Tenta esquecer-me...
ser lembrado é como evocar-se um fantasma...
deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
e o meu destino é seguir... é seguir para o mar,
as imagens perdendo no caminho...
deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios,
é não poderem parar!
Mário Quintana, in: Baú de espantos, 4ª ed., 1988.
ser lembrado é como evocar-se um fantasma...
deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
e o meu destino é seguir... é seguir para o mar,
as imagens perdendo no caminho...
deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios,
é não poderem parar!
Mário Quintana, in: Baú de espantos, 4ª ed., 1988.
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