sábado, 7 de maio de 2011

DA LITERATURA PARA AS NOVELAS - OS ANOS 70 - PARTE 2






 
A segunda metade os anos 70 foi marcada pela tentativa da Rede Globo de criar um novo horário para as telenovelas, o das 18 horas que passou a ser dedicado às adaptações de clássicos da literatura brasileira, inicialmente com novelas de 20 capítulos, como Helena e O Noviço e depois mais extensas como A Moreninha (79 capítulos) e Vejo a lua no céu (99 capítulos).



A atriz Nívea Maria era considerada a queridinha do horário e participou de várias dessas novelas, como O feijão e o sonho, Dona Xepa, Maria, Maria e Olhai os lírios do campo.


Helena (Globo, 1975) de Gilberto Braga, a partir do homônimo de Machado de Assis com Lúcia Alves e Osmar Prado. Com essa novela, a Rede Globo iniciou o horário das 18 horas, dedicando-o à nossa literatura. Li o livro. Gostei. Machado de Assis é Machado de Assis.

O noviço (Globo, 1975) de Mário Lago, adaptado da peça teatral de Martins Pena, com Pedro Paulo Rangel e Jorge Dória. Li o livro.

 

Vila do Arco (Tupi, 1975) de Mário Lago, a partir de O alienista de Machado de Assis, com Laerte Morrone e Maria Isabel de Lizandra. Li o livro e vi o filme Azyllo muito louco (1970), baseado na obra de Machado de Assis.











 
A moreninha (Globo, 1975/ 1976) de Marcos Rey, a partir do original de Joaquim Manoel de Macedo, com Nívea Maria e Mário Cardoso. Li o livro e vi o filme com Sonia Braga.

Vejo a lua no céu (Globo, 1976) de Sylvan Paezzo, baseada no conto homônimo de Marques Rebelo, com Eduardo Tornaghi e Norma Blum.

O feijão e o sonho (Globo, 1976) de Benedito Ruy Barbosa, a partir do romance de Orígenes Lessa, com Nívea Maria, Cláudio Cavalcanti. Li o livro da coleção Vagalume.

O julgamento (Tupi, 1976/ 1977) de Carlos Queiroz Telles, baseada em “Os irmãos Karamazov” de Dostoievski, com Carlos Zara, Eva Wilma e Tony Ramos.











Escrava Isaura (Globo, 1976/ 1977) de Gilberto Braga, do romance de Bernardo Guimarães, com Lucélia Santos e Rubens de Falco. A novela brasileira mais vendida para o exterior, que transformou Lucélia em um ícone no mundo inteiro, principalmente na China. A Rede Record produziu um remake em 2004, com Biana Rinaldi. Li o livro, mas não vi nenhuma das versões da novela.

À sombra dos laranjais (Globo, 1977) de Benedito Ruy Barbosa e Sylvan Paezzo, adaptada da peça de Viriato Corrêa, com Herval Rossano e Aracy Cardoso. Li o livro.










Dona Xepa (Globo, 1977) de Gilberto Braga, inspirada na peça de Pedro Bloch, com Yara Cortes e Nívea Maria. Li o livro.

Sinhazinha Flô (Globo, 1977/ 1978) de Lafayette Galvão, inspirada em “O sertanejo”, “Til” e “A viuvinha” de José de Alencar com Bete Mendes e Eduardo Tornaghi.

Maria, Maria (Globo, 1978) de Manoel Carlos, baseada em “Maria Dusá” de Lindolfo Rocha, com Nívea Maria e Cláudio Cavalcanti. Li o livro e não gostei.

Gina (Globo, 1978) de Rubens Ewald Filho, inspirada em Maria José Dupré, com Christiane Torloni e Castro Gonzaga.
 

A sucessora (Globo, 1978/ 1979) de Manoel Carlos, do original de Carolina Nabuco com Suzana Vieira e Rubens de Falco.

Memórias de amor (Globo, 1979) de Wilson Aguiar Filho, inspirada em “O ateneu” de Raul Pompéia, com Sandra Bréa e Eduardo Tornaghi. Li o livro.
 

Cabocla (Globo, 1979) de Benedito Ruy Barbosa, inspirada no livro de Ribeiro Couto, com Glória Pires e Fábio Jr. que se conheceram e se casaram durante a trama. Em 2004 a Rede Globo produziu um remake com Vanessa Giácomo.


 

Um comentário:

  1. Nossa, Gilberto. Qta coisa legal! Adoraria ver essas novelas.

    Abraços!

    PS. Machado de Assis é Machado de Assis!

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