reféns. O evento foi coberto ao vivo, por várias emissoras de TV do Brasil e do exterior. É a vida desse jovem que o novo filme de Bruno Barreto conta. Vemos desde a sua infância e a de um quase homônimo seu, Alessandro, de como cresceram e se envolveram com a marginalidade. Até o dia fatídico em que Sandro seqüestra o ônibus 174 e ameaça os passageiros caso não tenha suas solicitações atendidas, mas na verdade ele não quer matar ninguém e até pede para uma das reféns se fingir de morta. Tudo resulta de um imbróglio em que Sandro se vê envolvido depois que um dos passageiros o denuncia por estar portando uma arma. Apesar do título do filme, o seqüestro do ônibus é só mais um dos eventos retratados na vida de Sandro e só ocupa uns 15 minutos do filme. Acompanhamos a luta de sua suposta mãe para encontra-lo; a dedicação de Valquíria com os menores abandonados; o amor de Sandro por uma prostituta e sua amizade com seu xará Alê. O elenco é formado em sua maioria por atores desconhecidos do grande público, mas todos desempenhando muito bem o seu papel. O único problema do filme é que ele é uma ficção, apesar de baseado em fatos reais e alguns personagens e situações foram criados pelo roteirista Bráulio Mantovani. Então ficamos sem saber o que aconteceu realmente e o que foi criado para o filme. Então vem a vontade de ver o documentário “Ônibus 174” (2002) de José Padilha. Mas esse é só um detalhe e não atrapalha a apreciação do filme, que é empolgante do início ao fim e merece ser visto. (8,0).
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