terça-feira, 22 de março de 2011

QUANDO FALA O CORAÇÃO (EUA, 1945) ***

A psicanálise e consequentemente Sigmund Freud estavam em voga em 1945 (apesar de ainda pouco conhecidos, tanto que um letreiro nos créditos inicias explica algumas coisas sobre o assunto) quando David O. Selznick (E o vento levou) produziu para Alfred Hitchcock este “Quando fala o coração”, um título até poético para um filme do mestre do suspense e das intrigas, mas eles também estão presentes aqui.

Uma psiquiatra (Ingrid Bergman) se apaixona por um homem (Gregory Peck) que se faz passar pelo novo diretor do sanatório em que ela trabalha. Como ele tem amnésia, ela tenta desvendar o mistério através de análise, enquanto os dois são perseguidos pela polícia.

O romance dos dois protagonistas é meio forçado e não chega a convencer o espectador. O amor acontece rapidamente e mesmo com várias evidências de que ele pudesse ser culpado, ela ainda continua acreditando em sua inocência. Talvez o amor seja mesmo cego.

Uma sequência de sonho foi criada pelo pintor Salvador Dali, mas ficaram famosas também a sequência em que uma arma atira na câmera; a cena do primeiro beijo do casal em que várias portas vão se abrindo e uma cena violenta em que uma criança cai em cima de uma cerca de madeira.

O filme prende a atenção em seu suspense e na junção deste com a psicanálise, mas a resolução é meio falsa, com um culpado que aparece de uma hora para outra.

Hitchcock como de costume faz uma rápida ponta como um homem que sai do elevador do hotel em que os dois protagonistas se hospedam, pouco depois de 30 minutos de projeção, mas é do tipo piscou perdeu.



 

Um comentário:

  1. Adoro Hitchcok! Um gênio! Fazia um suspense de qualidade, sem apelos, científico, como meu escritor preferido, Edgar Allan Poe.

    Abraços.

    ResponderExcluir