Os membros da Academia de Hollywood sempre se mostraram adeptos a premiar (ou indicar) filmes sobre boxeadores, sejam eles fracassados ou não. Desde “Rocky – Um lutador” (1976 de John G. Avildsen, passando por “O touro indomável (1980) de Martin Scorsese e mais recentemente a indicação de Mickey Rourke como melhor ator por “O lutador” e nesse ano a premiação de Christian Bale e Melissa como coadjuvantes por “O vencedor”.
Esse é um projeto pessoal de Mark Wahlberg que também é o produtor, mas não imaginava que teria seu brilho ofuscado pelo coadjuvante Bale. Wahlberg vive um boxeador que ainda não conseguiu alcançar o sucesso, talvez pelas más escolhas do irmão (Bale) e da mãe (Leo). Tudo tende a melhorar quando ele conhece uma garçonete (Amy Adams) que se apaixona por ele e passa a lhe dar conselhos sobre a má influência que sua família desestruturada, também composta por seis irmãs solteironas, possa estar lhe causando.
Christian Bale está muito bem no papel do irmão do protagonista que no início parece ter alguma deficiência mental, mas depois é revelado seu vício em crack e as conseqüências que isso provocou. Melissa Leo também impressiona em seu primeiro papel de destaque no cinema e era quase certo que os dois levariam os prêmios de melhores coadjuvantes.
Filmes sobre superação pessoal e profissional são sempre interessantes, pois o espectador torce pelo protagonista desde o início, mas sempre com a dúvida se ele vai conseguir. Só que o título nacional estraga essa surpresa. O original é “O lutador”, mas como já tinham utilizado no filme de Mickey Rourke não puderam repetir, mas podiam ter arrumado outro título. Mas mesmo com esse detalhe o filme ainda consegue ser empolgante e muitas vezes dramático, valendo pelas atuações de Bale, Melissa, Amy Adams e até de Mark Wahlberg, que por incrível que pareça é o mais apagado do elenco.
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