quinta-feira, 14 de junho de 2012

AS COMÉDIAS


Charles Chaplin em Tempos modernos
O cinema já começou provocando gargalhadas no público com o filme O regador regado (1895) dos Irmãos Lumiere em que um jardineiro rega o jardim e não percebe que um menino pisou na mangueira, quando ele olha pela ponta, o menino tira o pé e a água esguicha em seu rosto. Foi o princípio da comédia pastelão que dominou o cinema nas duas primeiras décadas do século passado. Eram tortas na cara, corridas malucas, carros explodindo, homens despencando de árvores, as trapalhadas de O gordo e o magro, a elegância de Max Linder.


A partir de Charles Chaplin, a comédia tornou-se menos maluca e ganhou adeptos entre os intelectuais. Seu estilo misturava melodrama e humor, sempre de forma soberba, como em Tempos modernos (1936).


Cena de A felicidade não se compra

Nos anos 30 tiveram início as comédias sofisticadas cujos maiores representantes foram Ernst Lubitsch e Frank Capra. Lubitsch fazia filmes cujo humor residia nas palavras e nas situações criadas, como A viúva alegre (1934) e O diabo disse não (1943). Já Capra fazia filmes em que tentava preservar os valores familiares como O galante Mr. Deeds (1936) e A felicidade não se compra.

Cena de Meu tio

Jacques Tati surgiu na França para tomar o legado de Buster Keaton, fazendo uma crítica radical da modernidade, mostrando o sujeito que conserva a humanidade num mundo alienado, a partir de Meu tio (1958).


Oscarito e Grande Otelo em Aviso aos navegantes

No Brasil fizeram muito sucesso as comédias da Atlântida em que pela primeira vez o cinema brasileiro podia ser rotulado como popular. No gênero fizeram Grande Otelo, Oscarito, Zé Trindade, Dercy Gonçalves, Zezé Macedo, Ankito e vários outros, em filmes como Carnaval Atlântida (1952), Aviso aos navegantes, O barbeiro que se vira (1957), Cala a boca Etelvina (1959)...


Cena de Jecão - Um fofoqueiro no céu

Como esquecer de Mazaroppi, um dos maiores ícones do nosso cinema, que dedicou sua vida a fazer o público rir, vivendo sempre a variante de seu personagem mais famoso, o Jeca Tatu, em Chico Fumaça, Jeca contra o capeta, Jecão – Um fofoqueiro no céu?


Cena de Os saltimbancos trapalhões

E os Trapalhões, o quarteto mais famoso do cinema tupiniquim, em filmes que agradavam a família inteira: Os saltimbancos trapalhões, Os trapalhões no reino da fantasia, A filha dos trapalhões, Os trapalhões e a árvore da juventude...


Steve Martin em Cliente morto não paga

No cinema americano, a comédia prosseguiu com Jerry Lewis (O professor Aloprado), Mel Brooks (História do mundo – Parte 1), Woody Allen (Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo, mas tinha medo de perguntar), Blake Edwards (A pantera cor-de-rosa), Eddie Murphy (Trocando as bolas), Jim Abrahams, David e Jerry Zucker (Apertem os cintos, o piloto sumiu), Bill Murray (Os caça-fantasmas), Steve Martin (Cliente morto não paga), Chevy Chase (Férias frustradas), Gene Wilder (A dama de vermelho), Adam Sandler (O paizão), Martin Lawrence (Vovó zona), os irmãos Wayans (Todo mundo em pânico) e tantos outros.


FILMES PARA RIR:
Quanto mais quente melhor

Tootsie

Victor ou Victoria

A Gaiola das loucas

´Noivo neurótico, noiva nervosa

Deu a louca no mundo

A marvada carne

Como se fosse a primeira vez

Cena de Os Deuses devem estar loucos 2


8 comentários:

  1. É isto aí, o cinema sempre vai nos levar para outro mundo e na volta deixar saudades.
    Beijos!

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  2. Ótima postagem, você citou bem a evolução da comédia no cinema e seus ícones principais.

    Pena que as produções atuais do gênero estão cada vez mais fracas.

    Abraço

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  3. Ótimo Post Gilberto, como disse anteriormente o Hugo, você citou bem a evolução da comédia.
    Eu Havia me esquecido do ótimo Os Deuses Devem Estar Loucos, como ri com esse filme na minha infância.

    Grande Abraço

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  4. Oi, Gilberto! Gosto muito de comédias. sua postagem me fez lembrar a infância, eu adorava Charles Chaplin e Jerry Lewis. No Brasil, meu preferidos eram Os Trapalhões...Acredita que nunca assisti o famoso "A gaiola das loucas"? Preciso providenciar! Um abraço!

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  5. Que belo panhado sobre a história das comédias!
    Da lista que você fez, acho que nem consigo escolher qual é o mais engraçado.
    Abraços!

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  6. Oi, Gilberto!
    realmente, as comédias deixaram suas devidas marcas, à cada época. As dos anos 60 são as que mais me encantam. Dentre os títulos elencados por ti, deu-me vontade de ver Tootsie, é do Sidney Polack, certo?! abraços

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  7. ola gostari de ver o filme, mas aquele que os 2 meninos passam o tempo todo correndo atraz ddas pegadas do caminhão, tem outra cena que o menorzinho coloca um pedaço de pau na cabeça pra hiena nao pega ele, como faço pra assistir on line. obrigada

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