sexta-feira, 26 de junho de 2009

TERRITÓRIO RESTRITO (EUA, 2009)

Direção: Wayne Kramer. Com: Harrison Ford, Ray Liotta, Ashley Judd, Jim Sturges, Alice Braga e Alice Eve. 113 min.

Mais um discípulo de Short Cuts – Cenas da vida (1993), Magnólia (1999) e Crash – No limite (2004): um monte de histórias desconexas que vão se entrelaçando aos poucos e no final provam que tem mais em comum do que aparentavam.

Território restrito fala da imigração nos Estados Unidos e da história de vários personagens que trabalham com isso ou que passam por esse problema. Harrison Ford vive Max, um agente do governo encarregado de prender imigrantes ilegais e invade a fábrica onde trabalha a mexicana Mireya Sanchez (Alice Braga, sobrinha de Sonia Braga) que foge desesperada. O cartaz do filme destaca tanto o nome da atriz que me espantei ao perceber que ela participa de uma única cena. Com certeza o cartaz foi modificado para o lançamento nacional, apesar de seu personagem ser importante, apesar de aparecer tão pouco. Max tem bom coração e aceita procurar o filho dela e entrega-lo para os avós no México.

Ashley Judd vive Denise Frankel, uma advogada de direitos humanos que não tem filhos e trabalha com adoção. Há uma menina africana que espera há anos por ser adotada e Denise quer fazer isso, mas seu marido Cole (Ray Liotta), que trabalha dando vistos de permanência nos Estados Unidos, não está nem um pouco interessado já que está tendo um caso com uma moça australiana que aceita o caso, pois almeja carreira de atriz no país.

Há também uma menina muçulmana que comete o erro de defender os terroristas que derrubaram o World Trade Center em um texto lido em sala de aula e passa a ser perseguida juntamente com sua família por causa disso. Existem outros personagens menores também envolvidos com imigração e o mistério de uma personagem assassinada.

O filme foi muito criticado quando de seu lançamento, mas eu gostei bastante e me emocionei por várias vezes com os dramas dos personagens oprimidos e infelizes. Com certeza é muito patriótico e os personagens se vangloriam por ser americanos. Em uma cena alguém canta o hino nacional com todos os outros emocionados, como se a única forma de ser feliz é ter nascido ou se tornar americano. Mas se você esquecer esse detalhe ufanista, também vai se emocionar e gostar do filme. (9,0)






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