terça-feira, 30 de junho de 2009

FIM DOS TEMPOS (EUA, 2008)

Direção: M. Night Shyamalan. Com: Mark Wahlberg, Zoey Deschanel e John Leguizamo. 90 min.

Realmente M. Night Shyamalan se perdeu. Depois do grande e inesperado sucesso de “O sexto sentido” (1999) ele dirigiu os também bons, mas já criticados, Corpo fechado (2000), Sinais (2002) e A vila (2004), além do conto de fadas “A dama na água” (2006) pelo qual poucos se interessaram, nem o público, nem a crítica e muito menos eu. Agora ele vem com o suspense “Fim dos tempos”. É a história de uma toxina presente no ar da costa nordeste dos Estados Unidos que provoca o bloqueio de uma parte do cérebro que cuida da autodefesa do ser humano, então as pessoas começam a se suicidar.

O filme não perde tempo com apresentações dos personagens (como é de praxe nos filmes de catástrofes). Desde o início o suspense já está no ar quando algumas pessoas sem mais nem menos se matam. Mark Walberg vive Elliot, um professor de Ciências que se vê no meio desse turbilhão, junto com sua mulher Alma (Zoey Deschanel de “Sim senhor) que estão em crise no casamento por um motivo bobo. Junto deles está o amigo, também professor, Julian (John Leguizamo) e sua filha Jess.

É um tema forte, já que o suicídio é um tabu em qualquer lugar e nesse filme há vários suicídios. Trata-se de um suspense, já que não se tem certeza do que está causando esse caos, se terroristas ou a própria natureza. Mas é um suspense frouxo, já que depois de um tempo o espectador mata a charada e o filme já começa a cansar. Fica a esperança de que terá um final inesperado que contrarie o que parecia óbvio (apesar de estranho) mas nem isso. O título nacional também é equivocado. Fim dos tempos dá uma idéia de fim do mundo, mas como o problema só acontece em uma parte dos Estados Unidos, não procede. O título original: Happening (acontecimento) talvez fosse mais correto, apesar de vago e sem graça. Pelo menos o filme é curto e não passa de 90 minutos. Melhor sorte para M. Night Shyamalan da próxima vez. (6,0)

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