sábado, 14 de maio de 2011

OS ASTROS DO CINEMA MARGINAL


PAULO VILLAÇA – Depois de se formar em Letras Clássicas pela USP, foi professor de Português por vários anos e redator do Jornal O Estado de S. Paulo, antes de estrear no cinema em O matador (1967) num papel que passou despercebido, o que não aconteceu com seu segundo filme, O bandido da luz vermelha (1968), o precursor do Cinema Marginal. Vários de seus filmes podem ser enquadrados nesse período do cinema nacional: Jardim de guerra (1968), A mulher de todos (1969), Copacabana mon amour (1970), Perdidos e malditos (1970), Bang bang (1971), Mangue bangue (1971) e O gigante da América (1978). Fez poucos trabalhos na televisão por ter criticado o veículo. Pode-se citar as novelas O bofe e Os adolescentes e as mini-séries Quem ama não mata, Colônia Cecília e Chapadão do Bugre. Foi casado com a atriz Marília Pêra.


GUARÁ RODRIGUES – Costumava acumular função nos filmes em que atuava, sendo também assistente de direção, cenógrafo, roteirista e técnico de som. Estreou em Os marginais (1968) e colaborou em seguida com vários diretores do Cinema Marginal, como Neville D’Almeida, Júlio Bressane e Rogério Sganzerla com os quais atuou em A família do barulho (1970), Barão Olavo, o horrível (1970), Copacabana mon amour (1970), Piranhas do asfalto (1970), A miss e o dinossauro (1970) Amor louco (1971), Memórias de um estrangulador de loiras (1971) e Night cats (1972). Recebeu o candango de melhor som no Festival de Brasília pelo filme Tabu de Júlio Bressane e de ator coadjuvante por Louco por cinema (1994).
PAULO CÉSAR PEREIO – Um dos atores mais rebeldes de sua geração. Participou de todos os gêneros do cinema brasileiro: no Cinema Novo (Os fuzis e O bravo guerreiro), no Cinema Marginal (Bang bang e O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil), nas pornochanchadas (As mulheres que fazem diferente, As aventuras amorosas de um padeiro, As loucuras de um sedutor), nas produções estrangeiras (L’uomo della guerra possibile (1979). Fez poucas novelas, como Partido Alto e O homem que deve morrer e a mini-série O tempo e o vento. Hoje apresenta o programa de entrevistas Sem frescura no Canal Brasil.


STÊNIO GARCIA – Tem sua carreira ligada a televisão, em novelas como As minas de prata (1966), A muralha (1968), Que rei sou eu? (1989), Meu bem meu mal (1990), Tropicaliente (1994), Explode coração (1995) e O clone (2001). No cinema estreou em Vereda da salvação (1965), atuando no cinema marginal em A mulher de todos (1969) e O pornógrafo (1970). Foi casado com a atriz Clarice Piovesan com quem tem duas filhas.


MÁRIO BENVENUTTI – Estreou no cinema em O homem dos papagaios (1953), participou de muitos filmes de Walter Hugo Khouri (A ilha, Noite Vazia, As Cariocas, Corpo ardente e As deusas), de alguns filmes do Cinema Marginal (A margem, As armas) e de várias pornochanchadas (As desquitadas em lua-de-mel, Bordel – Noites proibidas e Como salvar meu casamento). Em 1979 dirigiu o longa Gugu – O bom de cama, protagonizado por ele mesmo. Morreu num acidente automobilístico em 1993, seis anos depois de seu último filme, As prisioneiras da Selva Amazônica.




5 comentários:

  1. Obrigado pela visita e parceria. Já inseri seu link tb. Gostei muito do seu blog. Um abraço.

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  2. Poxa, não sabia q o Mário Benvenutti já havia morrido há tanto tempo assim, e de acidente automobilístico! Eu gostava muito dele. Não só nas pornochanchadas,como nas telenovelas, Benvenutti era uma figuraça, o típico italiano engraçado. Numa das novelas , da extinta Rede Tupi, ela fazia o papel de um prefeito, mau caráter, demagogo e muito, mas muito divertido. Minha avó materna adorou sua performance.

    Numa de suas pornochanchadas, seu personagem dizia para um conhecido: "minha mulher não me trai, não, ela é doida comigo". E, no exato momento, ela estava com outro na cama(rs).

    Stênio Garcia também é muito bom.

    Já ouvi falar q Paulo Villaça era gay. Morreu de aids. Ou será q estou fazendo confusão?

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  3. Muito bacana a matéria, Gilberto.
    Abração e apareça!

    O Falcão Maltês

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  4. Obrigado Maxx e Antonio Nahud. Seus blogs também são muito bons.

    Roderick, realmente Mário Benvenutti era uma figuraça. Só virei seu fã depois que ele já tinha morrido, assistindo às pornochanchadas do Canal Brasil. Um amigo me falou a mesma coisa sobre o Paulo Villaça. Não sei...

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