sábado, 3 de abril de 2010

MOVIMENTOS DE CINEMA ANTI-CONVENCIONAIS


A partir de D.W. Griffith e seus filmes "O nascimento de uma nação" e "Intolerância" que eram convencionais, priorizavam os valores familiares e a promoção do bem, os Estados Unidos se consolidavam como grandes produtores de cinema, mas haviam várias correntes e diretores que não concordavam com o cinema convencional que se fazia até então. Então surgiu o surrealismo que englobou artes plásticas, arquitetura, literatura, teatro e cinema. Ele opõe-se ao realismo e a verossimilhança. Tem um clima de alucinações, sentimentos como forma de se expressar.

Estes filmes não tinham uma obrigação de representar o real. Representavam um mundo imaginado e às vezes alucinado como exemplo do expressionismo pode-se citar: "O gabinete do Dr. Caligari (1919)" de Robert Wine e "M - O vampiro de Dusseldorf (1931)" de Fritz Lang, que era um expressionismo menos exagerado e contava uma história mais convencional.

Enquanto o surrealismo surgido na França, contava histórias que não tinham a obrigação de colocar a representação realista de nada. Um dos grandes diretores desse período foi Luis Buñuel e seus filmes "O cão andaluz" e "A era do ouro". Mas esse filmes não eram entendidos pela grande maioria e se tornavam fracasso.

Na Itália surgiu o neo-realismo que contava histórias realistas, com atores não profissionais, produtores baratos que usavam os cenários já prontos e as roupas dos próprios atores, que representava o momento político, como "Ladrões de bicicletas" de Vitório da Sica.

No Brasil diretores com Ruy Guerra (Os fuzis), Glauber Rocha (Terra em transe), Nelson Pereira dos Santos (Vidas Secas), representavam o cinema novo, que tinham uma linguagem menos convencional, histórias não muito lineares, interpretações realistas e às vezes exageradas, além de muitas imagens como a câmera na mão, imagens tremidas.

Na França surgiu a nouvelle vague que contava histórias menos lineares que as do neo-realismo italiano. A maioria dos diretores dessa fase escreviam para a revista Cahiers du cinema. Uso não natural, atores não profissionais, cortes na montagem que não tinham a obrigação de obedecer a continuidade. Era um cinema mais psicológico, François Trufant e Jean Luc Godard estão entre os principais diretores desse período.

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