sábado, 12 de março de 2011

CORPOS CELESTES (Estreia)


Um menino tímido (Rodrigo Cornelsen) faz amizade com Richard, um astrônomo inglês que todos da região chamam de louco. Com o incentivo do astrônomo, Chiquinho começa a gostar de olhar as estrelas através de um telescópio. Os dois são muito solitários e se tornam amigos, até que uma tragédia mude essa situação.

Depois de vários anos, Francisco (agora Dalton Vigh), é professor de astronomia e se vê às voltas com os mistérios da mulher que ama (Carolina Holanda) que é hostess (recepcionista) de uma casa noturna, seu nome é Diana, Estela e tantos outros nomes que ela adota. A situação do casal se complica quando o filho de Richard chega do exterior para saber mais sobre o pai. Francisco fica morto de ciúmes, principalmente quando ela some por quinze dias e ele fica desesperado achando que os dois estão juntos. A chegada do filho de Richard serve para fazer com que ele se lembre do passado e vá visitar aquela cidade depois de tanto tempo.


A infância do personagem é mostrada em um longo e sensível prólogo que se passa no final dos anos 60 e início de 1970, quando aconteceu a copa do mundo em que o Brasil se sagrou tricampeão. Esse prólogo é cativante e com certeza uma das melhores coisas do filme. Os créditos iniciais só passam depois que o personagem se torna adulto, depois de 35 minutos. Mas a segunda parte também é interessante, pois Francisco se sente infeliz e acredita na insignificância do homem frente à imensidão do cosmos, enquanto sua namorada se sente bem à vontade com o seu lugar no universo.

Gostei bastante do filme, de sua sensibilidade e a forma como aborda a perda, a infelicidade e o amor. Mas ele tem um problema que é sério em alguns filmes brasileiros: o final. O filme não termina bem e não resolve as histórias dos personagens, deixando tudo em aberto para o espectador tirar suas próprias conclusões. Só que o público não gosta de finais abertos e sai do cinema meio decepcionado.

CORPOS CELESTES foi filmado no final de 2005 e início de 2006, mas ficou na gaveta para que Marcos Jorge pudesse lançar com grade sucesso de crítica, o filme ESTÔMAGO com João Miguel e só agora conseguiu ser lançado nos cinemas, depois de ter sido premiado nos Festivais de Gramado e de Goiânia.

Direção: Marcos Jorge e Fernando Severo. Com: Dalton Vigh, Carolina Holanda, Antar Rohit, Alexandre Nero, Jeff Beech e Rodrigo Cornelsen. 91 min. Drama. 





Um comentário:

  1. Nossa, Gilberto, nem consegui ver o Cisne Negro, nem O Discurso do Rei, nem nada do que tenho vontade. O dia bem que podia ter mais horas, pelo menos no fds.

    Abraços.

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